A Dafra reforça sua linha de scooters com um novo modelo: o Cruisym 150. O nome é esquisito mesmo, mas é isso mesmo: uma corruptela de "Cruise" e "SYM" - esta, a sigla da marca taiwanesa Sanyang, com a qual a brasileira tem parceria. O Cruisym 150 é originalmente fabricado por lá, e será montado em Manaus pela Dafra.
O Cruisym 150 tem um design relativamente conservador quando comparado aos modelos com os quais vai brigar diretamente - Yamaha NMax 160 e os Honda SH 150i, PCX 150 e ADV 150.
Mas tem certo charme com seus faróis halógenos grandes, os piscas com lentes brancas embutidos nas carenagens laterais - cujos prolongamentos na forma de abas são bacanas - e banco em dois andares que sugere muito conforto. Lá atrás, o conjunto de lanterna e piscas poderia ter visual mais moderno - pelo menos são com LEDs.
O novo scooter da Dafra ainda tem um bonito painel digital, com tela de LCD, bem completinho, carregador USB, porta objetos de 18 litros sob o assento (cabe um capacete fechado) e gancho na parte interna do escudo para transporte de sacolas. As rodas com aros de 14 polegadas são menos vulneráveis a buracos e afins do que as rodinhas de 12 ou 13 polegadas presentes em alguns outros scooters. Os pneus têm medidas 90/90 na frente e 100/90 atrás.
O motor é um monocilíndrico de 149,6 cm³ refrigerado a água, que gera 12,5 cv de potência a 8.000 rpm e 1,22 kgf.m de torque. a 6.000 rpm. A transmissão, claro, é continuamente variável (CVT).
O Cruisym 150 ainda tem tanque para 6 litros de combustível, freios a disco nas duas rodas com CBS (sistema combinado) e suspensões convencionais com 10 cm de curso na frente e bichoque com 7,5 cm de curso atrás. Completam as principais especificações o peso a seco de 130,3 quilos, o comprimento de 1,99 m, o entre-eixos de 1,35 m, o vão livre de 11 cm e a altura do banco em relação ao solo de 77,1 cm.
Com o Cruisym 150, a Dafra quer voltar a disputar o concorrido segmento dos scooters de 150 cm³ a 200 cm³. Mas não terá vida fácil. Com preço sugerido de R$ 14.490, é apenas R$ 1.000 mais barato que o forçudo Yamaha NMax, de R$ 15.490, e mais caro que os Honda PCX, de R$ 12.090, e SH 150, de R$ 13.340. Fica distante, mesmo, só do ADV 150, de R$ 18.500.
Nem todo mundo lembra, mas a Dafra foi a primeira marca a apostar com força no segmento de scooters do mercado brasileiro. Isso foi lá em 2008, quando a marca começou sua operação no país e lançou, entre outros modelos, o scooter Laser 150.
Tudo bem que o Suzuki Burgman AN 125 nasceu dois antes, mas nunca foi um produto de preço "popular". E a Dafra ainda trouxe vários outros, entre bem-sucedidos e nem tanto: Zig 50 e 100, Smart 125, Fiddle 125, Cityclass 200, Citycom 300i, Citycom HD 300i e MaxSym 400i.
E nunca é demais lembrar: os scooters já respondem por 33% das vendas de veículos motorizados de duas rodas no país - ficam atrás apenas das motos street/city, de baixa cilindrada. Dez anos atrás, respondia por 23%. Ou seja, foi o segmento que mais cresceu no período.
Segundo o gerente nacional de marcas da Dafra, José Ricardo Siqueira, o Cruisym 150 permitirá à marca retornar ao segmento mais importante do mercado de scooters e, ainda, alcançar áreas aonde ainda não tem chegado.
"O Cruisym 150 vai ampliar as vendas das nossas concessionárias e permitir que a marca chegue em regiões onde atualmente não participa com seus scooters de maior cilindrada", afirma Siqueira. O modelo será vendido nas cores preta fosca, vermelha metálica e branca, e chega às lojas no início de agosto.