Indian: saudades e as novidades nos EUA

Marca foi embora do Brasil, mas suas motos continuam valorizadas. Lá fora, segue saudável e faz máquinas dos sonhos

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Roberto Dutra
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A Indian Motorcycles chegou ao Brasil em 2015. Lançou suas motos no Salão Duas Rodas daquele ano e foi a sensação do evento. As vendas começaram em 2016, com quatro modelos - Scout, Chief, Chieftain e Roadmaster - e a montagem em Manaus, logo depois. A expectativa da marca era repetir no país a rivalidade que tem com a Harley-Davidson nos Estados Unidos. Mas não foi o que aconteceu, e por vários motivos.

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Baixa, comprida, leve e potente, a Scout é a mais barata das Indian e teve grande procura no Brasil
Crédito: Reprodução
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Primeiro, a Indian apostou demais na "exclusividade" de sua marca e adotou uma tabela de preços fora da realidade - inclusive com valores muito superiores aos das motos equivalentes da rival. Além disso, não conseguiu implementar uma rede de concessionárias consistente em número e qualidade, e não atendeu bem a alguns pedidos de solução de problemas em garantia. Para completar, teve que enfrentar uma inesperada crise econômica e política que assolou o país naquela época.

Teste da Indian Scout em 2016: uma custom de conforto limitado, mas que anda forte e proporciona diversão
Crédito: Mario Villaescusa/Divulgação/Moto do Ano
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Com isso, as vendas ficaram abaixo do esperado, e a montagem em Manaus foi interrompida e substituída por importações diretas. No Salão Duas Rodas de 2017 a marca ainda esteve presente e lançou versões de modelos já em linha, mas não conseguiu aquecer suas vendas. Resultado: em julho de 2018, a marca anunciou que encerraria suas atividades no país no prazo de 120 dias - período no qual as concessionárias autorizadas seriam fechadas.

Os proprietários das menos de 1.000 motos vendidas pela marca no período passaram a ser atendidos por oficinas credenciadas. Hoje, são seis - entre as quais a sofisticada Garaza 257, em São Paulo,  e a prestigiosa Brazil Custom, no Rio de Janeiro. Há mais uma em São Paulo e as outras estão localizadas em Belo Horizonte, Goiânia e Blumenau. Apesar disso tudo, as motos da marca ainda são valorizadas e hoje não se compra uma Scout 1.200, a mais barata, por menos de R$ 40.000.

E como vai a Indian nos Estados Unidos?

Enquanto isso, lá nos Estados Unidos, a Indian segue firme, forte e saudável, e lança modelos e versões interessantíssimas que nos deixam com a maior dor de cotovelo. Confira abaixo a linha atual e torça com a gente para que um dia a Indian retorne ao mercado brasileiro:

Scout 1.200

A Scout 1.200 teve poucas alterações nos últimos anos e ainda é o modelo de entrada da marca nos EUA
Crédito: Reprodução
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Um dos modelos que foram vendidos no mercado brasileiro, a Indian mais barata - preços a partir de US$ 9.000 - ganhou poucas atualizações nos últimos anos. Ainda é uma custom baixa, comprida e proporcionalmente leve, e que por isso mesmo anda muito. É vendida nas versões standard, Bobber Sixty, Sixty, Bobber e Bobber Twenty. Tem câmbio de cinco marchas e seu motor V2 rende 78 cv de potência.

FTR 1.200

A FTR 1.20 nasceu para competir nas pistas de flat track e depois virou modelo de produção. Tem 120 cv!
Crédito: Reprodução
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O exótico modelo nasceu nas competições de flat track (aquela com circuitos ovais e piso de terra batida) e virou modelo de produção. É vendida em quatro versões - standard, S, R Carbon e Rally, e custa iniciais US$ 13.000. Tem suspensões dianteiras invertidas e traseira monochoque lateral, rodas de liga leve, iluminação full-LED, freios Brembo, câmbio de seis marchas e motor V2 de 1.203 cm³ que rende 120 cv de potência. Diversão pura!

Chief

A linha Chief ainda tem opções com visual clássico, mas ganhou versões mais modernosas como essa aí acima
Crédito: Reprodução
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A linha Chief mudou bastante nos últimos anos. Ganhou versões que deixaram de lado o visual vintage para assumir um aspecto modernoso e mais "bandido". Mas ainda existem versões clássicas. A linha atual tem as opções standard, Dark Horse, Bobber, Bobber Dark Horse, Super Chief, Super Chief Limited, Springfield e Springfield Dark Horse. A mais barata custa US$ 14.500. Em todas, o motor é o Thunderstruck 111, um V2 com 1.818 cm³ e 78 cv de potência.

Chieftain

A Chieftain também tem várias versões, dentre as quais essa bagger, com semi-carenagem e baús laterais
Crédito: Reprodução
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Vendida nas versões standard, Dark Horse, Limited e Elite, a Chieftain é uma Chief transformada para "bagger". Ou seja, tem baús laterais, traseira baixa e uma semi-carenagem frontal. O motor é o mesmo Thunderstruck 111 das Chief. Preços começam em US$ 22.000.

Challenger

A Challenger é um dos projetos mais recentes e foi criada para enfrentar a renascida Harley-Davidson Road Glide
Crédito: Reprodução
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Um dos projetos mais recentes da marca, a linha Challenger também tem estilo "bagger" e ocupa uma posição logo acima das Chieftain. Criada para brigar com a renascida Harley-Davidson Road Glide, custa iniciais US$ 24.000 e é vendida nas versões standard, Dark Horse e Limited. Além de mais equipada que as Chieftain, também é mais forte - o motor V2 tem 1.768 cm³ e 122 cv de potência.

Roadmaster

A Roadmaster é a mais completa e sofisticada das Indian. Aqui, a versão Dark Horse, que só é "dark" parcialmente
Crédito: Reprodução
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Com preço inicial de US$ 30.000, é a moto mais sofisticada e completa da Indian. Briga com as configurações mais completas da Harley-Davidson Electra Glide Ultra Limited e tem muitos equipamentos de série. Existe em três versões - standard, Dark Horse e Limited. O motor é um V2 com 1.890 cm³, cuja potência não é declarada mas que fica em torno dos 130 cv - haja força para carregar seus 628 quilos!

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