Conheça o novo motor da Honda CG

Propulsor oferece melhor desempenho e promete menor custo de manutenção
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Agência Infomoto
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De cara, uma coisa precisa ficar clara: nenhuma peça do motor de 150 cc da Honda é compatível com o novo propulsor de 160 cc que passa a equipar os modelos da nova linha CG 2016. Ou seja, trata-se de um motor completamente novo. O desafio da marca japonesa foi encontrar uma fórmula que equalizasse eficiência na combustão, economia de combustível e baixa emissão de poluentes. Agora com 162,7 cm³ capacidade cúbica, o monocilíndrico do veículo mais vendido do país evoluiu em termos mecânicos, mas também no quesito desempenho, já que oferece maior potência e torque. 

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O novo propulsor FlexOne (bicombustível) foi projetado para atender a segunda fase do Promot 4, que entra em vigor a partir 1º de janeiro de 2016. Entre as novidades está a utilização de mais um balanceiro para diminuir a vibração e a fixação do eixo primário nas tampas laterais – calçados em rolamentos. 

Seguindo a receita de sucesso, o motor da CG 2016 manteve a mesma arquitetura: monocilíndrico com comando simples no cabeçote (OHC), quatro tempos, arrefecido a ar, com injeção eletrônica. Entretanto, a marca trouxe algumas inovações em sua construção que prometem facilitar – e baratear – a manutenção. Conheça os detalhes do novo motor de 160cc da Honda.

Construção

Em comparação com a 150 cc, o cabeçote do motor da 160 cc é totalmente diferente, pois é feito em peça única (o cabeçote da 150 cc era fabricado em duas partes). Com isso, o motor teve uma pequena redução de peso. Além de valer a máxima: quanto menos peças móveis, menos chance de dar problemas. 

Outra grande diferença está no pistão. Com saia mais curta e biela de curso mais longo, o conjunto tem menos áreas de atrito. Consequentemente, menos atrito, menos calor; menos calor, mais eficiência energética. Resultado: maior torque e potência em seu funcionamento. 

O novo motor utiliza também um rolamento de agulha no eixo do balancim, onde antes existia um rolamento de esfera. De acordo com a Honda, a nova peça tem desgaste menor e exige menos manutenção.

Na 150 cc havia apenas uma mola para o retorno das válvulas. Já no comando simples da nova 160 cc há duas molas – uma interna. O objetivo é simples: que o retorno da mola seja mais rápido evitando, assim, a flutuação das válvulas.

Manutenção e troca de óleo a cada 6 mil Km

“Para facilitar a manutenção do novo motor de 160cc, não é mais necessário desmontar o cabeçote para retirar o comando de válvulas: o acesso é feito por uma tampa lateral, tornando o trabalho na oficina mais rápido e simples”, explica Eduardo Lima, instrutor técnico do Centro de Treinamento da Honda em Recife (PE), garantindo que essa mudança deve agilizar as revisões e simplificar os possíveis reparos no motor. A modificação possibilitou também que a altura do motor diminuísse, formando um sistema mais compacto, apesar do aumento de sua capacidade cúbica. 

Outra novidade é a localização da vareta de medição de óleo, antes ao lado da tampa de embreagem. Seu posicionamento agora está mais a frente, facilitando o manuseio para a verificação periódica dos níveis do fluido. 

Outra boa notícia é que o motor de 160 cc está com um período de manutenção mais espaçado e exige troca de óleo a cada 6.000 km. O antigo de 150 cc pedia troca a cada 4.000 km. Na prática, isso reflete no seu bolso: menor custo de manutenção para o consumidor. Mas também é mais sustentável: afinal é menos óleo para ser descartado no meio ambiente.

Desempenho

Além de todo esse papo técnico, a grande novidade do novo motor é mesmo seu desempenho superior. Agora são 14,9 cv a 8.000 rpm se abastecido com gasolina, e 15,1 cv a 8.000 rpm com etanol – anteriormente o monocilíndrico de 150cc oferecia 14,2 e 14,3 cv, respectivamente, a 8.500 rpm. O torque máximo é de 1,40 kgf.m a 6.000 rpm e 1,54 kgf.m a 6.000 rpm (com gasolina e etanol) – ante os anteriores de 1,32 e 1,45 kgf.m também a 500 giros acima.

Apesar do melhor desempenho e capacidade, o consumo de combustível foi otimizado, afinal torque e potência vêm mais cedo, a 500 giros antes. Testes iniciais revelaram que o novo propulsor, mesmo de maior capacidade e mais potente, se mostrou cerca de 8% mais econômico em comparação à versão anterior, dando mais autonomia ao modelo e sem a necessidade de paradas extras para o abastecimento em viagens mais longas. “Isso acontece porque o motociclista acelera menos para ter o mesmo desempenho”, explica Alfredo Guedes Jr, engenheiro da marca nipônica.

Compare o desempenho CG 150 X CG 160

CG 150

Potência: 14,2 cv a 8.500 rpm (gasolina)/14,3 cv a 8.500 rpm (etanol)

Torque: 1,32 kgf.m a 6.500 rpm (gasolina)/1,45 kgf.m a 6.500 rpm (etanol)


CG 160

Potência: 14,9 cv a 8.000 rpm (gasolina)/15,1 cv a 8.000 rpm (etanol)

Torque: 1,47 kgf.m a 6.000 rpm (gasolina)/1,61 kgf.m a 6.000 rpm (etanol)

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