Pop 110i é o primeiro modelo linha 2025 da Honda

Moto ganhou partida elétrica, motor novo e câmbio semiautomático. Sem manete de embreagem, ficou mais fácil de pilotar

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Roberto Dutra
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Muita gente não dá bola para a Honda Pop 110i. Principalmente em grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, onde não se vê a pequena motoneta com frequência. Pois saiba que, em outras partes do Brasil, a realidade é bem diferente: em estados como Maranhão e Piauí, a Pop 110i é a dona do pedaço.

É que, nesses lugares, muita gente que andava de bicicleta, ônibus ou jegue trocou esses meios de transporte pela Pop 110i. E isso se deve principalmente a dois motivos: é uma motoquinha com preço muito acessível - ainda mais na modalidade consórcio - e extremamente robusta. Se for minimamente bem cuidada, não quebra, não dá problema e aguenta o tranco.

Honda Pop 110i 2025 (15)
A Pop 110i é o primeiro modelo "linha 2025" a ser lançado pela Honda este ano
Crédito: Caio Mattos/Divulgação
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O resultado disso, que muita gente não percebe, é que a Pop 110i é a quarta moto mais vendida do país. Fica atrás apenas das Honda CG 160, NXR 160 Bros e Biz 110/125. Não é pouca coisa. Em 17 anos de produção ininterrupta (foi lançada em 2007), 1,7 milhão de unidades da Pop 110i foram fabricadas e vendidas. Quanto número "7", não é mesmo?

Justamente por ter essa importância estratégica, dentre outros fatores, que a Pop 110i foi escolhida para ser a primeira moto linha 2025 a ser lançada pela Honda este ano. E nós fomos lá no Centro Educacional de Trânsito Honda (CETH), em Indaiatuba (SP), para conhecê-la.

Honda Pop 110i 2025 (16)
A Pop 110i foi lançada, primeiramente, em 2007. Desde então, já vendeu mais de 1,7 milhão de unidades
Crédito: Caio Mattos/Divulgação
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O que mudou na Honda Pop 110i?

A Honda Pop 110i sofreu mudanças importantíssimas. O visual é praticamente o mesmo: as bengalas da suspensão dianteira agora são pintadas na cor preta e vieram novos adesivos. Ideias legais, pois deram algum charme e sofisticação à motoquinha. Mas as novidades, mesmo, estão na mecânica.

Honda Pop 110i 2025 (7)
A Pop 110i não teve mudanças visuais significativas, mas ganhou estes adesivos de bom gosto
Crédito: Caio Mattos/Divulgação
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Já de olho na próxima fase do Programa de Controle de Emissões por motocicletas e similares (Promot 5), a Honda deu à Pop 110i um motor completamente novo.  A capacidade cúbica aumentou discretamente, de 109,1 cm³ para 109,5 cm³. É que as medidas de diâmetro e curso mudaram, de 47,0 mm x 63,1 mm para 50 mm x 55,6 mm.

A escolha por aumentar o curso em vez do diâmetro do pistão no novo motor deu ao motor medidas "subquadradas". No mundo real, isso significa privilegiar torque, melhorar o aproveitamento da queima de combustível e, ao mesmo tempo, fornecer um funcionamento mais suave.

O motor da Honda Pop 110i 2025 é todo novo. Repare que há um novo catalisador, ali embaixo
Crédito: Caio Mattos/Divulgação
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Junto com o novo motor, veio uma nova "tubulação", fininha, que sai do tanque e devolve à câmara de combustão os gases evaporativos da gasolina armazenada lá.

O resultado disso tudo foi um ganho de potência de 6% (de 7,9 cv para 8,4 cv, sempre a 7.250 rpm) e um discreto aumento de 5% no torque (de 0,90 kgf.m para 0,94 kgf.m, sempre a 5.000 rpm). Vale lembrar que este motor, assim como o anterior, é injetado e refrigerado a ar.

Uma nova tubulação, fininha, sai do tanque e devolve à câmara de combustão os gases evaporativos da gasolina
Crédito: Caio Mattos/Divulgação
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Como é o câmbio semiautomático da Honda Pop 110i?

A outra grande novidade na Honda Pop 110i nesta linha 2025 é a adoção da transmissão semiautomática rotativa - como é a da Honda Biz, por exemplo. Com isso, a Pop abandonou o manete de embreagem e a troca das quatro marchas tem outra dinâmica: depois da quarta, dê mais um toque para baixo que entra o neutro. Mais um toque para baixo, e começa tudo de novo: primeira, segunda etc.

Sim, todas as marchas são para baixo. Antes, para voltar ao neutro, era preciso tocar o pedal para cima, na sequência 4-3-2-1-N. Pode parecer complicado, mas eu garanto que em coisa de cinco minutos você se habitua. E caso precise reduzir marcha, o contrapedal ficou mais alto, e está mais fácil usar o calcanhar para acioná-lo.

O câmbio semiautomático rotativo facilita a vida do piloto. Repare no contrapedal mais alto
Crédito: Caio Mattos/Divulgação
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Aliás, já que mencionamos a Biz 110, vale esclarecer que o motor anteriormente usado na Pop era diferente do usado na Biz 110 e que este novo motor da Pop também é diferente do usado na Biz 110. Isso embora ambos tenham a mesma capacidade cúbica. Já que a Biz 110 também terá que se adaptar ao Promot 5, é bem provável que, ainda este ano, passe a usar este novo motor da Pop.

Por fim, mais duas novidades: primeiro, a Pop 110i ganhou partida elétrica e agora não tem mais pedal de partida. É um conforto, embora "quicar" o motor da motoneta fosse facílimo. Segundo os pneus, agora, são Michelin Pilot Street 2, substituindo os anteriores Levorin. São bons pneus, que promovem uma aderência muito satisfatória.

Os dois freios da Honda Pop 110i 2025 são a tambor, mas com assistência do sistema combinado CBS
Crédito: Caio Mattos/Divulgação
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Quanto custa a nova Honda Pop 110i 2025?

Todas essas mudanças não fizeram o preço da Pop 110i subir demais. A linha 2025 chega com preço sugerido de R$ 9.690. O reajuste em relação à linha 2024 foi de meros R$ 120. Pouco diante de tantas mudanças. As cores disponíveis são preta, vermelha e branca. Obviamente eu prefiro a vermelha, mas achei a branca simpática e a preta, divertidamente sinistra.

A Honda Pop 110 ES estará nas concessionárias a partir de maio. A garantia é de três anos, sem limite de quilometragem, e o proprietário tem direito a óleo Pro Honda grátis em sete revisões, a partir da terceira revisão). A primeira revisão deve ser feita com mil quilômetros e as demais, a cada 6 mil quilômetros ou seis meses.

O painel de instrumentos da Honda Pop 110i é simples e exibe apenas o mínimo necessário
Crédito: Caio Mattos/Divulgação
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Como é pilotar a nova Honda Pop 110i?

A Honda Pop 110i é uma motoneta absolutamente fácil de pilotar. Tanto que a imprensa especializada costuma se referir ao modelo como "bicicleta com motor a combustão", tamanha a leveza e a maneabilidade. A moto pesa apenas 87 quilos!

Nesta nova linha 2025, essas características permaneceram. mas agora vêm acompanhadas de um novo aspecto muito perceptível: a suavidade e a redução nas vibrações do monocilíndrico.

Levíssima e muito ágil, a Pop 110i é uma ótima opção para mobilidade urbana com baixo custo
Crédito: Caio Mattos
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A tal opção pela configuração "subquadrada" nas medidas de diâmetro e curso realmente é efetiva: como pudemos andar na Pop 110i anterior e nesta agora, em sequência, foi possível ver que, com o novo motor, a Pop 110i ficou um pouco mais esperta e que vibra bem menos. Ficou, de fato, mais confortável.

E a pilotagem também ficou mais fácil, já que a adoção da transmissão semiautomática rotativa dispensa o uso do manete de embreagem. Para iniciantes ou pilotos sem muita destreza, a nova configuração facilita a condução.

Por fim, vale destacar que os pneus Michelin deixam a moto grudadinha no asfalto e jamais pregam sustos. Quanto à frenagem, o modelo tem sistema combinado CBS e, mesmo com tambores nas duas rodas, para com eficiência dentro de sua proposta.

De resto, é a Pop 110i que conhecemos: levinha, muito ágil, econômica, com aquele painel de instrumentos muito simples, sem qualquer espaço sob o banco - que pelo menos é bastante confortável e tem capa de boa aderência - e com design geral minimalista.

Nos testes do Instituto Mauá, a Honda Pop 110i 2025 fez 49 km/l. No mundo real pode fazer mais
Crédito: Caio Mattos
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E para quem se interessa por números de desempenho mesmo e um modelo como a Pop 110i (no qual não são tão importantes assim), o Instituto Mauá apurou aceleração de zero a 60 km/h em 7,8 segundos, retomadas de 40 km/h para 60 km/h em 4,6 segundos e velocidade máxima de 93 km/h.

O consumo médio de combustível, este sim um número importante neste modelo, foi de 49,1 km/l, com autonomia teórica de 206 quilômetros. Segundo a Honda, dependendo da "mão" do piloto, estes números podem ser ainda melhores.

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