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Como funciona o sistema E-Clutch da Honda?

Marca anunciou que a naked CB 650R com a embreagem eletrônica chegará já este mês. Conheça os detalhes do sistema

por Roberto Dutra

Uma das novidades anunciadas pela Honda durante o Festival Interlagos - Motos foi a chegada da embreagem E-Clutch à naked média CB 650R. A notícia passou meio batida em meio a tantas novidades reveladas no evento, e boa parte das pessoas que estavam presentes até ficaram "boiando". Afinal, como funciona o sistema?
O sistema é complexo, mas o resultado é simples: com o E-Clutch, o acionamento da embreagem é automatizado. Assim, o piloto pode trocar as marchas normalmente, pelo pedal de câmbio, mas sem que seja preciso acionar a alavanca da embreagem. Segundo a Honda, isso facilita a condução, especialmente em situações de trânsito ou para pilotos iniciantes.
No caminho inverso, o resultado é simples, mas o sistema é complexo. O dispositivo usa uma central eletrônica (ECU) e um motor elétrico para controlar a embreagem. A ECU monitora parâmetros como a velocidade da moto, o ângulo de abertura do acelerador, a rotação do motor e até a pressão no pedal do câmbio.
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E não é só isso: a ECU também controla o ponto de ignição e a injeção de combustível. Já a embreagem é operada por uma unidade atuadora com motores elétricos.
No momento em que o piloto toca no pedal de câmbio, um sensor capta o movimento e a pressão e envia a informação para que o motor elétrico libere a embreagem para a iminente troca da marcha. Neste momento, atrasa momentaneamente o ponto de ignição e fecha a injeção de combustível. A marcha é trocada e, em seguida, tudo volta a funcionar normalmente. Todo esse processo acontece em milissegundos.
Mas a alavanca de embreagem está lá. Então, se o piloto quiser, ele pode acioná-la normalmente e trocar as marchas como se o E-Clutch não existisse. Outro barato do E-Clutch é que pode ser desativado com um comando feito no painel de TFT.
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Sim, na prática o E-Clutch proporciona a mesma facilidade que um quickshifter, o conhecido dispositivo que permite a troca das marchas sem uso da alavanca de embreagem e sem aliviar o acelerador.

Parece quickshifter, mas não é

Mas o funcionamento dos dois é diferente: o quickshifter apenas corta a injeção momentaneamente, para permitir a troca da marcha sem o uso da embreagem e sem impactos internos. O dispositivo foca, principalmente, na redução do tempo de troca e na melhoria da aceleração.
A embreagem eletrônica, por outro lado, é uma solução mais abrangente. Automatiza o engate e o desengate da embreagem, permite a condução sem embreagem e até mesmo a partida sem o uso dela.
A Honda CB 650R tem motor com quatro cilindros em linha, que entrega 88,4 cv de potência a 11.500 rpm e 6,1 kgfm de torque a 8.000 rpm. Atualmente, ainda sem o E-Clutch, custa R$ 52.590.
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E-Clutch não é DCT

Importante destacar que o E-Clutch nada tem a ver como a transmissão Dual Clutch Transmission (DCT) que já equipa os modelos NC 750X, CRF 1100L Africa Twin e X-ADV 750. Nestas, a transmissão é automatizada, tem dupla embreagem e não há alavanca de embreagem.
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