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Conheça o freio de sua moto e quando há problemas

Na hora da revisão, verifique os freios com muito cuidado - sejam a disco ou a tambor. Sua segurança depende disso

por Roberto Dutra

É claro que, na motocicleta, o bom é acelerar. Mas às vezes é preciso parar, certo? Sendo assim, os freios têm que funcionar plenamente. Para que isso aconteça sempre da melhor maneira, revise-os toda vez que sua moto passar por aquelas verificações periódicas. E não importa se sua moto tem freio a tambor ou a disco: os dois sistemas devem passar por manutenções frequentes.

O freio a tambor é um sistema mais antigo e menos eficiente, mas ainda está presente em muitas motos. Quando acionado, um cabo faz com que duas sapatas móveis se "abram" e suas superfícies abrasivas, chamadas de lonas toquem a parte interna do cubo da roda. Ao provocar esse atrito, fazem a roda para de girar.

Veja como funciona o freio a tambor


O principal sintoma de que algo não vai bem é quando o pedal do freio traseiro começa a ficar "baixo". Muitas vezes é só uma regulagem na tensão do cabo, que, com o tempo, naturalmente pega folga. Então é só fazer o ajuste até chegar a última regulagem. Quando atingir esse ponto, é hora de trocar as lonas, cuja espessura provavelmente atingiu o mínimo admissível. Se o freio a tambor for na roda dianteira, sintoma e solução são os mesmos.

Já os freios a disco são mais modernos e eficientes, mas também sofrem desgaste. Quando o manete ou pedal do freio é acionado, um fluido de freio é empurrado para o pistão da pinça, que por sua vez empurra as pastilhas em direção ao disco de freio. Esse atrito fará a roda parar de girar.

Veja como funciona o freio a disco da moto


No caso do freio a disco, os principais sintomas de que algo não vai bem são a frenagem deficiente, o manete (ou pedal) com pressão "borrachuda" (sem resistência e macio demais) e, ainda, ruídos vindo das pastilhas quando o sistema é acionado - o que indica que estão no final de vida útil ou com algum outro problema. Aliás, vale lembrar que pastilhas totalmente gastas, já "no ferro", podem arranhar o disco de freio, o que causa um prejuízo razoavelmente grande de acordo com a moto.

A manutenção do freio a disco é um pouco mais complicada, porque esse sistema tem vários componentes que trabalham conjuntamente. O mínimo é trocar as pastilhas e também o fluido de freio - e o fluido velho tem de ser descartado totalmente e colocado um novo até completar o sistema.. Ao fazer isso, não esqueça de "sangrar" o mangote para retirar qualquer ar que tenha ficado ali dentro. Quando fizer isso, você sentirá o manete (ou pedal), que estava baixo, retornar à posição original, com  plena pressão.
Importante lembrar que freios com lonas e pastilhas novos podem demorar um tempinho para "assentar". Então, é normal que façam ruídos e até que pareçam "borrachudos" nos primeiros quilômetros ou dias de uso. Se isso não mudar depois de algum tempo - pouco tempo! - volte ao mecânico e verifique novamente os sistemas.

Dicas na pilotagem

Muitas vezes os problemas nos freios acontecem por erros na pilotagem. Por exemplo, tem gente que pilota e esquece o pé apoiado justamente no pedal do freio. Isso vai acarretar superaquecimento no sistema, seja a tambor ou a disco - e desgaste prematuro.
Já o freio dianteiro deve ser acionado quando necessário, claro, mas sempre se deve ter a ajuda do freio-motor. Ou seja, use e abuse das reduções de marcha para obter a melhor frenagem que sua moto pode proporcionar. Evite ao máximo frear e acionar a embreagem ao mesmo tempo - assim você impede a ação do freio-motor e sobrecarrega os freios da moto, cuja parada dependerá totalmente deles. De resto, lembre-se: freios eficientes salvam vidas. Bons passeios!

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