Quem curte scooters poderá encontrar, em breve, mais uma boa opção no mercado brasileiro - que, aliás já tem muitas delas. É que a SYM Sanyang, marca taiwanesa que é parceira comercial e fabril da Dafra Motos, registrou no Brasil a patente do scooter Joyride 300, que foi apresentado ao mundo pela primeira vez há não muito tempo - mais precisamente no Salão de Milão, em novembro do ano passado.
A descoberta foi feita pelos colegas do site www.motoo.com.br, que viram imagens do registro da patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Questionada sobre a novidade, a Dafra e a SYM deram a habitual resposta protocolar, informaram apenas que ainda não há decisão tomada sobre o lançamento do modelo no país, que estudam continuamente as "oportunidades do mercado" e que protegem as marcas junto ao INPI mesmo antes de lançar um novo modelo. Ou seja, o de sempre.
Mas para bons entendedores pingo é letra e apostamos que o modelo com nome de música da banda sueca Roxette será lançado no Brasil ainda este ano. Os motivos são simples: o segmento de scooters não para de crescer, há espaço para mais modelos e a Dafra perdeu parte de seu mercado com a chegada de novos scooters nos últimos anos, como o excelente Yamaha XMax 250 e os modelos da Kymco, trazidos pelo mesmo grupo que controla a Suzuki.
Além disso, a Honda já confirmou que o Forza 350 chega ainda este ano e o último lançamento da própria Dafra, o Cruisym 250, realizado no ano passado, passou quase em branco - embora seja um produto bem eficiente. De fato, a marca não investiu muito na divulgação do novo scooter, inclusive limitou o acesso da imprensa a avaliações. Aí fica difícil, mesmo...
Torcemos para que isso não se repita com o Joyride 300, que além do nome divertido parece ter um conjunto muito atraente. O motor é o mesmo do nosso velho conhecido Citycom 300i, modelo Dafra que sempre fez sucesso no país. O monocilíndrico injetado e refrigerado a água tem 278,3 cm³ de cilindrada, e lá fora rende em média 26 cv de potência a 8.000 rpm - pouco menos que o Citycom nacional, que chega quase nos 28 cv a 7.750 rpm - o torque é o mesmo, de 2,8 kgf.m a 6.000 rpm (6.500 rpm no Citycom).
Vale lembrar que ter o motor já facilitaria muito a logística de montagem em Manaus e também o pós-venda para os compradores.
O Joyride 300, porém, tem visual geral mais moderninho, com dois faróis separados por uma terceira lâmpada central, piscas embutidos nas laterais das carenagens com lentes brancas, banco com duas alturas, bagageiro traseiro bem destacado, painel digital de LCD colorido, para-brisa mais alto e ajustável em duas posições e assoalho baixo e bem plano - o que proporciona conforto para o piloto.
As rodas têm aros de 15 e 14 polegadas, enquanto o nosso Citycom usa 16 polegadas na frente e atrás (mas o Joyride também usa essas mesmas rodas, na versão Joyride 300 16). O Joyride ainda tem espaço sob o banco para dois capacetes, tomada USB 2.0 para carregar dispositivos eletrônicos, iluminação full-LED e freios com ABS (o Citycom tem freios combinados CBS). Para completar, o modelo estrangeiro tem tanque maior que o do modelo nacional - 11,5 litros contra 10 litros do Citycom.
O Citycom 300i e sua versão 300 HD (muda basicamente o design) custam atualmente R$ 24.990, e acima deles fica o grandão Maxsym 400i, de R$ 35.690. O Joyride 300 poderia ocupar um espaço entre estes dois modelos, com preço na faixa dos R$ 27 mil a R$ 28 mil e, desta forma, brigar de frente com o Yamaha XMax 250 (R$ 27.490) e até com o Honda Forza 350 que vem por aí. Seria uma luta difícil, com certeza, mas interessante de se ver.
Por fim, confira se o Joyride daria altura para você: o banco fica a 77,8 cm de distância do solo - é 3 cm mais baixo que os bancos das duas versões do Citycom, que estão a 80 cm de distância - nestes, é preciso ser pernalonga! A conferir.