Honda confirma três novidades para 2021

Marca venderá aqui o scooter Forza 350, a superesportiva CBR 1.000RR-R Fireblade SP e a big trail CRF 1.100L Africa Twin

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Roberto Dutra
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A Honda aproveitou o lançamento do scooter ADV 150 para anunciar três novos modelos para 2021. A marca venderá no país o scooter Forza 350, a superesportiva CBR 1.000RR-R Fireblade SP e a big trail CRF 1.100L Africa Twin.

Dos três, o scooter é absolutamente inédito, enquanto a superbike e a "trailzona" são, na prática, versões aprimoradas de modelos que já existem.

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Thumbnail 2. Honda Forza 350
O Forza 350 tem motor com 29 cv de potência, bom espaço sob o banco e design sofisticado
Crédito: divulgação
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Honda Forza 350

O nome Forza sempre esteve associados aos scooters mais sofisticados da Honda. O público brasileiro teve um primeiro contato com o modelo no Salão Duas Rodas do ano passado, quando foi exibido para avaliar as reações - que, pelo visto, foram animadoras. O modelo do salão ainda tinha motor de 300cm³, o que foi mudado em julho lá fora, quando foi lançado na Tailândia. Logo, o Forza que chegará aqui em 2021 estará alinhado ao que é vendido na Europa e na Ásia.

Agora são exatos 329,6 cm³ de capacidade, contra 276 cm³ de antes. Basicamente mudaram o mapeamento e o diâmetro e o curso do motor (77mm x 70,7mm contra 72mm x 68,5mm de antes). O motor tem refrigeração líquida, comando de válvulas simples e, obviamente, câmbio CVT. O modelo europeu tem 29 cv de potência a 7.500 rpm e torque de 3,2 kgf.m a 5.250 rpm - já atende à norma Euro 5.

O Forza tem controle de tração desligável, freios com ABS na frente e atrás - disco dianteiro com 256mm de diâmetro e traseiro com 240mm, suspensão dianteira com garfos telescópicos e traseira bichoque, e pneus 120/70 R15 na frente e 140/70 R14 atrás. O tanque leva 11,7 litros e, como o modelo promete um consumo médio de 30 km/l, tem uma autonomia teórica de 350km.

O banco fica a 78cm do solo, o vão livre é de 13,5cm e o peso em ordem de marcha é de 185 quilos. O painel é completinho, como manda o figurino: a tela de LCD tem velocímetro, indicadores de combustível, da temperatura, de consumo médio e instantâneo, relógio, e hodômetros total e dois parciais. Os mimos são uma tomada USB no escudo, partida sem chave (smartkey), iluminação por LEDs, para-brisa com regulagens elétricas e espaço embaixo do assento para guardar dois capacetes.

Honda CBR 1000RR-R Fireblade SP

Thumbnail 3. Honda Cbr 1.000 Rr R Fireblade
A CBR 1.000RR-R Fireblade SP é a mais potente de todos os tempos: terá 214 cv
Crédito: divulgação
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A linha Fireblade vem dos anos 90, mas esta nova geração é diferente de tudo o que já se viu. O motor é o 1.000cm³ mais potente feito pela Honda para uma moto de produção em série em sua história e o design, o mais agressivo de todos os tempos em uma esportiva da marca.

O desenho, inclusive, ganhou um dos mais importantes prêmios internacionais: o Red Dot Award, na categoria design de produto. Estão lá, entre outros detalhes, pequenos "winglets" no interior da carenagem - aletas destinadas a elevar a pressão aerodinâmica sobre a moto e deixá-la bem colada no solo em altas velocidades.

Além do motor, toda a carenagem e o chassi também são novos. A suspensão também mudou e agora é Öhlins Smart EC, com interface eletrônica Objective Based Tunning interface (OBTi), que permite ajustes via painel de instrumentos. Quer mais? Os freios são Brembo Stylema e o painel é uma tela de TFT cheia de informações e interações - por ele o piloto ajusta a suspensão, gere a eletrônica embarcada e seleciona os três modos de pilotagem, que englobam nove opções de controle de tração, três de antiempinamento, pressão do amortecedor de direção, interferência do freio motor e funcionamento do quickshifter (dispositivo que permite a troca das marchas sem usar a embreagem e sem aliviar o acelerador).

O motor é um quatro cilindros de 999cm³, e sua potência ainda não foi oficialmente revelada. Mas a própria Honda disse, durante o Salão de Milão do ano passado, que chegaria a 214 cv a incríveis 14.500 rpm - já que algumas especificações, como diâmetro e curso do motor, são idênticos aos da RCV213V-S usada no moto GP. No caso, são 81mm de diâmetro e 48,5mm de curso, contra 76mm x 55mm do motor usado anteriormente na Fireblade.

Honda CRF 1.100L Africa Twin

Thumbnail 4. Honda Crf 1.100l Africa Twin
A CRF 1.100L Africa Twin chegará na versão "crescidinha" e com quatro configurações
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A big trail é manjada por aqui há anos e essa versão com motor crescidinho já roda na Europa desde abril. São 1.084cm³, que rendem 102 cv de potência, contra 998cm³ 95 cv de antes. O torque subiu de 10,1 kgf.m para 10,7 kgf.m.

Os incrementos podem não parecer grande coisa, mas ganham importância quando lembramos que a moto também ficou cinco quilos mais leve. E mais: na Europa, passou a ter ABS com atuação nas curvas, controle antiempinamento e painel de TFT com 6,5 polegadas.

Outra novidade foi a introdução da opção equipada com transmissão Dual Clutch Transmission (DCT). É aquela automatizada que já vimos aqui em modelos como as VRF 1200 F e Crosstourer anos atrás e que, pelo menos no Brasil, nunca emplacaram. Atualmente ela está no scooterzão aventureiro X-ADV 750 e na touring GL 1.800 Gold Wing.

Na Europa, até que o câmbio automatizado tem seu público: desde sua chegada, em 2010, já foram vendidas mais de 140 mil motos com o DCT. Em 2019, 45% das Africa Twin, 52% das NC 750X e 67% das Goldwing vendidas tinham o sistema.

Aqui, a versão com câmbio tradicional ainda será vendida, assim como uma opção com "transmissão esportiva" - também tradicional, com seis marchas. Então, serão quatro as CRF 1.100L: a básica com câmbio convencional, a com câmbio DCT e as versões topo de linha Adventure Sports com transmissão convencional ou DCT. As configurações Adventure Sports têm tanque maior capacidade e alguns itens de comodidade e conforto a mais.

Cheia de recursos, a Africa TWin 2021 com motor de 1.100cm³ também terá modos de pilotagem que ajustam parâmetros como quatro níveis de potência, três de freio-motor e sete do controle de tração. Outra novidade é o rebaixamento do banco em 2cm. As suspensões de longo curso - 23cm na frente e 22cm atrás - e vão livre de 25cm reforçam as aptidões off-road da moto.

O visual também foi repaginado. A frente ficou afilada, com faróis bem mais integrados à carenagem, e no geral a moto está mais elegante e menos opulenta. A Honda não revelou, ainda, quando começarão as vendas dos três modelos - mas já adiantou que não serão ao mesmo tempo. Preços? Também só mais adiante.

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