O Brasil é um país bem-servido de motocicletas. Há modelos para todos os bolsos, gostos e usos - e apenas alguns poucos segmentos não são plenamente atendidos. Mesmo assim, elaboramos uma lista com algumas motos que gostaríamos de ver aqui no país, mas que, pelos mais variados motivos, provavelmente não serão vistas pelas em nossas ruas.
E você? Qual motocicleta gostaria de ver no Brasil? Comente aqui e nos ajude a aumentar essa lista!
Mesmo sem ter exatamente um visual lá muito clássico, este modelo vendido nos Estados Unidos por US$ 4.600 (R$ 24.500) se encaixaria como uma luva no segmento de motos custom de baixa/média cilindrada do Brasil, que é praticamente ignorado. Só temos a Haojue Chopper e a Dafra Horizon, ambas com 150cm³ (e ano que vem chega a Royal Enfield Meteor 350). Depois, o degrau é grande e vai direto para a Kawasaki Vulcan 650S. A Honda estuda vender por aqui a Rebel 500.
Lembra da Yamaha XV 250 Virago que foi vendida no Brasil na década passada? Pois é, o modelo ainda existe todo garboso nos Estados Unidos, onde custa US$ 4.500 (R$ 24.000). Sua venda aqui preencheria o segmento que mencionamos aí em cima, ao falar da Honda Rebel 300, porém como uma opção diferente, já que essa V-Star tem um visual bem clássico. Saudades, Viraguinho...
Quem não se lembra das Suzuki DR 650 e 800 vendidas no Brasil em décadas passadas? Eram motos trail legítimas, sem frescuras nem ajudas eletrônicas e com potência e torque para enfrentar qualquer caminho. Deixaram saudade só aqui, porque nos Estados Unidos a DR 650S vai bem, obrigado. Custa US$ 6.700 (R$ 35.700) com seu motorzão monocilíndrico, suspensões altíssimas e vontade de atravessar o deserto.
Essa é uma das motos mais esperadas no Brasil nos últimos anos. Mas a Yamaha tem encontrado enorme dificuldade para adequá-la à nossa legislação de ruídos, cujas exigências são diferentes das vistas no resto do mundo. E não basta só trocar escapamento, como muita gente acha. Uma pena: a TE700, como é chamada, foi mostrada como conceito no Salão de Milão de 2016, depois como protótipo ao longo de 2017 e lançada oficialmente lá em Milão, em 2018. Em julho de 2019, chegou às lojas da Europa. E em junho deste ano, aos EUA, por US$ 10.000 (R$ 53.000). Já está tão atrasada para cá que, quando chegar, periga já nem ser mais tão cobiçada. Mas continuamos na torcida...
Não poderia faltar uma legítima italiana em nossa lista. A MV Agusta até já teve operações no Brasil, mas seu importador era um tanto complicado e a marca, infelizmente, não durou muito no país. Uma pena, pois faz motos lindíssimas e nervosíssimas, como a naked Brutale 800 e a esportiva F4, que eram vendidas na época. Mas nosso objeto de desejo da vez é a F3, irmã menor da F4. É uma esportiva de visual relativamente simples, mas encantador, e dona de um motorzinho tricilíndrico de 675cm³ e 128 cv ou 798cm³ e 153 cv. É uma combinação muito perfeita de design incrivelmente bem resolvido com desempenho na medida certa. Custa, na Itália, iniciais 15.500 Euros (R$ 98 mil). Vai ser bonita assim lá na minha garagem!
Eu pilotei a Harley Street 750 nos Estados Unidos em dezembro de 2014, e foi uma boa experiência. Nem tanto pela moto, que não é nada espetacular, mas por seu potencial: tivesse vindo para o Brasil com preço competitivo, ia ter fila nas concessionárias H-D até hoje - principalmente pela versão de 500cm³. Mas a ideia foi abandonada com o início de uma crise econômica no país e jamais retomada. Agora, a Harley-Davidson caminha para ser marca de luxo, acima de "premium". E por isso só veremos as Street aqui se tudo virar do avesso de novo na matriz de Milwaukee. A versão de 750cm³ custa US$ 7.800 (R$ 41.500) nos Estados Unidos.
Vá lá que clássicas "modernas" costumam ser coisa de marcas inglesas, mas o que dizer dessa lindíssima Kawasaki W800? Ao preço de US$ 9.200 (R$ 49 mil) nos Estados Unidos, tem um visual incrivelmente belo, com muitas partes cromadas, rodas raiadas, um escape em cada lado, motor bicilíndrico com aquele varetão lateral (763cm³ e 48cv) e aquela posição de pilotagem que permite passeios contemplativos. As Triumph Bonneville iriam ficar boladas...
E por falar na linha Bonneville, é de se estranhar que a Triumph - que investe forte no Brasil - não venda no país a simpática versão Speedmaster. Talvez porque seja um híbrido de moto clássica e custom, e acredite que o motociclista brasileiro fosse achá-la estranha. Pois é, mas a Bobber, que é bem exótica, é vendida por aqui, tem seus fãs (nicho, é verdade) e lamentamos a ausência da Speedmaster. Na Inglaterra, custa 11.650 libras esterlinas (R$ 82.200).