Preocupada com os boatos e rumores acerca de seu futuro no mercado brasileiro - motivados pelas mudanças em nível global decididas pela matriz americana -, a direção da Harley-Davidson soltou um comunicado para reafirmar que as operações no país continuarão normalmente, o que inclui a montagem de motocicletas em Manaus e as vendas em concessionárias autorizadas.

O comunicado é assinado pelo diretor geral da marca no Brasil, John Klein, e diz, entre outras coisas, que "embora tenha havido algumas mudanças na rede de distribuidores nos últimos meses, a maioria da rede de concessionárias continuará operando normalmente". A nota esclarece que a marca está em busca de soluções para o pós-venda e garantias em cidades onde alguma concessionária venha a ser fechada.
Os rumores e boatos ganharam força há alguns dias, quando a autorizada Vitória H-D, no Espírito Santo, anunciou seu fechamento em nota assinada pelo diretor Diego Lobato.
Lobato lembrou os prêmios e conquistas da loja e, sem entrar em detalhes, explicou que "a partir das mudanças realizadas globalmente pela HDMC e localmente pela HDB, onde Políticas Comerciais e Regras de Negócio foram modificadas, definimos pela saída do negócio".
Um dos aspectos a ser interpretados nas mudanças que a marca fará em nível mundial é até que ponto elas vão tornar as operações menos rentáveis em alguns países, cidades e localidades. A Harley almeja tornar-se a "marca de motos mais desejada do mundo" e, para isso, entre outras medidas, pretende enxugar o lineup e manter no salão apenas as motos mais caras e/ou sem "duplicidade" - parecidas e com a mesma proposta de uso.
Isso certamente restringirá o potencial de vendas em alguns lugares. Mas, aparentemente, não no Brasil, onde a marca diz que pretende manter suas operações normalmente.