Em 2020, um ano de mercado estagnado por conta da pandemia de Covid-19, a Biz somou 139.485 unidades emplacadas. À frente dela, só a CG, com 269.226 exemplares vendidos. Mesmo assim foram números significativos. No ano anterior, um período "normal", as vendas das duas foram de 155.920 e 307.973 unidades, respectivamente - pouca coisa a mais.
A Biz foi desenvolvida no Brasil tendo como base a C 100 Dream, uma "cub" legítima e de origem japonesa, que foi vendida aqui no país entre 1993 e 1998. A Dream, aliás, foi inspirada na Super Cub, um modelo de 1958 que inaugurou a categoria "cub" (Category Upper Basic – categoria básica superior, em português). Hoje, a Dream virou uma raridade, inclusive bem valorizada.
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Para se adequar ao gosto do brasileiro, a Biz recebeu aprimoramentos importantes, como as linhas arredondadas e o espaço sob o banco para guardar um capacete ou objetos diversos. As rodas também mudaram - passaram a ter aro de 17 polegadas na frente e de 14 atrás.
Quando "nasceu" aqui, a Biz tinha motor monocilíndrico refrigerado a ar com 100 cm³, 7,6 cv de potência a 8.600 rpm e 0,8 kgf.m de torque a 6.000 rpm. O câmbio era quase uma novidade no país: semiautomático e rotativo, com quatro marchas e embreagem automática. Ou seja, o piloto trocava as marchas sem usar uma embreagem, e era possível passar direto da quarta marcha para o neutro com a moto parada.
Os anos trouxeram aprimoramentos como o crescimento da capacidade cúbica para 110 cm³, a versão com 125 cm³, a substituição dos carburadores por injeção eletrônica e a tecnologia flex. Atualmente, a Biz é vendida em duas versões, a 110i e a 125, com preços de R$ 8.730 e R$ 10.800, respectivamente.
Nas duas o motor ainda é monocilíndrico e refrigerado a ar. Na 110, o propulsor só usa gasolina e rende 8,3 cv de potência a 7.250 rpm e 0,8 kgf.m de torque a 5.500 rpm. Na 125, o motor é flex e chega em 9,2 cv a 7.500 rpm e 1 kgf.m a 3.500 rpm.
A menor tem rodas raiadas e freio dianteiro a tambor, enquanto a maior tem freio dianteiro a disco e rodas de liga leve. A topo de linha 125 ainda tem quitutes como sistema combinado de freios CBS, painel digital, tomada 12V para conectar gadgets e o bom porta-objetos embaixo do banco.
A Biz ainda deve continuar no mercado por muito tempo - o que inclusive garante que continuará sendo um bom negócio, tanto nova quanto usada. Afinal, nenhuma moto chega à marca de 4 milhões de unidades produzidas sem eficiência comprovada nas ruas e no bolso.
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