A maior capacidade cúbica deu à NC 750X mais potência e torque em todas as faixas de rotações. Na prática, isso significa respostas mais rápidas e um pouco mais de fôlego para que o motociclista possa esticar as marchas. Na versão anterior, o motor “cortava” aos 6.500 giros, sem que a moto pudesse aproveitar melhor a cavalaria e a força que chegava a roda traseira. Agora, segundo a Honda, esse limite está perto dos 7.000 giros.
DIÂMETRO MAIOR
Para chegar aos 745 cm³ de capacidade, os dois cilindros paralelos - oito válvulas, SOHC e refrigeração por líquido – tiveram seus diâmetros aumentados em 4 mm, passando para 77 mm. O curso manteve-se nos 80 mm, tal como a relação de compressão, que é de 10,7:1. O pico de potência máxima agora é de 54,8 cv a 6.250 rpm, com 6,94 kgf.m a 4.750 rpm de torque máximo. Só para comparar, a versão anterior, de 669,6 cm³, oferecia potência de 52,5 cv e torque 6,4 kgf.m, na mesma faixa de rotação.
Agora, na NC 750X, as curvas de potência e de torque são consideravelmente mais elásticas em todos os regimes. Assim, segundo a Honda, o motor da versão de 750 cc tem um comportamento mais vigoroso, principalmente em baixos e médios giros do motor, o que melhora o desempenho da moto tanto na hora de enfrentar o trânsito como ao viajar.
O novo motor permitiu um ganho de 12 km/h de velocidade máxima, que foi para 174 km/h. Assim a reformulada crossover da Honda oferece ao piloto uma condução em velocidade de cruzeiro mais tranquila e sem forçar o propulsor em demasia. Para evitar que a vibração gerada pelo aumento da capacidade cúbica comprometesse o conforto, a Honda instalou mais um eixo balanceiro no propulsor.
CICLÍSTICA
Construído em aço e na forma de diamante, o chassi da NC 750X transmite rigidez torcional, porém com uma alta dose de agilidade, principalmente nas mudanças bruscas de direção. O ângulo da coluna de direção é de 27°e a distância entre-eixos de 1.538 mm. A distribuição de peso é 48%/52% entre a dianteira/traseira. O peso a seco da nova NC 750X é de 209 kg, 3kg a mais que a anterior.
O garfo telescópico tem 41 mm de diâmetro e curso de 153,5 mm. O monoamortecedor traseiro tem 150 mm de curso e trabalha sobre o sistema Pro-Link, que absorve as irregularidades do piso. As rodas desta crossover são de alumínio fundido – 17 x 3,50 polegadas (D) e 17 x 4,50 polegadas (T) – agora equipadas com pneus Pirelli Scorpion Trail nas medias 120/70 ZR17 e 160/60 ZR17, que conferem mais agilidade nas mudanças de direção.
O tanque permanece com a mesma capacidade, para 14,1 litros, e no mesmo lugar, abaixo do assento. Portanto, a crossover da Honda não perdeu uma de suas marcas registradas: porta-objetos no local do falso tanque de combustível. Sem alterações também na ergonomia, que ainda oferece ao piloto uma postura ereta com braços semiflexionados e pedaleiras mais recuadas, como em uma autêntica naked.
Para completar o conjunto ciclístico, o sistema de freios usa na frente disco de 320 mm de diâmetro e a pinça de dois pistões. Na traseira, disco de 240 mm e pinça de um pistão. Para maior segurança do piloto, a NC 750X oferece – como opcional – o sistema de freios ABS de duplo canal, que reduz a possibilidade de as rodas travarem em estradas de superfície escorregadia ou molhada. Entretanto, o sistema Combined não está mais disponível. De acordo com a Honda, trata-se de uma estratégia global. “Em modelos de maior cilindrada, os pilotos mais experientes já sabem dosar bem o freio, por isso preferimos adotar apenas o sistema antitravamento”, declarou Alfredo Guedes Jr., engenheiro da Honda.
Outra novidade é o painel de instrumentos mais completo. Agora foram incorporados indicador de marcha engatada, além de um pequeno computador de bordo – que informa consumo médio, consumo instantâneo e autonomia.
PREVISÃO DE VENDAS
Apresentada no Salão de Motos de Milão em 2011, a NC 700X fazia parte de uma família de três modelos que compartilhavam a mesma plataforma: o scooter Integra NC 700D, além das versões naked “S” e trail “X”. O projeto com foco em facilidade de pilotagem e economia de combustível foi grande sucesso de vendas na Europa.
Agora, a Honda quer que os proprietários da NC700X façam o upgrade para a nova versão de 750cc, aprimorada na motorização. A marca aposta na versatilidade do modelo, nas experiências positivas de seus consumidores com a antiga versão e, principalmente, na evolução do produto que busca proporcionar mais “emoção” ao motociclista. No Brasil, a Honda espera vender cerca de 2.000 unidades por ano da nova NC 750X.
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