Moto elétrica tentará superar recorde de 403 km/h

Modelo será feito pela americana Lightning Motorcycles com a brasileira CBMM, líder mundial em tecnologias com nióbio

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Roberto Dutra
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A empresa americana Lightning Motorcycles se uniu à brasileira CBMM para, juntas, criarem uma moto elétrica que vai tentar quebrar um recorde mundial de velocidade. A primeira tem sede no Vale do Silício e é referência na criação de inovações tecnológicas em motocicletas elétricas e a segunda é líder mundial no fornecimento de produtos e tecnologias que envolvem o nióbio, um metal nobre.

Cbmm
A CBMM quer provar que o uso do nióbio pode melhorar a performance das motos elétricas
Crédito: Divulgação/CBMM
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A parceria tentará incrementar o uso do nióbio no setor de mobilidade e criar uma moto elétrica para quebrar o atual recorde mundial de velocidade estabelecido por um modelo eletrificado, de 250 mph - ou 403 km/h. Para a brasileira CBMM, a parceria é estratégica porque servirá de plataforma para testes com tecnologias que envolvem o nióbio em veículos de alta performance.

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"A ideia é mostrar, na prática, as vantagens da aplicação do nióbio, já que seu uso pode reduzir o peso do veículo, aumentar a eficiência energética e contribuir diretamente para a segurança. O acordo é de longo prazo e o protótipo também servirá para futuros modelos de produção", explicou a gerente de desenvolvimento de mercado da CBMM, Mariana Perez de Oliveira, durante a assinatura do acordo.

Já o CEO da Lightning Motorcycles, Richard Hatfield, reforçou que baixo peso e eficiência energética são aspectos essenciais para uma moto elétrica de alta performance. "Certamente o uso do nióbio nos ajudará a atingir esses objetivos não só com as motos, mas em outros tipos de veículo", acrescentou.

O uso do nióbio também pode trazer outros benefícios e soluções. Na indústria siderúrgica, por exemplo, a aplicação do nióbio já é uma realidade na fabricação de aços de alta resistência, amplamente usados no setor automobilístico, pois permite o desenvolvimento de componentes mais resistentes, que desempenham um papel importante na segurança veicular.

Lightinh Motorcycle Ls 218 moto elétrica
A superbike elétrica LS-218 tem autonomia de 160 km sob condução esportiva e alcança 345 km/h
Crédito: Divulgação
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O uso potencial do nióbio na indústria de veículos é muito amplo. O metal pode gerar melhorias no sistema de frenagem com a redução do desgaste, a maior durabilidade e mais eficiência; e sua aplicação nas baterias dos veículos permite carregamento mais rápido e maior densidade energética do que as encontradas nas baterias tradicionais, de íons de lítio.

Para quem nunca ouviu falar, a brasileira CBMM tem cerca de 400 clientes em 50 países e subsidiárias na China, Holanda, Singapura, Suíça e Estados Unidos. A empresa fornece produtos e tecnologia de ponta para os setores de infraestrutura, mobilidade, aeroespacial, saúde e energia. Em 2019 investiu na 2DM, empresa especializada em grafeno, outro metal nobre, e no ano passado fechou parcerias com as startups Echion e Battery Streak, dedicadas a tecnologias e materiais para baterias de íon-lítio.

Lighting Motorcycle Strike moto elétrica
A Strike tem 120 cv, 25,7 kgf.m, autonomia de até 320 quilômetros e velocidade máxima de 240 km/h.
Crédito: Divulgação
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Já a Lightning Motorcycles tem 14 anos de estrada e faz motos elétricas de alta performance. Atualmente produz dois modelos, a LS-218 e a Strike. A primeira tem motor com o equivalente a 200 cv e torque de 23,2 kgf.m. Tem autonomia de 160 quilômetros sob condução esportiva e atinge a velocidade máxima de 345 km/h. Ou seja, vai faltar pouco para o recorde. A Strike tem 120 cv, 25,7 kgf.m, autonomia de até 320 quilômetros e velocidade máxima de 240 km/h.