Honda ADV fica mais forte, equipado e eficiente

Aceleramos a linha 2025 do scooter, que ganhou motor maior e mais recursos. Ficou melhor e mais competitivo!

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Roberto Dutra
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O caro leitor mais atento viu aqui no WM1 todas as novidades implementadas no Honda ADV. Detalhamos todas as mudanças, do motor agora maior - passou a ser o mesmo do PCX 160 - ao redesenho das carenagens e do banco, passando por novos recursos a bordo, como o controle de tração e o painel com novo layout e mais funções.

Agora é hora de falar do desempenho do Honda ADV. E o scooter ganhou fôlego! O discreto aumento na capacidade cúbica do motor pode parecer pouca coisa, mas não é. O modelo ficou 21% mais potente e 5% mais torcudo - percentuais que fazem diferença em um modelo urbano de apenas 128 quilos (seco).

Honda Adv 160 2025 (4)
Honda ADV teve evoluções importantes e que vão além do motor de 160 cm³
Crédito: Caio Mattos/Honda
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Como é pilotar o novo Honda ADV 2025?

Vamos lá. À primeira vista nem parece que o modelo mudou muito. Mas um olhar atento perceberá que o scooter ficou mais elegante com o novo desenho das carenagens dianteira e laterais. Se a ideia é dar uns rolés com a turma e impressionar os amigos, o ADV está bem mais apto.

Mas, no lado prático, o novo banco é que faz diferença: ficou mais estreito na área do piloto, e também mais baixo. Então agora você monta e se instala ali com mais comodidade, seus pés encontram o chão com mais facilidade e as manobras ficaram mais fáceis mesmo para pilotos e pilotas de baixa estatura ou que não são "pernalongas".

O novo banco é mais estreito e ergonômico, e a densidade da espuma é quase a mesma de antes
Crédito: Divulgação
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E basta acelerar por alguns quilômetros para perceber que o ADV, agora 160, ficou mais bem-disposto e arisco do que o antecessor ADV 150. O motor herdado do PCX 160 trabalha mais soltinho, vibra menos e responde com mais vigor.

É que tem menos atritos internos e, por isso, é mais eficiente. É a tal tecnologia enhanced Smart Plus (eSP+). O aumento na capacidade cúbica se deve ao diâmetro maior, mas o curso ficou mais curto. Então o motor gira mais rapidamente - embora os picos da potência de 16 cv e do torque de 1,49 kgf.m sejam os mesmos do motor de 150 cm³: 8.500 rpm e 6.500 rpm, respectivamente.

Com o novo motor, herdado do PCX 160, o ADV ficou mais esperto e gostoso de pilotar
Crédito: Divulgação
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Antes a potência era de 13,2 cv e o torque, de 1,31 kgf.m. Pois os 2,8 cv e 0,18 kgf.m fazem uma boa diferença. No ambiente urbano o ADV 160 exibe a agilidade necessária para se desvencilhar dos carros e trafegar nos corredores.

E nos trechos mais livres permite velocidades confortáveis de até 90 km/h sem parecer que vai explodir. Acima disso, vibrações e ruídos já poderão incomodar mesmo com o bom para-brisa na posição mais alta.

O ADV 160 também transmite a sensação de respostas mais imediatas nas saídas da inércia mesmo quando o sistema start/stop está ativado.

Curvas e aderência

Nada criticar nesse aspecto. Ao longo do nosso test-ride, todo feito na cidade de Sampos do Jordão (SP) e aredores, passamos por trechos urbanos, por uma bonita serrinha e até por alguns quilômetros de estrada de terra.

A todo momento o ADV exibiu comportamento divertido e muito seguro, inclusive sob chuva em um dos trechos mais sinuosos da serrinha. Na parte de terra, não foi nem necessário desligar o controle de tração, visto que raramente o dispositivo entrou em ação. Aliás, o ADV até vai bem na terra, mas não é muito para isso: quica demais!

Também andamos como o ADV em trechos de terra. O scooter até vai bem, mas não é muito para isso
Crédito: Caio Mattos/Divulgação
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Suspensões e freios

As suspensões do ADV não mudaram. Continuam lá os telescópios convencionais na frente e o bichoque Showa traseiro, com reservatórios de óleo externos. Os cursos continuam os mesmos de antes: 13 cm na frente e 11 cm atrás.

O que mudou ali foi o posicionamento dos amortecedores traseiros, que ficaram mais verticais. Isso foi necessário devido ao novo chassi - o mesmo do PCX -, que trouxe novos pontos de fixação.

Ou seja, as suspensões do ADV continuam até eficientes - mais que as dos concorrentes ou similares, como o próprio PCX. Mas ainda são bem rígidas e têm cursos mais curtos que o desejável.

Com curso mais curto que o desejável, as suspensões do ADV continuam as mesmas de antes
Crédito: Divulgação
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Os freios também não mudaram e, com discos na frente e atrás e ABS apenas na frente - sem opção de desligamento -, proporcionaram frenagens seguras e sem sustos, mas não impressionantes.

Aqui vale lembrar que as rodas continuam com aros de 14 polegadas na frente e 13 polegadas atrás. Então cuidado com buracos e irregularidades mais graves no piso!

Ergonomia, painel e funcionalidade

Ergonomicamente o ADV é bastante satisfatório. A posição de pilotagem é agradável e os pés vão naturalmente apoiados nas plataformas das carenagens laterais. Inclusive você pode botá-los em duas posições, com os pés planos ou inclinados, - algo bom em trajetos mais demorados. E, na chuva, até que o escudo frontal e as plataformas protegeram um bocado.

O novo banco parece mais duro que o antigo num primeiro momento. Mas, depois de algumas horas ali em cima, realmente não senti diferença. Fato é que seu (novo) desenho proporciona melhor encaixe do quadril, o que reforça o conforto. E que ali embaixo, no porta-objetos, houve ganho de espaço, de dois litros - agora são bons 29 litros.

Eu achava o painel "antigo" mais bonito, mas este novo tem mais funções e o prático mini-joystick
Crédito: Divulgação
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O painel de instrumentos agora tem novo layout. Confesso que eu preferia o visual gráfico do anterior, para mim mais elegante, bonito e nada confuso. Mas é indiscutível que o novo tem boa visualização, mais funções e operação mais fácil com o comando satélite tipo mini-joystick. Essa foi uma boa ideia, dona Honda!

Outra boa sacada foi o suporte para tampa do bocal do tanque de combustível. Se antes você tirava a tampa e ficava com ela na mão - ou botava no banco, em cima da bomba do posto ou mesmo na plataforma, agora apenas encaixa no suporte, que fica ali dentro do compartimento, mesmo. É prático, mas exige mãos delicadas (ou pequenas) porque o "espaço de manobra é exíguo".

O para-brisa pode ser ajustado em duas posições, com 7,5 cm de distâncias entre as altura - que fazem diferença
Crédito: Divulgação
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Qual é o consumo do Honda ADV 160?

O Inmetro aponta consumo médio de 36,5 km/l. Não é algo impressionante. Ocorre, que no mundo real, lá durante nosso test-ride, eu fiz uma média de 46,7 km/l com picos superiores a 50 km/l no consumo médio do painel.

Ou seja, como pegamos muitas subidas e estradas de terra nesse contexto, é possível estimar que o usuário normal, em ambiente urbano e sob condução civilizada, fará médias superiores a 50 km/l - o que é excelente.

Vale a pena comprar o novo ADV 160? Sim, mas você deve pensar bem no uso que dará ao scooter
Crédito: Divulgação
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Conclusão: vale a pena comprar o Honda ADV 160 2025?

Aí depende do que o caro leitor busca. O ADV 2025 custa R$ 24.534 - no mínimo, já que é preço público sugerido e muitas concessionárias Honda botam ágio em cima, principalmente nesta fase de lançamento/novidade.

Já o PCX 160 ABS, que é o mais completo e tem especificações similares à do ADV, parte de R$ 20.234. São R$ 4.300 a menos para fazer praticamente a mesma coisa e entregar quase as mesmas respostas.

Se o caro leitor quer apenas um bom scooter para sua mobilidade urbana, a boa é ir no PCX 160. Mas se pretende dar uns rolés mais distantes e/ou quer impressionar a turma com um scooter mais bonito e/ou precisa muito de uma suspensão traseira mais caprichada, vale a pena pagar a diferença e levar para casa o novo ADV 160 2025.

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