E finalmente chegou o tão esperado dia! A BMW apresentou hoje (15/7), na Índia, a G 310 RR. É o terceiro modelo de sua linha de baixa ciindrada, até agora composta pela trail G 310 GS e pela roadster G 310 R.
Por que na Índia? Bem, como já falamos aqui outras vezes a Índia é, atualmente, o maior mercado de motos do mundo. Então é natural que as principais marcas do planeta lancem seus novos modelos primeiramente lá, e depois em outros países.
Lá na Índia a BMW G 310 RR - assim como suas irmãs - será produzida pela TVS Motor Company, gigantesca fabricante local que é parceira da marca alemã. Aliás, a RR é baseada justamente em uma moto da TVS, a Apache 310 RR, quase uma irmã gêmea.
Como compartilha motor e chassi com as outras "310", o grande barato da RR é mesmo o visual. Claramente inspirado no da irmã bem maior e mais famosa S 1.000 RR - inclusive na pintura com a clássica combinação de cores branca, vermelha e azul escolhida para ser a "de lançamento".
Mas não é só isso. A pequena RR também tem carenagem integral (inclusive com spoiler embaixo do motor), dois grandes faróis, bolha protetora na frente, espelhos encaixados na carenagem, bonitas rodas de liga leve, chassi pintado na cor vermelha, bancos em duas seções e bem finos (o do garupa é licença poética), escape apontado para o alto, rabeta arrebitada e suporte de placa destacado.
No geral, o design é bem harmonioso e interessante, fato reforçado pela iluminação full-LED, pela lanterna traseira em formato de asa de morcego e pela boa sacada de pintar os tubos telescópicos da suspensão dianteira na cor dourada, dando-lhes destaque.
O motor não é novidade nem segredo: está lá o conhecido monocilíndrico injetado e refrigerado a água, com 313 cm³, 34 cv de potência a 9.700 rpm e 2,7 kgf.m a 7.700 rpm. Segundo a BMW, com ele a moto acelera de zero a 60km/h em 2,9 segundos. O câmbio tem seis marchas e a secundária é por corrente.
Outros quitutes da moto são o acelerador eletrônico, as suspensões dianteiras invertidas e traseira monochoque, a balança de alumínio, os pneus Michelin Pilot Street e os quatro modos de pilotagem: track, urban, rain e sport.
A BMW diz que o modo track foca em uma interferência mais suave do sistema anti-travamento dos freios, o ABS. Já o urban equilibra aceleração e frenagem para o uso no dia a dia em ambiente urbano. O sport, por sua vez, entrega o máximo de aceleração e de frenagem. E o rain eleva a sensibilidade do ABS para garantir a segurança sobre piso molhado.
Como antecipamos, o painel de instrumentos é o mesmo "tablet" vertical usado pela Apache 310 RR - uma tela de TFT com 5 polegadas. Mostra informações necessárias como velocidade, conta-giros, modo de condução e temperatura, e algumas curiosidades, como velocidade máxima atingida e desaceleração. E dependendo do modo de condução escolhido, o painel pode ser "customizado" para exibir apenas as informações que o piloto desejar.
Na Índia, a G 310 RR será vendida em duas versões, standard e Style Sport, com preços que equivalem a R$ 19.234 e R$ 20.179, respectivamente. A standard terá apenas a cor preta e a Style Sport, as opções tricolor e vermelha.
Como é uma moto voltada para países em desenvolvimento e as irmãs com o mesmo conjunto de motor e chassi já são montadas em Manaus (AM), nada impede que a RR seja vendida também no Brasil. Mas seria coisa para o final deste ano ou o início de 2023.
Aqui ela brigaria com Kawasaki Ninja 400, que custa R$ 35.310, e Yamaha YZF-R3, de R$ 31.390, que são modelos na mesma faixa de cilindrada e com a mesma proposta esportiva. Mas, para ser competitiva, a alemã feita na Índia teria que ter preço inferior aos das futuras rivais. É que ambas são bicilíndricas e mais potentes, com 48 cv e 42 cv, respectivamente.