A Royal Enfield brasileira apresentou as motocicletas que participarão das baterias femininas em competições de flat track no país e suas respectivas pilotas. Parte da primeira etapa do programa Build Train Race (BTR) - que significa construir, treinar e correr -, as motos foram customizadas pelas quatro pilotas selecionadas, de acordo com as regras da competição.

As pilotadas escolhidas para a primeira edição do BTR brasileiro são Bruna Wladyka (Curitiba/PR), Edna Prado (São José dos Campos/SP), Geane Santana (Brasília/DF) e Gisele Favaro (Varginha/MG). Agora, elas vão treinar sob orientação de Johnny Lewis, piloto americano campeão da modalidade. As baterias femininas estão previstas para acontecer entre os dias 2 de outubro e 13 de novembro.
A seleção foi feita por uma equipe composta por Breeann Poland, criadora do BTR, chefe de Marketing da plataforma Continental GT para América e diretora global da marca; Adrian Sellers, diretor do grupo de customização; Aanoor Padley, diretor global da marca Interceptor; e Clevir Coleto, gerente de Marketing da Royal Enfield Brasil.
Os vídeos enviados pelas candidatas foram avaliados através de critérios como experiência de pilotagem, perfil entusiasta no motociclismo, afinidade com customização e espírito de competição.
"Analisamos dezenas de vídeos e chegamos a esse grupo de altíssimo nível. Estamos muito satisfeitos com o resultado. Trazer a público o trabalho que Bruna, Edna, Geane e Gisele fizeram nos últimos meses com nosso incentivo e confiança é gratificante. Teremos performances impressionantes!, disse Clevir Coleto, gerente de Marketing da Royal Enfield Brasil.
O Brasil é o primeiro país a replicar programa BTR, que foi inicialmente lançado nos Estados Unidos. Desde agosto de 2020, a marca planeja e desenvolve essa primeira fase, que seleciona as pilotas e customiza as motocicletas.
As motos usadas são do modelo Interceptor 650 Mark III e foram entregues nas concessionárias da Royal Enfield de Brasília, Campinas, Curitiba e São Paulo. Depois, as pilotas seguiram para suas oficinas para fazer as adaptações e as customizações necessárias para as provas de flat track.
A Interceptor 650 Mark III foi escolhida por ser facilmente customizável e ter motor bicilíndrico refrigerado a ar e óleo, reconhecido pela robustez - foi desenvolvido com a Harris Performance, uma fabricante britânica de peças para motos de competição que também pertence ao grupo Eicher Motors Ltd., que controla a marca Royal Enfield.
A iniciativa da Royal Enfield de criar uma categoria exclusivamente feminina do BTR no Brasil também é um reflexo da tendência de crescimento no número de mulheres que pilotam motos no Brasil. Segundo dados da Abraciclo, hoje são cerca de 8 milhões, o que revela um crescimento de 60% nos últimos dois anos.
"Trazer o BTR nesse contexto é de grande relevância para nós da Royal Enfield, porque ratifica nosso compromisso dentro e fora do escritório com equidade, igualdade e diversidade", comemora Luana Michelucci, coordenadora de Marketing da Royal Enfield Brasil.
Bruna Wladyka desenvolveu seu projeto em Curitiba, onde vive, com total alinhamento ao seu propósito dentro do motociclismo. Ela já faz parte do “Elas Pilotam”, movimento incentivador da participação feminina no universo duas rodas, que promove a conexão entre as mulheres que pilotam ou são apaixonadas por esse estilo de vida. A motocicleta da Bruna foi batizada de "Rastro de Fogo".
Inspirada no velocross, Edna Prado criou um projeto que usou adesivo e pintura cerâmica no tanque, e algumas trocas de peças para um perfil mais off-road, mas preservou a essência do estilo Royal Enfield.
Geane Santana trabalhou elementos clássicos da cultura de customização, como lettering, e artes esculpidas em metal. Garras e correntes estão gravadas na Interceptor 650 da brasiliense, que quis registrar na motocicleta a força e a garra femininas, além da quebra de estereótipos e paradigmas que envolvem as mulheres no motociclismo e na sociedade em geral.
O conceito do projeto da Gisele Favaro era, a princípio, trazer uma moto bruta e rústica, com envelhecimento de pintura, peças de reaproveitamento, couro e madeira. Ao desenvolver a customização, Gisele percebeu mais possibilidades e usou elementos novos, ainda não experimentados tradicionalmente, e conferiu uma assinatura única. A moto foi batizada de Thundera.