Capacete é obrigatório. Saiba como escolher o seu

Veja aqui um pequeno guia para te ajudar a achar um modelo que garanta sua segurança e te deixe bem confortável

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Roberto Dutra
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Todo motociclista sabe que o uso do capacete é obrigatório. E não é por falta de opção que esse importantíssimo equipamento de segurança deixará de ser usado: dezenas de marcas vendem capacetes no mercado brasileiro, e o número de modelos e cores é praticamente infinito. Por isso, muita gente tem dúvidas de como escolher o capacete correto.

Então, criamos aqui um pequeno guia para ajudar o caro leitor a escolher um capacete que garanta sua segurança e, ao mesmo tempo, o deixe bem confortável.

1. Tipos de capacete

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Existem basicamente quatro tipos de capacetes: os abertos, os fechados (ou integrais), os modulares (ou escamoteáveis) e os off-road. E agora, qual tipo de capacete você deve escolher. Como decidir?  Vamos às características de cada um, que vai ficar mais fácil.

Os abertos não têm a parte que protege o queixo (queixeira), os fechados são o tipo padrão, os modulares têm queixeira articulável, que pode ser levantada (o que torna o capacete momentaneamente aberto) e os off-road são fechados e têm a queixeira mais avançada, pala na frente e podem ter viseira ou não.

Nesse último caso, e no de qualquer capacete sem viseira, é preciso usar óculos de proteção conforme exigência do Contran. Os fechados ou integrais são os mais seguros, já que protegem queixo, face e todo o crânio. Os abertos deixam a face e o queixo desprotegidos, os modulares tem um inerente ponto vulnerável no encaixe da parte articulável e os off-road são tão seguros quanto os fechados.

Capacetes do tipo coquinho, de ciclismo ou de esportes radicais não são permitidos na pilotagem de motocicletas.

A Bieffe é uma marca nacional que produz vários modelos e tem ótima elação custo-benefício
Crédito: Reprodução
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2. Tamanho

Os tamanhos mais comuns - e mais usados, claro - são 56, 58, 60 e 62. Raramente alguém precisa de um 54 ou de um 64, que até existem mas não são tão fáceis de encontrar. Para descobrir o tamanho ideal para o seu uso, pegue uma fita métrica e meça a circunferência da sua cabeça na altura da testa. Aquele será o seu tamanho, em centímetros.

Podem existir variações - por exemplo, o 58 de uma marca te veste bem, mas o 60 de outro fabricante ficou melhor. Isso é normal.

No caso dos capacetes "abertos", que cedem um pouco na frente quando encaixados na cabeça, é normal usar um número abaixo do usado no "fechado". Por exemplo, se você usa "fechado" número 60, provavelmente o "aberto" 58 te vestirá bem.

Vale lembrar que alguns fabricantes usam outra nomenclatura. Adotam as letras XS (extra small/ extra pequeno), S (small/pequeno), M (medium/médio), L (large/grande) e XL (extra large/extra grande). Essas letras costumam corresponder aos seguintes tamanhos: ES = 54; S = 56; M = 58; L = 60; XL = 62; e XXL = 64.

Na dúvida, o tamanho ideal é aquele que fica justo, mas não apertado, comprime levemente as bochechas e que não balance "em falso" quando você movimenta a cabeça para os lados rapidamente. Lembre-se, inclusive, que as espumas internas vão ceder com o tempo.

Na ilustração, os tamanhos dos capacetes e as nomenclaturas que podem ser em letras ou números
Crédito: Reprodução
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3. Tipo e frequência de uso

Para saber como escolher o capacete, você deve levar em conta os dois critérios citados e, por tabela, o custo-benefício. Quem vai usar o capacete no dia a dia, em trânsito urbano e em baixas velocidades pode até escolher um do tipo aberto.

Quem vai pilotar em velocidades mais altas, e eventualmente em estradas, deve optar por um fechado de boa qualidade - ou até um modular.

Já quem vai usar a moto exclusivamente em estradas deve optar por um modelo fechado de qualidade superior. E os pilotos de motos esportivas, que frequentemente estarão em velocidades bem altas, não devem pensar duas vezes: capacete fechado e de altíssima qualidade.

Por fim, a resposta para uma dúvida frequente: sim, você pode usar capacete off-road na cidade, desde que esteja com óculos de proteção.

Todo capacete sem viseira, como este modelo off-road, deve ser usado sempre com óculos de proteção
Crédito: Reprodução
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4. Certificação

Nacional ou importado, todo capacete vendido no mercado brasileiro tem que ser certificado pelo Inmetro - e, na maioria absoluta dos casos, ter aquele selinho na parte traseira.

Infelizmente ainda existe a polêmica sobre capacetes comprados no exterior eventualmente não serem aceitos pelas autoridades brasileiras de trânsito (o que faz com que o motociclista seja multado) mesmo quando têm certificação de órgãos estrangeiros equivalentes  - ou até mais exigentes - que o Inmetro. Em teoria, o cidadão pode comprá-lo lá fora e trazê-lo para cá, mas se usá-lo poderá sofrer penalidades.

Mas há capacetes importados que são homologados pelo Inmetro ou por órgão por ele reconhecido, e por isso são permitidos. Para saber se determinado capacete atende a essa norma, acesse o site inmetro.gov.br, selecione a classe de produto "Capacete para Condutores e Passageiros de Motocicletas e Similares" e faça a busca por marca e modelo.

Se não quiser ter esse trabalho, nem correr eventuais riscos legais, escolha um capacete certificado e compre no Brasil. Opte por aqueles cuja viseira tenham pelo menos 2 mm de espessura e não deixe de colar os adesivos refletores nas laterais, na frente e na traseira do casco.

O selo da discórdia: certificação do Inmetro é obrigatória inclusive para modelos importados
Crédito: Reprodução
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5. Pinlock

Ainda relativamente desconhecido de muitos motociclistas, o pinlock é uma espécie de película, ou "segunda viseira", que se encaixa na parte interna da viseira do capacete. Surge um pequeno espaço entre as duas viseiras, o que evitará que a viseira externa embace em dias chuvosos ou frios. É barato e útil.

O pinlock é uma espécie de "segunda viseira" que evita que a viseira principal embace na chuva ou no frio
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6. Validade

Capacetes não têm validade por data, mas por vida útil. Evite comprar o equipamento que tenha sido fabricado há cinco anos ou mais, ou usar um mesmo capacete por mais que três a cinco anos, dependendo da frequência. Caso o capacete sofra qualquer choque em algum momento - seja num tombinho bobo de moto ou mesmo cair no chão de mais de um metro de altura -, substitua o equipamento. A integridade do casco ou de partes internas pode ter sido comprometida, mesmo que os danos não estejam visíveis.

Capacetes modulares, como este C4 Pro Magnitud Yellow da Schuberth, garantem bom nível de proteção
Crédito: Reprodução
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7. Materiais e preços

Os capacetes normalmente são feitos de plástico injetado ABS, fibra de vidro, fibra de carbono ou kevlar - ou alguns desses materiais misturados. Para saber como escolher o capacete ideal para você, é preciso saber um pouco mais sobre esses materiais. Quanto mais resistente o material, melhor e mais caro será o capacete. A maioria absoluta dos modelos vendidos no Brasil é de ABS, e por isso são os mais baratos.

Os modelos feitos com mistura de fibra de vidro e kevlar são os mais seguros e mais caros, pois têm alto poder de absorção de impactos e ainda mantém seu nível de proteção mesmo sob seguidas batidas em um mesmo acidente - os de fibra de carbono não têm essa propriedade no mesmo nível.

Os preços dos modelos de ABS começam em cerca de R$ 150 e vão até R$ 500, em média. Daí em diante, é morro acima: os capacetes mais sofisticados podem custar mais de R$ 5 mil, facilmente.

Fuja disso: capacetes do tipo coquinho, bem como modelos usados em esportes radicais, são proibidos na condução de motos
Crédito: Reprodução
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8. Limpeza do capacete

A limpeza do casco e da viseira do capacete deve ser feita com pano úmido e sabão neutro ou com mistura de água e detergente neutro. Já a parte interna pode ser limpa com a passagem de um pano úmido embebido em detergente neutro.

Se o forro for removível, retire e limpe de forma mais profunda, inclusive na máquina, na regulagem "roupas delicadas". Nunca use substâncias abrasivas como solventes, benzina e limpa-vidros. A secagem deverá ser, sempre, à temperatura ambiente.

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