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Panigale V4 SP2: a "máquina de corrida definitiva"

A superbike da Ducati fica ainda mais bela e furiosa na versão para track days lançada na Itália: são incríveis 215 cv!

por Roberto Dutra

Tirem as crianças da sala e quem tem medo de trovão que corra para as montanhas! A Ducati acaba de lançar, na Itália, uma nova versão da superbike Panigale ainda mais - sim, bem mais - furiosa: é a Panigale V4 SP2 2023 (SP é sigla para "sport production").
A moto é definida pela fábrica italiana como "the ultimate racetrack machine", algo como "a máquina de corrida definitiva". A própria definição já entrega que se trata de uma versão para ser usada em circuitos fechados, nas provas monomarcas ou track days da vida.
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Mas, sim, a Panigale V4 SP2 2023  também pode rodar nas ruas normalmente. Só que isso seria um desperdício diante de suas especificações de altíssimo nível. Quer ver só?

O motor é o Desmocedi Stradale de quatro cilindros em V inclinados em 90 graus com vibrabrequim contra-rotativo, quatro tempos no comando desmodrômico, quatro válvulas e dois bicos injetores por cilindro. Com 1.103 cm³, rende obtusos 215,5 cv de potência que rugem a 13.000 rpm, com torque de 13 kgf.m a 11.000 rpm.
O câmbio tem seis marchas e há quickshifter bidirecional Evolution 2 - imagine se alguém vai querer perder tempo acionando o manete de embreagem nessa moto.? De toda forma, a embreagem é assistida, pra ninguém fazer muita força, e deslizante, para que a roda traseira não trave nas reduzidas mais severas. E vale destacar que a relação final e a embreagem "seca" foram herdadas das motos usadas nas competições da categoria SBK.

As rodas são de liga leve e calçam pneus Pirelli Diablo Supercorsa SP 120/70 R17 na frente e 200/60 R17 atrás. Na suspensão dianteira, conjuntos invertidos da grife sueca Öhlins NPX25/30 de 43 mm de diâmetro totalmente ajustáveis eletronicamente na compressão e no retorno, e 12,4 cm de curso. Atrás, monochoque também da Öhlins modelo TTX36 e também com os mesmos ajustes eletrônicos, além de curso de 12,9 cm.
Nos freios, um pouco mais de grife: Brembo Stylema na frente e atrás (dianteiro com auto-sangria MCS no cilindro-mestre), com ABS otimizado para curvas e microprocessador Bosch.

Ali em cima surge um belíssimo painel de TFT colorido com 5 polegadas, conectável ao smartphone e através do qual se tem acesso a todas as informações necessárias da moto, inclusive de seus muitos recursos de assistência à pilotagem.
Sim, é claro que  essa Panigale vem com mais chips do que uma nave espacial: há quatro modos de pilotagem (A, B, sport e street) e quatro de entrega de potência (total, alta, média e baixa), controles de tração, anti-empinamento, de largada, de freio-motor, monitoramento de pressão dos pneus, tempo de volta e cronômetro, entre muitos outros. E tudo isso em módicos 194,5 quilos de peso em ordem de marcha.

O baixo peso, aliás, decorre não só do motor V4 especialmente leve, mas também de peças como balança, guidom e pedaleiras em alumínio e de outras, como para-lama dianteiro, asas aerodinâmicas, protetores de calcanhares e até as rodas (sim, as rodas!) em fibra de carbono. Além disso, a bateria é de íon-lítio (sempre mais leve que a de chumbo) e os manetes de freio e de embreagem são usinados, o que também os deixa mais leves.
São itens opcionais na moto capas para tapar os encaixes dos espelhos quando estes são removidos, um plugue de remoção da placa traseira, tampa de embreagem vazada e de fibra de carbono, um módulo eletrônico com o sistema Ducati Analyzer e GPS integrado, e um escape de titânio desenvolvido em parceria com a grife eslovena Akrapovič - este escape especial rende 12,5 cv extras, que elevam a potência para ainda mais inebriantes 227,5 cv - e o torque para 13,3 kgf.m.

Vale destacar o bom gosto que combinou as peças em carbono com a pintura "winter test" na cor predominante preta em contraste com o tanque em prata metálico e com alguns detalhes em vermelho. Lá atrás, a rabeta curtíssima e apontada para o alto como se fosse uma flecha também reforça que o negócio da Ducati Panigale V4 SP2 é proporcionar altíssimas doses de adrenalina.
A moto será feita em série limitada e chega à Europa por iniciais 39.500 euros - cerca de R$ 217.600. É pouco provável que a seja vendida no Brasil: aqui seu preço certamente bateria na casa do meio milhão.

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