Aceleramos a nova geração do Yamaha NMax 160!

Cheio de novidades, o modelo chega às lojas na primeira quinzena de dezembro por R$ 14.990 Ficou melhor e mais bonito

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Roberto Dutra
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Quando chegou ao mercado brasileiro, o Yamaha NMax 160 foi uma sensação. Não só pelo visual agressivo na medida certa, mas também pelo desempenho forçudo, superior aos dos concorrentes da época. Agora, porém, já se vão quatro anos. E a Yamaha, sabiamente, reformulou o scooter. Eis que chega, então, a segunda geração do modelo - e com razões de sobra para manter sua carreira de sucesso.

Indo: com a nova traseira, o scooter da Yamaha ficou mais imponente
Crédito: Divulgação
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São muitas as novidades. O design, por exemplo, ficou particularmente bonito. O conjunto ótico dianteiro ficou mais "invocado", mas sem exageros nem detalhes rebuscados como vemos, por exemplo, no concorrente Honda PCX 150 atual. Há um aspecto mais limpo, que certamente agradará a um variado público. O banco tem novo formato e ficou mais anatômico e macio, e, lá atrás, a lanterna traseira ganhou um desenho bipartido, harmonioso e interessante.

A nova lanterna traseira bipartida com LEDs tem aparência moderna
Crédito: Divulgação
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A opção da Yamaha por não se render a exageros aparece, também, no novo painel, todo digital. Nada de cores demais nem detalhes exóticos: vemos uma telinha de LCD com fundo esverdeado e números e letras na cor preta. Os indicadores estão simetricamente distribuídos, o que facilita a leitura. E o conjunto do Yamaha NMax 160 é bem completo: luzes-espia na parte superior, fora da tela, combustível à esquerda, temperatura à direita, velocímetro no centro e computador de bordo na parte inferior. Perfeito.

O novo painel é um acerto: simétrico, bonito, completo e fácil de ler
Crédito: Divulgação
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Temos hodômetro total e dois parciais, relógio, consumo instantâneo, carga da bateria, temperatura do motor, indicador "V-Belt", que avisa a hora de trocar a correia da transmissão CVT, indicador do modo start/stop em ação e indicador do sistema VVA em ação (esse aviso pode ser desativado sem mudar a ação do sistema VVA, o que deixa o painel mais limpo).

VVA: comando variável

O VVA é um sistema de variação na abertura das válvulas de admissão. Ele determina o momento de abertura e fechamento das válvulas conforme a rotação do motor e a carga. Segundo a Yamaha, o sistema otimiza o torque em todas as faixas de rotação e é o primeiro do tipo usado em um scooter.

No botão giratório, selecionamos a função desejada. Nos dois botões abaixo, abre-se o banco ou o bocal do tanque. Ao lado, um dos dois porta-luvas
Crédito: divulgação
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Outra novidade: todas as funções do painel são geridas por um botão na parte traseira do punho esquerdo. Ou seja, você não precisa tirar as mãos do guidom - gostamos! Mas. para outras funções, só com o scooter parado: para abrir o bocal do tanque ou levantar o banco, é preciso girar o seletor na parte interna do escudo. Aliás, a capacidade de armazenamento sob o banco diminui um pouco com o aumento do tanque. Mas ainda leva 25 litros, comporta um capacete integral e mais algum objeto.

O bocal do tanque fica bem no meio do túnel central. Capacidade aumentou em meio litro
Crédito: Divulgação
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O tanque ganhou 0,5 litro e foi para 7,1 litros, e proporciona uma autonomia de cerca de 250 km, sem contar com a reserva. O scooterzinho ainda passa a ter smart key (partida sem chave), sistema start/stop, tomada 12V no porta-luvas, painel todo digital, farol e lanterna com LEDs e pisca-alerta.

No detalhe, o botão da nova função e pisca-alerta
Crédito: Divulgação
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Com o sistema start/stop, o motor do NMax 160 desliga automaticamente quando o scooter fica parado por 1,5 segundo ou mais e volta a funcionar no momento em que o condutor gira a manopla do acelerador levemente. Inteligente, o sistema "entende" quando, por exemplo, se está em meio a um engarrafamento, naquele anda-e-para, e demora mais para desligar o motor - assim não se corre o risco do propulsor apagar em meio ao trânsito.

Mesmo motor, mais força

O motor, por sua vez, não mudou. Mas a Yamaha diz que, nesta segunda geração, vários componentes foram "revistos" e substituídos - como cilindro, cabeçote, pistão, válvulas, biela, virabrequim e até mesmo a carcaça. Ou seja, é um aprimoramento do projeto anterior.

Seus números são quase os mesmos de antes: a potência subiu de 15,1 cv para 15,4 cv (e chega antes, a 8.000 rpm, contra 8.500 rpm de antes) e o torque caiu de 1,5 kgfm a 6.000 rpm para 1,4 kgfm em 6.500 rpm - uma redução insignificante.

Outras mudanças foram feitas na grade que envolve o radiador, cujo desenho mudou para melhorar a passagem de ar, e no cabeçote, onde foram adicionados dutos de passagem de água próximos à saída de escapamento, o que reduz a temperatura da câmara de combustão e melhora a queima da mistura ar/combustível.

Quer mais? O NMax 160 não tem mais motor de arranque. Agora, a partida é feita através da inversão momentânea da polaridade do estator, que faz com que o conjunto biela-pistão gire, e ligue o motor - é uma espécie de "tranco" seguro no bicho!

Não menos importante, o chassi do NMax está mais rígido, o que proporciona mais estabilidade, principalmente nas curvas, onde tende a torcer menos que antes. Seu acoplamento ao motor é feito por links com coxins, o que reduz substancialmente as vibrações repassadas ao piloto. Segundo a Yamaha, seu novo desenho com túnel central menor também permitiu ampliar as plataformas destinadas aos pés do condutor. Por fim, as rodas de liga leve ficaram mais leves (cerca de 700g).

Vamos acelerar?

Nosso test-ride, o novo NMax 160 percorreu cerca de 70 quilômetros nos arredores de Mogi das Cruzes. Passamos por trechos urbanos, um pouco de estrada não tão "freeway" assim e até uma quebrada de paralelepípedos. Nesse rolé, pudemos ver que o modelo da Yamaha realmente melhorou muito na maioria dos aspectos, mas mantém algumas limitações naturais.

De perfil, percebemos como as pernas ficam bem protegidas pelo escudo
Crédito: Divulgação
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Em âmbito urbano, o NMax está em casa. Arranca forte, encontra espaços facilmente, disputa as pole-positions nos sinais com as motos de 125/150cm³ sem passar vergonha e encanta pela praticidade e pela funcionalidade.

Nos trechos mais livres, é possível manter uma velocidade de 90km/h com alguma sobra de acelerador, o que surpreende. No asfalto liso, o scooter anda sereno, com níveis de vibração e ruídos quase imperceptíveis. Bom de curva, não rebola e não dá sustos - e as frenagens são extremamente convincentes, respaldadas pelo sistema ABS.

Dinamicamente, o NMax 160 é quase irrepreensível. Quase porque o conforto, embora tenha melhorado indiscutivelmente, ainda é uma barreira. O banco ficou mais macio, mas as suspensões de curso muito curto - 10 cm na frente e 9 cm atrás - e calibragem rígida trabalham pouco e ainda sofrem em quaisquer pisos malhados ou esburacados.

Nosso curto trecho em paralelepípedo foi um sofrimento para as costas deste condutor. Da mesma forma, passar por valetas e quebra-molas ainda exige cuidado extra. Ou seja, é fundamentalmente um veículo indicado para uso urbano sobre asfalto decente.

Pelo menos a posição de pilotagem é bem cômoda. O guidom está em boa altura, pernas e pés vão bem protegidos dentro do escudo, documentos ficam bem guardados no porta-luvas - que também carrega o celular na tomadinha 12V - e a mochila e a capa de chuva têm espaço à vontade sob o banco. O painel de instrumentos, por sua vez, é um caso à parte: fácil de ler e operar, é um tremendo acerto da Yamaha.

Sob o banco ainda cabe um capacete fechado e mais alguns objetos
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O NMax 160 2021 chega às lojas na primeira quinzena de dezembro por R$ 14.990 na cores azul metálica, preta fosca e branca. A garantia é de quatro anos e as revisões têm preço fixo. Segundo a Fenabrave, até outubro foi o terceiro scooter mais emplacado do país, atrás apenas dos Honda Elite 125, que é mais simples e bem mais barato (R$ 9.190) e PCX 150, que na versão ABS custa pouco menos (R$ 13.990). O modelo da Yamaha é uma ótima opção e vai continuar a incomodar.

O NMax 160 arranca bem, ganha velocidade com vontade e é bom de curva e de freios. Mas o conforto sobre pisos malhados e buracos ainda deixa a desejar
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