A relação da moto merece cuidados especiais

Não importa se o conjunto é com corrente, correia ou eixo cardã: a manutenção deve ser periódica e cuidadosa

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Roberto Dutra
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O debate sobre o melhor tipo de transmissão secundária ( ou relação) para a moto - com corrente, correia ou cardã - é quase tão antiga quanto o mundo, com perdão do exagero. Mas sobre uma coisa não há o que discutir: todas precisam de manutenção periódica e cuidadosa. Os objetivos são óbvios: prolongar a vida útil do sistema, evitar custos com consertos inesperados, dispor da melhor performance que ele puder proporcionar e, claro, poder rodar com máxima segurança.

Relação é o nome genérico que se dá para a transmissão secundária da moto. Há três tipos de relação de motos: com corrente, coroa e pinhão; com correia e duas polias; e com eixo cardã e engrenagens. Na prática não existe uma melhor que as outras - todas têm vantagens e desvantagens, e cada uma é mais adequada a um certo tipo de uso ou a uma determinada motocicleta, de acordo com o que foi projetado pelo fabricante.

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1. Corrente
A transmissão por corrente é mais barata, mas requer ajustes com mais frequência
Crédito: Reprodução
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Já com relação à manutenção, nenhuma delas escapa. Nas transmissões compostas por corrente, coroa e pinhão, a recomendação é manter o conjunto limpo e, principalmente, a corrente sempre bem lubrificada - afinal, o "trabalho" ali é feito de metal com metal. A lubrificação da corrente prolongará a vida útil do trio, evitará desgaste prematuro das peças dentadas e chatices como ruídos incômodos.

Vale lembra que é preciso, também, "esticar" a corrente de tempos em tempos, para manter a sua tensão correta para que não fique "pulando" pelos dentes da coroa traseira. A correta manutenção da corrente também evitará seu rompimento, o que em teoria pode até gerar um acidente. Por fim, vale lembrar: na troca, substitua os três componentes, e não apenas um ou dois.

As correias têm vida útil bem maior e, por isso mesmo, habitualmente custam mais caro
Crédito: Reprodução
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No caso da correia com polias, não há necessidade de lubrificação ou ajuste frequente de tensão - mas esta sempre deverá ser verificada nas revisões da moto. Quando a troca for necessária, faça como foi dito acima, no caso das motos com corrente: troque as três peças - no caso, aqui, a correia e as duas polias. Trabalho mecânico que mesclem componentes velho e novo não costuma dar certo...

Cardã é transmissão que menos exige manutenções, mas não está livre delas
Crédito: Reprodução
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Por fim, o eixo cardã é o que dá menos trabalho de manutenção. Em muitas motos, como nas Honda Shadow 750, a recomendação é apenas trocar o óleo que banha a engrenagem da roda traseira. Claro que manter uma boa lubrificação no local é o fundamental, mas uma inspeção visual é sempre bem-vinda.

Em motos de uso severo ou big trails que passam por estradas de terra, áreas com água e afins - como nas BMW R/GS, por exemplo -, a manutenção também deve ser mais pesada: troque o óleo conforme indica o manual e, de tempos em tempos, desmonte o sistema para uma boa inspeção visual e uma limpeza detalhada.

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