O mercado de motos brasileiro fechou o mês de abril com vendas em alta mais uma vez. Esse cenário positivo aponta para um fechamento de ano com volumes expressivos, que podem chegar perto das duas milhões de unidades.
Mas, enquanto não chegamos lá, vale a pena ver como esse segmento de veículos mudou nos últimos anos. A realidade, hoje, é muito diferente da que víamos dez anos atrás: marcas que já estiveram entre as mais vendidas hoje estão lá atrás no ranking, algumas "novatas" se consolidaram com firmeza e marcas ainda estranhas - ou até desconhecidas - aparecem no top 20.
A Honda CG é a líder absoluta do mercado brasileiro: mais de 35 mil unidades emplacadas todo mês
Confira abaixo algumas curiosidades do mercado brasileiro de motocicletas, levando-se em conta os números de vendas divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nos últimos meses e, inclusive, o mais recente - de abril -, divulgado nesta segunda (5/5).
Curiosidades do mercado de motos brasileiro
A Honda é dona de quase 70% do mercado. Em nenhum outro país do mundo uma marca é tão hegemônica assim.
A Honda CG 160 é a moto mais vendida do país. Em média, são emplacadas pelo menos 35 mil unidades todo mês - em abril, foram 39 mil.
A Yamaha mantém o segundo lugar, atrás da Honda, há mais de uma década. Mas só tem, hoje, 13,7% de participação
A Yamaha Fazer 250 vende mais do que a irmã menor e mais barata Fazer 150.
A Shineray, uma das poucas marcas que não montam suas motos no Polo Industrial de Manaus (AM), é a terceira colocada atualmente.
A quarta colocada é a Mottu, marca que de certa foma nem existe: é uma empresa que aluga e/ou vende um único modelo, a Sport 110i, com operações concentradas em São Paulo. A marca também aluga um scooter elétrico e a Pop 110i, que é produzida pela Honda.
A quinta colocada atualmente é a Avelloz, marca cujo line-up tem apenas três modelos - AZ1, AZ 125 Alfa e AZ 160 XTreme. Com foco nas regiões Norte e Nordeste, monta suas motos na cidade de Paulista, em Pernambuco.
A BMW, que nos últimos anos esteve entre as cinco marcas mais vendidas no país, hoje está em décimo lugar.
A Dafra já esteve entre as quatro marcas mais vendidas no país, mas hoje é a décima-terceira.
Em abril, a recém-chegada Zontes vendeu mais motos que Dafra e Suzuki.
A Haojue também já esteve entre as cinco marcas mais vendidas, mas hoje está em oitavo lugar.
A Kawasaki nunca foi uma grande vendedora de motos no mercado brasileiro, mas sempre manteve níveis estáveis e até aparecia no top 5. Hoje é a décima-primeira no ranking.
Royal Enfield e Bajaj têm crescido progressivamente e hoje ocupam a sexta e a sétima posições no ranking, respectivamente.
No ranking de abril, marcas que quase ninguém conhece aparecem no top 20: Bull, GCX e VMoto.
Em abril, a Mottu Sport 110i foi vice-líder na categoria city/street. Ficou atrás apenas da eterna líder Honda CG 160, e superou as Yamaha Factor 150 e Fazer 250 e 150.
A moto mais vendida pela Royal Enfield no Brasil é seu modelo menos clássico: a Hunter 250.
Em abril a Shineray Shi 175 vendeu mais que a Yamaha XTZ 150 Crosser: 2.609 unidades contra 2.510.
O segmento de motos city/street responde por 38% das vendas do mercado, em média. Na sequência vêm scooters e cubs, com 37,3% somados; trail/fun, com 18,9%; naked/roadster, com 1,9%; maxtrail, com 1,2%; custom, com 1,5%; sport, com 0,7%; e touring, com meros 0,03%.
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