Moto flex: como funciona e quando usar o etanol

Prestes a completar 12 anos no país, modelos requerem pequenos cuidados especiais para proporcionar o melhor desempenho

  1. Home
  2. Motos
  3. Moto flex: como funciona e quando usar o etanol
Roberto Dutra
Compartilhar
    • whats icon
    • bookmark icon

Em 2009, a Honda lançava no Brasil a CG 150 Titan Mix, a primeira moto flex. Ou seja, capaz de rodar com gasolina ou etanol em qualquer proporção. De lá pra cá, o número de motocicletas equipadas com motores flex cresceu, mas os usuários continuam com algumas dúvidas básicas em relação ao seu funcionamento e abastecimento.

Listamos, a seguir, o que você deve saber para obter o melhor desempenho de sua moto com motor flex:

  • Comprar carros
  • Comprar motos
Ver ofertas

Saiba mais sobre as moto flex

1. O etanol tem cerca de 70% do poder de queima da gasolina. Ou seja, quando se usa apenas o etanol, o motor queima mais combustível - em litros - para obter o mesmo desempenho que teria só com gasolina. Por isso, o preço do etanol deve ser, pelo menos, 30% menor que o da gasolina para que seja vantajoso abastecer somente com ele.

2. O funcionamento do sistema flex nas motos é mais simples do que nos automóveis. Um módulo de controle eletrônico (ECM) recebe informações de sensores que monitoram o funcionamento do motor, e determina o tempo ideal de injeção de combustível. Um desses sensores é a famosa sonda lambda, que mede a quantidade de oxigênio resultante da combustão. Ela ajuda o ECM a regular o processo e injetar sempre a quantidade ideal de combustível. Há quatro mapas de funcionamento pré-programados: só etanol, só gasolina, mais etanol que gasolina, e mais gasolina que etanol.

Thumbnail 2. Honda Cg 150 Titan Mix
Lançada em 2009, a Honda CG Titan 150 Mix foi a primeira moto flex brasileira
Crédito: Divulgação
toggle button

3. Ao contrário dos automóveis, as motos flex não têm reservatório auxiliar de gasolina para partidas a frio nem sistema de aquecimento do combustível no bico injetor. As motocicletas têm apenas uma luz-espia no painel para alertar que, em dias muito frios, é preciso alguma gasolina no tanque para que a partida ocorra sem dificuldades.

4. Assim como os automóveis, as motos flex podem ser abastecidas com etanol e álcool em qualquer proporção. Não existe uma "medida ideal". Nos lugares muito frios, porém, é recomendável que o tanque sempre tenha alguma gasolina, para facilitar a partida a frio.

5. Com queima mais limpa e menor formação de carbonização, o etanol tem uma capacidade maior que a da gasolina comum de manter os bicos injetores limpos. Seu efeito é próximo ao da gasolina aditivada.

Thumbnail 3. Yamaha Factor 125
A Factor 125 é uma das motos flex da Yamaha, que batizou o sistema de "BlueFlex"
Crédito: Divulgação
toggle button

6. O etanol tem lubricidade menor que a da gasolina - ou seja, é um combustível mais "seco". Por isso também é recomendável não usar exclusivamente etanol o tempo todo: a gasolina deixa as linhas de combustível e a bomba de combustível lubrificadas e menos sujeitas a problemas.

7. O etanol que abastece os veículos nas bombas dos postos é diferente daquele que é misturado à gasolina brasileira. O usado no abastecimento é o etanol hidratado, e o misturado à gasolina é o etanol anidro. A diferença básica é o teor de água: enquanto o hidratado chega a ter 5% de água, em volume, o anidro tem cerca de 0,5%.

8. Os modelos com motor flex vendidos no mercado brasileiro são as Honda Biz 125, linha CG 160, CB 250F Twister, NXR 160 Bros, XRE 190 e XRE 300; e as Yamaha Factor 125, Factor 150, Fazer 250, Crosser 150 e Lander 250.

Comentários