Peças paralelas para moto valem a pena?

Alguns componentes não originais podem ser usados na motocicleta sem problemas. Mas em muitos casos, melhor não arriscar

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Roberto Dutra
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Um dos grandes dramas na vida de quem tem motocicleta no Brasil é o preço das peças de reposição originais. Naturalmente os valores para os componentes das motos de baixa cilindrada são mais em conta, mas normalmente quanto maior a moto , maior é o gasto. Aqui vale uma explicação: muita gente se pergunta porque peças de reposição originais são tão caras? A explicação, em boa parte dos casos, está na tributação: muitas peças de reposição para motos médias e grandes são importadas, e sua taxação é maior que as das peças usadas nas linhas de montagem de Manaus, que fazem parte de "kits". Nesses momentos caímos na tentação de comprar as chamadas peças "paralelas" - aquelas vendidas em lojas de motopeças, das mais variadas marcas. Então, vale a pena investir em peças paralelas na hora de consertar ou revisar moto?

 

Piscas Customizados
Geralmente os piscas podem ser substituídos por "genéricos'. Mas devem ser compatíveis com a moto
Crédito: Reprodução
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Não existe regra pétrea quando se trata de peças para moto. Quem vive há bastante tempo no mundo das duas rodas sabe que, em muitos casos, o uso de peças paralelas não trará problema algum - quando têm qualidade, são fabricadas por marcas conhecidas e, de acordo com o caso, não têm uma função mecânica primordial.

Várias marcas já fabricam kits de relação (corre, coroa e pinhão) de boa qualidade para diversas motos
Crédito: Reprodução
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Por exemplo, normalmente não há problemas no uso de retentores de bengalas, lâmpadas, piscas completos, filtros de óleo, cabos de acelerador e embreagem, e até kits de relação que não sejam originais. Basta que sejam de boa qualidade - e eles existem. Vão custar menos que os originais, não serão difíceis de instalar e resolverão o problema.

Tensor da corrente de comando de uma Honda CB 400: nesse caso, a peça original é muito melhor
Crédito: Reprodução
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Mas quando o assunto é motor, e eventualmente parte elétrica, principalmente no caso de motos médias e grandes, a recomendação é mesmo usar peças originais. Pelo menos as peças específicas de cada modelo, como juntas internas ou correntes de comando e seus tensores e esticadores, além de reguladores de voltagem e até estatores, por exemplo. Se o caso for de retífica, quando o motor é completamente aberto, vale  "misturar" as peças internas originais com as periféricas paralelas.

Faróis com LEDs são "moda", mas é preciso escolher um de boa qualidade e compatível com a moto
Crédito: Reprodução
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O grande problema de usar peças paralelas de má qualidade ou em funções primordiais é que, em prazo relativamente curto, é grande o risco de se ter que refazer o serviço. Essas peças simplesmente não aguentam o esforço mecânico a que são submetidas. Já quando se opta por peças paralelas de qualidade reconhecidamente boa ou as originais, e o serviço é bem executado por um mecânico que conheça o assunto, a chance de ter que "consertar o conserto" é bem menor.

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