Moto elétrica EVS chegará até setembro

Será o segundo modelo vendido no país pela Voltz, ao lado do EV01. Marca também planeja linha de montagem em Manaus

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Roberto Dutra
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A Voltz se prepara para lançar seu segundo modelo no país. Ainda cercada de algum mistério, a moto elétrica EVS chega ao Brasil até meados de setembro para marcar uma nova etapa nas operações da marca. Com preço estimado em R$ 15 mil, é uma naked média com capacidade para percorrer 100 km com cada carga - ótima autonomia para um veículo elétrico urbano. A máxima será de 100 km/h.

O visual da EVS permanece disfarçado na única imagem divulgada pela Voltz. Mas podemos ver que será uma moto elétrica de design limpo e moderno, com farol dianteiro envolto por uma moldura, para-lamas curtos, corpo "gordinho" e traseira afilada e arrebitada. Parece ser um charme.

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Junto com o lançamento da EVS, a Voltz pretende abrir sua primeira loja em São Paulo. Por enquanto, as unidades estão concentradas no Nordeste, onde esses scooters têm grande saída. Há showrooms nos municípios pernambucanos de Petrolina, Carpina, Vitória de Santo Antão e Caruaru, além de Maceió, Natal e Porto Seguro (BA). Mas a Voltz diz que manda o EV01 para qualquer lugar do país (é só o cliente pagar o frete).

Painel de instrumentos da moto elétrica EVS mais parece um tablet
Crédito: Divulgação
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Ao mesmo tempo, a marca planeja ter uma linha de montagem no Pólo Industrial de Manaus (PIM), onde teria incentivos fiscais não disponíveis para a unidade atual, que fica em Cabo de Santo Agostinho (PE). A capacidade anual de produção será de 8 mil unidades e, em três anos, poderá chegar a 22 mil.

A empresa é otimista: projeta um faturamento de R$ 52 milhões neste "pandêmico" ano e de R$ 300 milhões em 2021. Desde que começou suas operações, em 2017, a marca já vendeu mais de 1.100 scooters elétricos. A Voltz foi criada pelo empresário Renato Villar, que já era diretor-geral da P2M, a principal revendedora de peças e lubrificantes para motocicletas do Nordeste.

Voltz EVS: moto elétrica ainda é cercada de mistérios, mas será montada em Manaus
Crédito: Divulgação
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A ideia de investir em veículos de duas rodas com motorização elétrica veio durante viagens à Europa e à Ásia: para Villar, a próxima mudança radical no mercado de motos seria uma guinada rumo aos elétricos. Começou a pesquisar, fechou parcerias depois de algumas idas à China e assim nasceu a Voltz Motors, uma divisão da Voltz - que surgiu como uma start up de mobilidade

Embora ainda não tenha acontecido em larguíssima escala, a eletrificação de motos não é novidade. A americana Zero Motorcycles, por exemplo, existe desde 2006. E com relativo sucesso por lá. No Brasil, veículos elétricos ainda são raros. A Voltz, porém, aposta neles e tem feito sucesso com seu primeiro modelo, o scooter EV01, que custa R$ 9.490.

Como é o EV01

O modelinho tem visual sofisticado. As linhas são quase futuristas e a iluminação, full-LED. Atinge 60 km/h de máxima e tem autonomia de 60 km a cada carga completa. A Voltz desenvolve um "kit upgrade", que aumentará a velocidade final para 75 km/h e a autonomia para 100 km. Tudo com poluição zero e emissão de ruídos próxima de zero.

Voltz EV01 já é vendida no mercado brasileiro por R$ 9.490
Crédito: Divulgação
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O "abastecimento" da bateria demora de quatro a cinco horas. Consome apenas 1 kilowatt/hora e o custo da recarga varia de acordo com o local, mas é sempre inferior a R$ 1 - em média, R$ 0,56 no Brasil, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ou seja, em teoria o custo aproximado por quilômetro rodado é de R$ 0,01!

Com 60 volts e 28 ampéres, as baterias do EV01 são de lítio e podem ser recarregadas em tomadas de 110V ou 220V. E o melhor: não é preciso fazer a recarga na garagem: as baterias são portáteis e ela pode ser feita em casa - um tremendo diferencial.

Scooter elétrico pode chegar a 60 km/h e tem autonomia de 60 km
Crédito: Divulgação
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Segundo a Voltz, as baterias duram, em média, 1.000 ciclos. A futura substituição não é barata: cada uma custa R$ 1.600 (justamente por serem de lítio, já que as de chumbo ácido são mais baratas, porém menos duráveis e mais poluentes no descarte).

O EV01 é fabricado na China e montado em Pernambuco, mas o motor tem tecnologia europeia: com 1.800W (o equivalente a uns 50 cm³), é feito pela Bosch e tem 2,7 kgf.m de torque. Segundo a Voltz, a capacidade de carga do EV01 é de 180 kg.

Por superar os 25 km/h, sua condução exige habilitação categoria ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotores) ou A (motos). Como o motor é elétrico, não há óleo, filtros, mangueiras e afins. Por isso, não há manutenção preventiva a ser feita - nem revisões! Aqui cabe uma comparação interessante: o EV01 tem cerca de 100 peças, contra mais de 600 de um scooter a combustão.

Baterias são portáteis e recarga das motos pode ser feita dentro de casa
Crédito: Divulgação
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Mas alguns cuidados devem ser tomados. A Voltz diz que, por precaução, não se deve trafegar em áreas alagadas, com água acima da metade da roda. Além disso, não recomenda o uso de jatos de alta pressão na lavagem. Vale lembrar que o scooter tem marcha a ré, tomadinha USB, conectividade Bluetooth e alto-falantes para ouvir música - basta conectar ao smartphone e deixar o som rolar. Melhor não molhar, mesmo.

Na pilotagem, basta acelerar e frear. E tomar cuidado com os buracos, já que as rodinhas são de 12 polegadas, e calçam pneus Maxxis 100/70 na frente e 120/70, atrás - com freios a disco nas duas. E as suspensões - bichoque atrás e garfos comuns na frente - dos scooters não costumam ser lá muito macias. Impactos mais fortes podem ser chocantes.

O scooter EV01 tem poucas peças e não tem revisão
Crédito: Divulgação
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