Esse novo motor V4 de 1.158cm³ estreou na superesportiva Panigale V4 S, que já é vendida no Brasil. Nela, tem 217 cv a 13.000 rpm e torque de 12,6 kgfm a 10.000 rpm. Na Multistrada, contudo, a recalibragem fez a potência cair para 170 cv a 10.500 rpm, mas o torque é o mesmo. O objetivo é deixar a moto mais dominável e agradável para viagens - que, afinal, são sua verdadeira vocação.
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O câmbio da Multistrada V4 tem seis marchas, com secundária por corrente - a primeira marcha é bem curta, para facilitar o uso urbano e no off-road, e a sexta marcha é bem longa, para dar mais conforto e baixo consumo nas viagens.
Mais do que apenas um motor, contudo, esta nova Multistrada tem muitas outras novidades e aprimoramentos. A tecnologia embarcada, por exemplo, é completíssima.
A moto tem ABS e controle de tração atuantes em curvas, acelerador eletrônico (sem cabos), suspensões eletrônicas (17cm de curso na frente e 18cm de curso atrás), quatro modos de pilotagem (sport, touring, enduro e urban), assistente de partida em rampas, monitoramento de pressão dos pneus, iluminação full-LED, faróis com função cornering (nas curvas, iluminam a parte interna da trajetória) e dispositivo anti-empinamento, entre outros recursos.
Tudo é configurável através de botões nos punhos, que por sinal são iluminados. E todas essas informações, e muitas outras mais, aparecem no lindo painel que agora é uma tela de TFT de 6,5 polegadas. Aliás, o painel também exibe mapas de GPS, quando pareado ao smartphone (o tal Ducati Connect...).
Na Europa, a nova Multistrada V4S será vendida em rodas de liga leve ou raiadas (aro 19 na frente, com pneu 120/70, e aro 17 atrás, com pneu 170/60, ambos Pirelli Scorpion Trail II), de acordo com a versão.
Serão cinco pacotes - essential, travel, travel and radar, performance e full - que podem ou não incluir recursos como o Ducati Connect, aquecimento de punhos e bancos, cruise control adaptativo (mantém a velocidade e a distância do veículo à frente), radares dianteiro e traseiro, escape Akrapovic, acabamentos em fibra de carbono e até cavalete central.
A Multistrada V4 terá três versões. A de entrada é a mais simples. Só terá a cor vermelha e, segundo a Ducati, é para quem deseja curtir apenas a potência, o torque e o baixo peso de 215 quilos a seco da moto (é 10 quilos mais leve que antes).
A intermediária, chamada de V4 S, também pode vir na cor "Aviator Grey" (cinza) e com rodas de liga leve ou raiadas. Também pode ser equipada com um de quatro pacotes de opcionais, chamados de Essential, Travel, Radar, Performance e Full. Estes pacotes incluem itens como o Ducati Connect, aquecimento de punhos e bancos, cruise control adaptativo, radares dianteiro e traseiro e até um reles cavalete central.
A terceira versão é a V4 S Sport, que também pode agregar todos estes opcionais e ainda escape Akrapovic e para-lama dianteiro em fibra de carbono. Para todas, uma grande novidade: segundo a Ducati, os intervalos de manutenção da moto serão a cada 15 mil quilômetros e o ajuste das válvulas, nos 60 mil quilômetros.
Quer outra novidade, essa mais simples, porém bem interessante? A Ducati criou um esperto porta-luvas no tanque, logo atrás do bocal de abastecimento. Gostamos! A marca também tentou melhorar a vida de quem tem baixa estatura: a altura do banco do piloto é regulável entre 81 cm e 87,5 cm de distância do solo. Por falar em distância, o vão livre da moto melhorou sobremaneira: passou para 22 cm, 4,6 cm a mais do que antes.
Por fim, o tanque leva 22 litros de combustível. Como a moto promete um consumo médio em torno dos 15km/l, temos uma autonomia teórica superior a 330 km.
As vendas da Multistrada na Europa começam já neste mês de novembro. Os preços começam em 19 mil Euros, o equivalente a cerca de R$ 126 mil (as outras duas custam iniciais 22 mil Euros e 24.790 Euros). Ainda não há previsão para o mercado brasileiro, mas é certo que em algum momento ela virá - é coisa para 2021, claro.
O preço aqui será alto: no momento, temos no Brasil duas versões da Multistrada - a 950 S, com 113 cv e 9,7 kgfm, e a 1.260, com 158 cv e 13,1 kgfm, ambas com motor L2. Elas custam, respectivamente, R$ 95 mil e R$ 106 mil. Como a Panigale com motor V4 custa R$ 130 mil, é provável que a Multistrada V4 chegue por um valor próximo ao da superesportiva.
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