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Agora, porém, a Bajaj anunciou que está de volta ao país - e desta vez vem oficialmente, com uma subsidiária nacional, e cheia de ambições. A marca pretende se estabelecer de forma sólida e, inclusive, deverá ter linha de montagem por aqui. A "fábrica" será, muito provavelmente, em no Polo Industrial de Manaus (PIM/AM), para dispor das isenções tributárias do local.
O planejamento começou em 2020. A marca ainda não divulgou o cronograma das operações e nem os modelos que pretende vender por aqui, mas um primeiro post no Instagram "bajajdobrasil" mostra, meio que disfarçadamente, a Dominar 400, uma naked com pegada adventure e moto de média cilindrada.
A Dominar é, de fato um dos modelos mais interessantes da atual linha da Bajaj, e tem a ver com o gosto do comprador brasileiro. Tem para-brisa, protetores de mão e de motor, suspensão dianteira invertida, embreagem deslizante, painel de LCD, freios ABS e iluminação com LEDs. O motor é monocilíndrico de 373 cm³, refrigerado a água, e rende 40 cv de potência máxima a 8.800 rpm e 3,6 kgf.m de torque a 6.500 giros. Mas o portfolio da Bajaj é muito maior.
São candidatas ao mercado brasileiro não só a Dominar 400 como também sua irmã menor Dominar 250 e os sete modelos da linha Pulsar (com motores de 250 cm³, 200 cm³, 160 cm³, 150 cm³ e 125 cm³). Aliás, tanto a Dominar 400 quanto a Pulsar N250, uma naked que lembra alguns modelos Yamaha vendidos na Europa, já foram inclusive registradas no Brasil. A marca ainda tem em seu lineup as custom Avenger 200 Cruise e 160 Street, e as urbanas Platina 110 e 100, e CT 110X - mas estas têm poucas chances de virem pra cá: não se encaixam muito no gosto do comprador brasileiro ou têm aspecto ultrapassado.
Além das motos, a Bajaj também vende na Índia uma extensa linha de triciclos, os chamados "tuc-tucs" - o nome original é "rickshaw", que depois virou "riquixá motorizado". Esses veículos são um negócio bastante rentável por lá. Seria invencionice - ou uma aposta bem arriscada - vendê-los por aqui, mas não deixaria de ser divertido ver um "tuc-tuc" passando pela Avenida Paulista ou pela praia de Copacabana.
Nota do autor: alguns anos atrás eu tive a oportunidade de pilotar um "tuc-tuc" na Índia. Foi estranhíssimo, mas muito divertido!
Em termos gerais, a Bajaj é uma empresa gigantesca. É uma das três maiores fabricantes do setor na Índia e no mundo (3,6 milhões de unidades produzidas em 2021), a quarta em vendas internas (atrás de Hero, Honda e TVS) e a maior exportadora de motos daquele país: envia para fora metade do que produz e, desse volume, cerca de 15% vão para vários países da América Latina, especialmente Argentina, Colômbia e Equador. Por fim, ainda tem parcerias para fabricar localmente motos de marcas "premium", como KTM e Triumph.
A empresa foi fundada há 77 anos por Jamnalal Bajaj, no Rajastão, e atualmente sua sede fica na cidade de Pune, no estado de Maharashtra. Tudo começou com uma fábrica de açúcar, mas com o tempo o Bajaj Group foi diversificando suas atividades e entrou em várias áreas, como a de motocicletas. Agora, a marca quer abiscoitar um pedaço do mercado brasileiro. A conferir.
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