E finalmente as novas Honda NX 500 e CB 500 Hornet foram lançadas no mercado brasileiro. As duas apareceram lá no Festival Interlagos - Motos, já estão no site oficial da Honda no Brasil e inclusive já têm preço.
A "linha 500" é importantíssima para a Honda. Naturalmente não vende como as motos de baixa cilindrada, mas tem público cativo e é muito rentável. Em 2024, por exemplo, a CB 500X teve 5.033 unidades vendidas. Já a CB 500F anotou 3.255 emplacamentos. No ano anterior, 2023, foram 4.156 unidades da CB 500X e 3.927 da CB 500F.
As novas NX 500 e CB 500 Hornet são a evolução destes modelos, que já eram bem-sucedidos. E já era hora, mesmo. A última atualização relevante na CB 500X e na CB 500F foi feita em 2020, quando ambas ganharam algumas mudanças estéticas e aprimoramentos mecânicos. Coisas como novas aletas laterais, tanque maior, faróis com visual mais refinado e iluminação full-LED. E, na mecânica, melhorias na embreagem e nas suspensões.
Dá para chamar de nova geração? Depende. No visual e no nome, estão bem diferentes. Mas o motor das duas ainda é o mesmo das antecessoras. Eu considero "nova geração" quando há motor e chassis novos. Não é o caso - então temos uma evolução, mas sem revolução.
A NX 500 se distancia bastante da CB 500X. O visual é completamente novo, com frente "alta" e linhas mais retas que as da antecessora. São as tendências mundiais atuais - que incluem farol duplo verticalizado, para-brisa bem proeminente e carenagens laterais com função aerodinâmica evidente.
A sigla NX não foi escolhida à toa: alude a modelos da Honda dos anos 80. No Brasil, quem não lembra das saudosas NX 200 e NX 350 Sahara, por exemplo?
Uma diferença grande da NX 500 para a antecessora CB 500X está à frente do piloto: o belíssimo painel de instrumentos com tela de TFT de cinco polegadas - antes, era uma telinha de LCD já bem defasada.
Além disso, a NX 500 é evidentemente uma moto mais moderna que a antecessora. Tem freios com ABS, controle de tração desligável (aqui chamado de Honda Selectable Torque Control, ou HSTC) e embreagem assistida/deslizante - além da iluminação full-LED, que a "X" até já tinha, mas aqui é naturalmente mais eficiente.
A suspensão dianteira é da grife japonesa Showa, invertida, do tipo SFF-BP (com óleo de um lado e mola do outro) e tem 41 mm de diâmetro. Atrás, vai um monochoque Pro-Link com cinco ajustes na pré-carga .
As rodas, por sua vez, são de liga leve (alumínio), com 19 polegadas na frente e 17 polegadas atrás, e calçam pneus nas medidas 110/80 R19 e 160/60 R17. São de uso misto, porém mais voltados para o asfalto. Os freios são a disco com ABS nas duas rodas, da marca Nissin. A NX 500 pesa, a seco, 183 quilos.
À primeira vista, o que vemos, claro, é a mudança no "sobrenome" da CB 500. Sai a letra F" e entra a palavra "Hornet" - um nome forte e familiar, sempre associado à até hoje muito cobiçada CB 600F Hornet.
A idéia da Honda foi essa mesma: resgatar um nome icônico, que imprime a sensação de força e desempenho. Naturalmente o bloco dos descontentes chiou, pois a Hornet antiga era quatro cilindros e esta é bicilíndrica. Não chorem: se é potência - ou cilindros - que vocês querem, logo chegarão a CB 750 Hornet e a CB 1000 Hornet.
Enquanto isso, vale a pena ver como a CB 500 Hornet ficou bonita. Assim como a NX 500, tem linhas modernas e elegantes. Mas é uma naked, então nada de para-brisa ou carenagens.
Aqui as principais características são a aparência musculosa e o projeto moderno. A CB 500 Hornet tem os mesmos recursos de conforto e segurança da NX 500, assim como o mesmo painel de TFT de cinco polegadas. Até as rodas são iguais, assim como os freios.
A suspensão dianteira também é invertida, Showa e do tipo SFF-BP, enquanto o monochoque traseiro também tem cinco ajustes na pré-carga. Os pneus, para uso no asfalto, têm medidas 120/70 R17 na frente e 160/60 R17 atrás.
O banco está a 78,9 cm do solo, o que favorece pilotos de qualquer estatura, enquanto o tanque pega os mesmos 17,1 litros da antecessora. A balança da suspensão traseira é de aço, e a moto pesa 175 kg a seco.
Nas duas o motor é o nosso velho conhecido bicilíndrico com oito válvulas, comando duplo e 471 cm³. Robusto e confiável, entrega 49,6 cv de potência máxima a 8.500 rpm e 4,5 kgfm de torque a 7.000 rpm. O câmbio tem seis marchas e a secundária, claro, é por corrente.
Para ambas a garantia é de três anos, sem limite de quilometragem, mais o Honda Assistance com serviço gratuito durante todo o período da garantia. A cobertura abrange Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
O intervalo de manutenção nas duas é de 6 mil quilômetros ou seis meses após a primeira revisão, que deve ocorrer com mil quilômetros ou seis meses.
Curiosamente, a NX 500 2026 e a CB 500 Hornet 2026 serão vendidas com as mesmas opções de cores - vermelha, preta perolizada, branca perolizada. Sim, a vermelha é a mais bonita!



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