Kawasaki: ainda é verde, mas já está madura

Marca japonesa de motos comemora 40 anos de estrada com série especial que inclui até volta temporária da Ninja ZX-14R

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Roberto Dutra
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A Kawasaki está em plena celebração de 40 anos de estrada e, para comemorar, prepara uma surpresinha para os fãs de suas motos verdes (na cor, claro): uma série especial dos modelos Ninja ZX, com pintura e logotipos especiais.

Ok, apenas pintura e logotipos podem não parece grande coisa. Mas e se as "comemorações" incluem a volta temporária de um modelo icônico e já fora de linha, aí a coisa esquenta. E é isso mesmo: terão versões comemorativas os modelos Ninja ZX-4 RR, ZX-6R, ZX-10R e... ZX-14R!

Kawasaki Ninja Zx 14 R 40 Years
A opulenta Kawasaki Ninja ZX-14R voltará temporariamente para celebrar os 40 anos da marca
Crédito: Divulgação
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Sim, a maior de todas foi a última da família Ninja com motor acima de 1000 cm³ feita pela Kawasaki. A motona foi produzida entre 2006 e 2022 (também se chamava ZZR-1400 em alguns países) e chegou a ser vendida no mercado brasileiro entre 2007 e 2014.

Era um canhão, que fazia jus às antecessoras ZX-11R e ZX-12R - curiosamente nunca existiu uma ZX-13R. Lá fora saiu de cena em 2022, mas voltará na série especial de 40 anos - batizada, claro, de "40th Anniversary Edition". Nos Estados Unidos, custará pouco mais de 14 mil dólares (em torno de R$ 70 mil em conversão direta).

Salvo aprimoramentos necessários por conta de legislações ambientais, a moto volta com a mesma mecânica de antes: motor de quatro cilindros em linha e 1.441 cm³, capaz de entregar até 210 cv de potência a 10.500rpm e torque de 15,7 kgf.m a 7.500rpm.

Kawasaki Ninja Zx 6 R 40 Years
A ZX-6R sobressai na linha Ninja pela altíssima potência combinada ao baixo peso
Crédito: Divulgação
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Outras especificações importantes da moto são o câmbio de seis marchas com secundária por corrente, as suspensões com com garfos telescópicos convencionais na frente e monochoque atrás, os freios a disco com ABS, os pneus 120/70 R17 na frente e 190/50 R17 atrás, e as medidas de gente grande - 2,17m de comprimento, 1,48m de entre-eixos, 12,5cm de distância do solo e 80cm de altura do banco

As outras Ninja da série especial

As outras motos que vão compor a série especial são bem conhecidas por aqui. A ZX-4RR vai custar na terra do Tio Sam pouco acima de 10 mil dólares (ou uns R$ 50 mil), enquanto a ZX-6R parte de 12 mil dólares (R$ 60 mil) e a ZX-10R, de quase 20 mil dólares (R$ 100 mil).

Kawasaki Ninja Zx 10 R 40 Years
A Ninja ZX-10R é uma das motos preferidas pela turma que ama superbike, mas exige braços experientes
Crédito: Divulgação
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Em comum, todas terão a mesma pintura tricolor, com predominância do verde tradicional da Kawasaki coadjuvado por partes em branco e azul. A inspiração vem da Ninja Zx-7R dos anos 80, que tinha pintura estilizada nessas cores. E, na parte superior do tanque, um logotipo especial com inscrição "40 years Ninja". Para quem gosta do "Team Green", serão versões irresistíveis.

Como era pilotar a Ninja ZX-14R

Com 268 quilos a seco, a Ninja ZX-14R era uma moto comprida e relativamente pesada, mas nada difícil de pilotar. Superbike com certa pegada de sport-touring, permitia inclusive viagens de longa distância sem o desconforto típico das superesportivas tradicionais. Além disso, tinha tanque para 22 litros e fazia média de 16 km/l, o que resultava em uma boa autonomia, de cerca de 350 quilômetros.

Era uma vez, em 2013:  2.000 quilômetros com a Kawasaki Ninja ZX-14R entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro
Crédito: Roberto Dutra/Arquivo Pessoal
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Tive a oportunidade de experimentá-la há praticamente 10 anos, em setembro de 2013. Rodei cerca de 2.000 quilômetros com a moto por estradas de São Paulo, MInas Gerais e Rio de Janeiro, e sou testemunha, ainda viva, de que era uma moto particularmente especial.  Andava um absurdo e freava tão bem quanto. Só exigia mais atenção nas curvas, devido à soma de entre-eixos longo e peso.

Isso numa época em que as motos não tinham tanta tecnologia quanto hoje - todos aqueles controles eletrônicos. Mas não era nada assustador. Certamente foi uma das experiências motociclísticas mais emocionantes que tive na vida. 210 cv, né?