Honda NC 750X: o que era bom ficou muito melhor

Crossover da marca da asa ganhou importantes aprimoramentos na linha 2026 e nós já experimentamos: confira as impressões

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Roberto Dutra
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-  Testamos a nova Honda NC 750X linha 2026 para conhecer as melhorias feitas

-  A moto ganhou novo design, mais peso, câmbio automatizado reprogramado e outros aprimoramentos

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-  Confira abaixo nossas impressões e todas as características e especificações da Honda NC 750X 2026

A Honda NC 750X é uma das poucas motocicletas vendidas no mercado brasileiro que equilibram bem aspectos como conforto, usabilidade, tecnologia e preço. Em muitos modelos vemos uma dessas características eliminar outra (as), justamente porque não é fácil balanceá-las.

    Mas a NC 750X sempre foi uma moto muito equilibrada - desde seu lançamento, lá em 2012, ainda como NC 700X. Porém, ao longo dos anos, o modelo ganhou aprimoramentos e, principalmente, sofisticação. Em 2015, o motor cresceu de 670 cm³ para 745 cm³, entregando mais potência e torque e corte de giro mais alto. Em 2017, vieram mudanças discretas no visual.

    Em 2022, foram feitas mudanças mais profundas - a moto ganhou a opção do câmbio DCT, novo design, nova carenagem, acelerador eletrônico, modos de pilotagem, controle de tração, e suspensão 3 cm mais baixa. E, como tem acontecido nestes 13 anos, agora o que era bom ficou melhor de novo: a linha 2026 tem aprimoramentos importantes e está mais agradável do que nunca.

    A Honda NC 750X chega à linha 2026 com novidades no design e em tecnologia
    Crédito: Divulgação
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    Objetivamente, as mudanças na Honda NC 750X na linha 2026 foram as seguintes:

    • Novo design frontal, incluindo conjunto ótico
    • Novo design nas carenagens laterais
    • Novo painel de instrumentos de TFT de cinco polegadas
    • Novo freio dianteiro, agora com disco duplo
    • Novo catalisador, maior, para adequação ao Promot
    • Discreta queda na potência e no torque, por adequação ao Promot
    • O peso aumentou em 7 kg: agora, são 204 kg na versão convencional e 214 kg na versão DCT
    • Novas rodas 1,9 kg mais leves que as anteriores para compensar o aumento do peso
    • Bateria deslocada para trás do porta objeto
    • Transmissão DCT reprogramada para proporcionar respostas mais suaves e precisas em baixas velocidades
    • Punhos novos com joystick
    • Banco novo com mais densidade na espuma e mais alto pro garupa
    • Para -brisa mais largo na base
    • Bancos com novas capas e costuras, e acabamento melhorado
    • Cobertura do porta-objetos redesenhada
    • Interior do porta-objetos redesenhado com nova posição das ferramentas, mas ainda com a mesma capacidade para 23 litros
    • A mudança visual mais marcante está na frente, com farol, para-brisa e carenagens novos
      Crédito: Divulgação
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      Confira abaixo outras especificações importantes da Honda NC 750X 2026:

      • Porta USB-C no interior do porta-objetos
      • Tanque para 14 litros
      • Autonomia de cerca de 300 quilômetros
      • Zero a 100 km/h em 5,9 segundos (Instituto Mauá)
      • Velocidade máxima de 174 km/h (Instituto Mauá)
      • Consumo médio de 24km/l (Instituto Mauá)
      • Autonomia superior a 300 quilômetros
      • Iluminação full-LED
      • Vão livre de 14,2 cm
      • Banco a 80,2 cm do solo
      • Chassi com tubos de aço tipo diamond com motor parte fazendo da estrutura
      • Suspensão dianteira Showa SDVB com 12 cm de curso
      • Suspensão traseira pro-Link com 12,1 cm de curso na versão manual, 12,2 cm de curso na DCT e cinco ajustes na pré-carga nas duas versões
      • Embreagem assistida e deslizante
      • Discos dianteiros flutuantes de 296 mm de diâmetro com pinças de dois pistões
      • Disco simples traseiro de 240 mm de diâmetro, uma pinça e pistão único
      • Pneus nas medidas 120/70 R17 na frente e 160/60 R17 atrás
      • Sinalização de freada de emergência (Emergency Stop Signal - ESS)
      • Três modos de pilotagem na versão com câmbio convencional (Standard, Sport e Rain)
      • Cinco modos de condução na versão com câmbio DCT (Standard, Sport, Rain User 1 e User 2 - estes, configuráveis)
      • Controle de tração com três níveis de interferência
      • Redesenhado, o prático compartimento à frente do piloto manteve a capacidade para 23 litros
        Crédito: Divulgação
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        Motor e transmissões continuam os mesmos de antes

        O motor continua sendo o conhecido bicilíndrico bem inclinado à frente - que não é "meio motor de Fit". Tem comando simples e refrigeração líquida, e rende 58 cv de potência máxima a 6.750 rpm e de 7 kgfm de torque a 4.750 rpm. Já o câmbio pode ser convencional, com alavanca de embreagem e pedal de marchas, ou automatizado DCT, com operações por meio de botões.

        Mudanças melhoraram a moto

        Sem dúvidas o novo design deixou a NC 750X mais bonita e moderna. A frente, com conjunto ótico dividido em duas seções sobrepostas, ficou bem elegante. O para-brisa com base mais larga deu volume à frente, e contrasta com as carenagens laterais menores que antes, que proporcionam efeito contrário - deixaram a moto mais "magrinha". Segundo a Honda, as novas peças também facilitam a remoção e a instalação das superfícies plásticas, simplificando a manutenção.

        Já o novo painel é o mesmo usado nos modelos NX 500 e Hornet 500, mas com mais informações e interações. Permite optar por diferentes grafismos para visualização das informações - "barra", "círculo" e "simplificado" -, mas aqui também não há conectividade.

        O novo painel de instrumentos é uma tela de de TFT de cinco polegadas, como em outros modelos da Honda
        Crédito: Divulgação
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        A bordo, o piloto sente a evolução

        Minha experiência com a nova Honda NC 750X foi mais que satisfatória. Sempre gostei dessa moto pelo equilíbrio que oferece, com bom nível de conforto, desempenho adequado e usabilidade - vai bem no mundo urbano, mas é melhor ainda na estrada - ser verdadeiro habitat. E, embora não seja exatamente feita para off-road, também permite uns rolezinhos em estradas de terra, desde que não sejam muito radicais.

        A grande diferença dinâmica na NC 750X 2026 está no peso a mais. Mas não é algo ruim: a moto ficou mais estável nas retas e ataca melhor as curvas, transmitindo sensação de segurança. Com as várias opções disponíveis via modos de pilotagem e ajustes, cada piloto encontra a configuração mais adequada para o uso que dará à moto.

        A NC 750X também é uma moto fácil de pilotar, e não cansa mesmo depois de horas de condução. A posição de pilotar é ótima - eu ainda gostaria de pedaleiras mais avançadas -, o para-brisa proporciona razoável proteção aerodinâmica - poderia ser melhor - e o uso dos comandos do cãmbio DCT é bem fácil. Quem não está acostumado deve apenas treinar um pouco.

        O aumento de peso trouxe mais estabilidade nas retas e ataques mais seguros nas curvas
        Crédito: Caio Mattos/Honda
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        E é fato que a condução em baixas velocidades e as manobras melhorou. Este era um ponto crítico na NC 750X com câmbio DCT, já que o piloto tinha que ter "sintonia fina" na mçao direita para não levar alguns sustos nestas condições. No final da contas, não ter que usar manete de embreagem nem pedal de marcha é um conforto a mais.

        As respostas do motor são satisfatórias e, dependendo do modo de pilotagem, até agressivas. Mas a moto nunca chega a ser realmente esportivas - e essa não é sua proposta. A NC 750X é muito apropriada a passeios e viagens tranquilos e seguros, mas sem que o manômetro da adrenalina chegue no vermelho. Não é uma moto barata - como nenhuma Honda é, no Brasil. Mas seu custo/benefício compensa - confira os preços lá no final deste texto.

        A Honda NC 750X 2026 proporciona condução fácil, descansada, tranquila e segura
        Crédito: Caio Mattos/Honda
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        Veja abaixo com funcionam os modelos de pilotagem da Honda NC 750X:

        • Sport - proporciona entrega de potência (P) mais responsiva e freio-motor mais atuante (EB), com intervenção mínima do controle de tração. Na versão DCT a impostação atua em modo 4
        • Rain - suaviza a potência e o freio-motor, com alta intervenção do controle de tração. Na versão DCT a seleção vai a modo 1, proporcionando uma intervenção mais suave do HSTC
        • Standard - equilibra potência, freio-motor e controle de tração. Na versão com DCT, o modo do sistema é o 2.

        • User 1 e 2 - oferecem a possibilidade de personalizar os níveis de potência e freio-motor (baixo/médio/alto) e o controle de tração (baixo/médio/alto/desativado).
        • No punho esquerdo ficam os botões para trocas de marchas do sistema DCT e o mini-joystick para selecionar as funções do painel
          Crédito: Divulgação
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          O controle de tração é padrão nas duas versões da NC 750X. A intervenção na roda traseira, sempre suave graças ao TBW - Throttle-By-Wire, pode ser ajustada nos seguintes níveis:

          • Nível 1- é adequado à condução esportiva em asfalto seco, proporciona intervenção mínima e permite deslizamento mínimo da roda traseira
          • Nível 2 - é a configuração intermediária e proporciona tração ideal na maioria das condições de pilotagem
          • Nível 3 - proporciona controle máximo em superfícies escorregadias
          • Como funciona o câmbio automatizado DCT?

            O câmbio automatizado de dupla embreagem Dual Clutch Transmission (DCT) está atualmente em seu décimo quinto ano de produção e já teve confiabilidade e eficiência comprovados. Se vale de duas embreagens coaxiais - uma para a partida e as marchas ímpares (1ª, 3ª e 5ª marchas) e a outra para as marchas pares (2ª, 4ª e 6ª marchas).

            Os dois eixos são concêntricos. Portanto, as dimensões gerais são exatamente as mesmas de uma transmissão tradicional. A confiabilidade e a precisão são garantidas pelo gerenciamento eletrônico e pelo fato de cada embreagem ser controlada separadamente por meio de seu próprio circuito eletro-hidráulico.

            Na linha 2026 o conjunto recebeu atualizações para tornar as partidas desde a imobilidade mais suaves, permitindo melhor manuseio em manobras em baixa velocidade, abaixo de 10 km/h, e facilitando inversões de marcha. Essas mudanças exigem uma força propulsora rápida, porém suave, com resposta gradual às mínimas aberturas de acelerador típicas dessas situações.

            A Honda NC 750X não é moto para off-road, mas permite rodar em estradinhas de terra e explorar lugares exóticos
            Crédito: Caio Mattos/Honda
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            Tais objetivos foram alcançados modificando os parâmetros operacionais em relação a gerações anteriores do DCT. O sistema atualizado em vez de depender apenas dos dados do sensor no atuador da embreagem acrescenta a estimativa da pressão hidráulica na câmara do pistonete da embreagem.

            A soma de informações advindas dos sensores convencionais de pressão de óleo ao da pressão no pistonete permite uma resposta aprimorada, gradual, e um acoplamento mais delicado da embreagem, melhorando as saídas desde parado e as manobras em velocidades muito baixas. Em sinergia com o acelerador eletrônico, o DCT também gerencia a abertura inicial do acelerador, melhorando a operação da moto em velocidades muito baixas.

            Como as trocas de marcha ocorrem em 70 milissegundos, praticamente não há interrupção na entrega de potência, eliminando assim a transferência de massas entre o eixo dianteiro e o traseiro ao trocar de marcha, que provocaria mergulho da suspensão dianteira e/ou traseira na aceleração e desaceleração.

            Isso aumenta o conforto e a eficiência da condução, com benefícios específicos para o passageiro, que não sente solavancos. As vantagens adicionais são maior durabilidade do câmbio, que fica invulnerável a engates incorretos, a impossibilidade de desligamento involuntário do motor por má gestão de câmbio, embreagem ou acelerador, e ainda redução do estresse e da fadiga.

            O novo banco tem mais densidade na espuma e ficou mais alto na seção do garupa
            Crédito: Divulgação
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            Preço, cores e garantia

            As NC 750X manual e Honda NC 750X DCT 2026 já estão disponíveis nas concessionárias Honda desde novembro. A garantia é de três anos, sem limite de quilometragem, mais Honda Assistance pelo período da garantia. A cobertura abrange Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.

            O intervalo de manutenções é de 6.000 quilômetros ou seis meses após a primeira revisão, que deve ser feita com 1.000 quilômetros ou seis meses. As duas podem ser compradas nas cores vermelho perolizada ou preta. Os preços públicos sugeridos, base São Paulo (SP), sem frete nem seguro, são os seguintes:

            • Honda NC 750X manual: R$ 56.621
            • Honda NC 750X DCT: R$ 61.948
            • Aprovada: a Honda NC 750X mostrou que está mesmo melhor na linha 2026
              Crédito: Caio Mattos/Honda
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