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Moto nova: custos vão além do que está na vitrine

É importante saber que gastos extras com documentação, emplacamento, revisão e seguro também vão entrar na conta inicial

por Roberto Dutra

O caro leitor está prestes a comprar uma moto nova, mesmo que seja usada? Torcemos para que essa união seja feliz e duradoura! Mas aproveitamos para lembrá-lo de algo muito importante, e que pouca gente se dá conta: o custo inicial com sua nova companheira não se limita ao preço que está na vitrine.

Na compra de uma moto nova ou usada, é  preciso levar em conta alguns gastos extras que obrigatoriamente devem entrar na sua conta inicial, para que ali na frente não aconteça uma surpresa e o bolso fique desguarnecido.

Moto nova

A compra da moto nova é até um pouco mais fácil. Na hipótese do pagamento à vista, é preciso somar ao valor da etiqueta os custos com frete, emplacamento e eventualmente até o IPVA do ano. Ou seja, se o caro leitor pensa em comprar uma moto de R$ 20 mil, por exemplo, deve estar preparado para gastar perto de uns R$ 23 mil (o cálculo bota uma boa margem). E, se tem apenas os tais R$ 20 mil disponíveis, cravados, deve escolher um modelo que não passe dos R$ 17 mil para não estourar o orçamento.
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Nas compras financiadas, é preciso fazer um segundo planejamento financeiro. Além da entrada, o comprador vai desembolsar a parcela mensal. Até aí tudo bem. Mas outros gastos com a moto também virão, simultaneamente: revisões, trocas de pneus e afins. Então, vale fazer uma reserva para os meses em que estes gastos aparecerão juntos.

Moto usada

Na compra de motocicletas usadas, é preciso fazer ainda mais contas. Na "largada", claro, o preço da moto. Se a compra será feita em loja, tudo mais tranquilo: os gastos se limitarão, basicamente, ao preço da moto e aos custos de transferência de propriedade do veículo (cartório e Detran) - desde que a documentação esteja em dia, claro. Vale lembrar que as lojas são obrigadas a dar garantia de pelo menos três meses para motor e caixa, o que sempre proporciona alguma tranquilidade.
E há, ainda, mais duas importantes recomendações. Primeiro: sempre faça um test-drive na moto que pretende comprar. No caso das novas é mais fácil, pois várias concessionárias de diversas marcas têm motos só para isso. No caso das usadas, é preciso negociar com o vendedor para, pelo menos, dar uma voltinha no quarteirão. Não compre uma moto sem experimentá-la: você poderá descobrir problemas ou, outra hipótese, ver se aquele modelo não é tão agradável quanto você imaginava.

A segunda dica é: se fechar negócio, logo depois (sempre!!) faça uma revisão completa da moto. Isso é importante porque você vai começar do "zero" com sua nova moto usada e, a partir daí, terá total controle dos prazos e das quilometragens para fazer a correta manutenção. Além disso, pode prevenir surpresas em partes eventualmente não cobertas pela garantia - problemas elétricos, por exemplo.
Uma boa revisão, com troca apenas dos itens básicos, como óleos e filtros, não raro custa em torno de R$ 500 - então, prepare-se para mais esse gasto adicional. Também para evitar surpresas, a revisão é ainda mais necessária na compra de uma moto usada de um vendedor particular (pessoa física) - mesmo que ele garanta tê-la feito recentemente.

Uma moto usada, aliás, pode ser uma caixinha de surpresas. É impossível evitar todo e qualquer problema pós-compra, pois há defeitos que podem surgir de uma hora para  outra e independem da boa-fé do vendedor. Então, é sempre bom guardar um dinheirinho para eventuais contratempos como uma mangueira que racha ou um retentor que estoura, que podem impactar o preço final da moto.
Em resumo, até aqui, sua moto usada custou o preço pedido mais gastos com transferência, revisão e "reserva técnica" para surpresinhas. Desta forma, se você tem os mesmos R$ 20.000 para comprar uma moto, separe pelo menos R$ 3.000 para dar conta disso tudo. Ou seja, pense em uma moto de R$ 17.000 para que tudo corra bem.
E vale lembrar que, para os dois casos - motos novas e usadas - também poderão vir os custos de um seguro particular. Se couber no orçamento, não tenha dúvida de que sempre valerá a pena ter.

Evite as "boas para reformar"

E existem alguns outros cuidados que podem minimizar os riscos. Se possível, evite motos com quilometragem muito alta, em evidente mau estado de conservação, com manutenção pendente ou as tais "boas para reformar" - se você não for colecionador e não tiver bom conhecimento técnico, essas raramente ficarão plenamente usáveis e farão apenas com que você vire "sócio" da oficina.

Além disso, também é importante evitar motos com problemas na documentação. IPVAs e seguros obrigatórios atrasados, porte obrigatório que precise de segunda via, multas não pagas e - principalmente - motos em inventário são sinônimos de problemas. Tomados esses cuidados e feitas as devidas contas acima, as chances de sucesso na compra, sem estourar seu orçamento, crescem bastante. Aí, é rodar e ser feliz!

Guia rápido para evitar uma compra ruim:

Evite:

  1. Moto com quilometragem muito alta
  2. Moto com documentação atrasada
  3. Moto muito "fuçada" - que aparentemente já foi muito mexida, desmontada, adaptada ou customizada
  4. Moto com documentações enroladas - IPVA ou seguro obrigatório atrasados, com documentos que precisem de segunda via, com multas não pagas e, principalmente, em inventário.

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