Há pouco mais de uma semana, fizemos uma tabela com o valor necessário para conseguir encher o tanque dos SUVs mais vendidos do país. Utilizamos para o cálculo o preço médio atual dos combustíveis no Brasil. Agora é a vez do segmento mais popular do mercado: quando será necessário sair com o tanque cheio dos hatches mais vendidos.
Chamados também de dois volumes, os modelos desse segmento costumam ter um tanque menor que o dos SUVs. Ainda assim, o preço elevado na bomba faz a prática de completar o reservatório rara entre a maioria da população.
De acordo com o último balanço da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina no país registrado na semana passada chegou a R$ 7,27, com algumas cidades já próximas dos R$ 9. O índice é inferior ao registrado há duas semanas, quando o derivado de petróleo custava dois centavos a mais.
Primeiro dessa lista, o Hyundai HB20 conseguiu a ponta no ranking de vendas entre os hatches no período de janeiro a abril com 25.263 unidades registradas. O carro da marca sul-coreana produzido em Piracicaba (SP)conta com duas opções de motorização, ambas flex, câmbio automático ou manual. Seu tanque tem capacidade para até 50 litros de combustível. Nessa medida, o valor necessário para levar o ponteiro de uma extremidade a outra seria de R$ 363,50 na gasolina e R$ 261 no etanol.
A dupla de motores do HB20 é formada pelo 1.0L Kappa aspirado, que rende 80 cv de potência e 10,2 kgf.m de torque, e o 1.0L TGDI turbo, com seus 120 cv e 17,5 kgf.m.
Pela litragem pequena, os dois garantem baixo consumo ao modelo e boa autonomia de combustível. A menor é de 545 km na cidade com etanol e o maior de 755 km na estrada usando gasolina. A média do modelo é de 15,1 km/l (gasolina) e 10,9 km/l (etanol), com o motor 1.0 turbo. Na versão aspirada, a distância máxima percorrida por tanque na gasolina vai para 745 km e no etanol fica em 525 km.
Na segunda colocação do ranking dos mais comercializados, o Chevrolet Onix, que vendeu 22.990 unidades, também possui duas opções de motorização flex. Já seu tanque tem capacidade para 44 litros — 6 litros menor que o rival da Hyundai. Com a litragem mais enxuta, o modelo gasta menos na bomba para encher o tanque: R$ 319,88 (gasolina) e R$ 229,68 (etanol).
O tamanho menor faz com que o motorista tenha que passar mais vezes no posto já que a autonomia máxima na gasolina é de 704 km e no etanol é de 493 km. A média de consumo por litro em regime rodoviário, segundo dados do Inmetro, é de 11,2 km/l (etanol) e de 16 km/l (gasolina). Os números consideram a versão 1.0 turbo, que entrega 116 cv de potência e 16,8 kgf.m de torque.
Há ainda uma alternativa com motor 1.0 aspirado, com 82 cv e 10,6 kgf.m. Nesta variante os números de autonomia do tanque sobem para interessantes 755 km (gasolina) e 551 km (etanol) - números melhores que os do HB20 que tem tanque maior.
O Fiat Mobi é outro concorrente nessa disputa. O compacto da marca italiana ficou em terceiro entre os dois volumes que mais venderam no mercado, com 19.236 emplacamentos no acumulado. Apesar do tamanho, o modelo tem tanque para 47 litros. Dito isto, para sair com o tanque cheio do Mobi são necessários R$ 341,79 na gasolina e R$ 245,34 no álcool.
Com essa capacidade de tanque, a estimativa é que o pequeno da Fiat possa rodar por até 706 km (gasolina) e 499 km (etanol), com média máxima de consumo de 15 km/l no derivado de petróleo e 10,4 km/l no álcool. Em todas as versões, a motorização do Mobi é feita pelo 1.0 Firefly, quatro cilindros, que rende até 74 cv e 9,7 kgf.m de torque. O câmbio é manual de cinco marchas.
Em quarto entre os hatches no ranking Fenabrave, com 15.617, o Fiat Argo tem versões com duas motorizações: 1.0 Firefly ou 1.3 Firefly, associado sempre a um câmbio manual de cinco marchas. A capacidade do tanque é a segunda maior da lista, 48 litros. Para levar o ponteiro ao limite, o proprietário vai precisar de R$ 348,96 (gasolina) ou R$ 250,56 (etanol).
As versões com motor 1.0, que rende 77 cv e 10,9 kgf.m, conseguem rodar até 720 km com tanque cheio de gasolina e 648 km com etanol. A distância média percorrida é de 15 km/l (gasolina) e de 10,5 km/l usando álcool.
Já nas versões com motor 1.3, que tem 109 cv de potência e 14,2 kgf.m de torque, o tanque pode render de autonomia até 706 km na gasolina e chegar a 499 km no etanol. Em média, o modelo roda até 14,7 km/l (gasolina) e 10,4 km/l (etanol).
O Renault Kwid é o quinto hatch mais emplacado do mercado nacional este ano. Ao todo, foram vendidas 15.251 unidades do subcompacto, que recentemente perdeu o posto de carro mais barato do Brasil. O modelo é, também, o de menor capacidade de combustível da nossa lista. São apenas 38 litros, com custo estimado de R$ 276,26 para sair com o tanque cheio de gasolina e R$ 198,36 de etanol.
A motorização do compacto fica a cargo do 1.0 aspirado de três cilindros, 71 cv de potência e 10 kgf.m. O propulsor está acoplado em todas as versões a um câmbio manual de cinco marchas. Com essa mecânica, o tanque completo permite ao Kwid rodar por até 597 km na gasolina e 418 km no etanol - menor autonomia da nossa lista. O consumo médio é de 15,7 km/l (gasolina) e 11 km/l (etanol).



Email enviado com sucesso!