Prazer, Honda XRE 300 Sahara. Vai encarar?

Modelo recém-lançado chegará às lojas em janeiro e terá concorrência interessante pela frente. Como ficará essa briga?

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Roberto Dutra
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Agora que já sabemos tudo sobre a nova Honda XRE 300 Sahara - especificações, preços, versões e cores -, é hora de pensarmos em como ficará a briga nesse disputado segmento de motos trail e crossovers de média cilindrada. A XRE 300 sempre foi dona do segmento, mas nos últimos meses ficou para atrás por dois motivos básicos - a Honda teve problemas com fornecedores de componentes e depois veio a iminente mudança de geração, que também foi uma causa natural na queda da produção.

Mas a XRE, agora Sahara, deverá retomar a liderança logo que volumes significativos cheguem às concessionárias. O faturamento dos primeiros lotes está previsto para dezembro e as primeiras entregas deverão acontecer em janeiro. Enquanto isso, vamos ver com quais modelos da concorrência a nova XRE 300 Sahara vai brigar.

1. Yamaha XTRZ 250 Lander

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Yamaha Xtz 250 Lander 2
A Lander é uma moto consagrada no mercado brasileiro e suas vendas aumentaram esse ano
Crédito: Divulgação
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A Lander é velha conhecida do mercado brasileiro. Conquistou espaço pela versatilidade, custo/benefício, custo de manutenção e até pelo design, que atualmente é bem bacana. A Yamaha viu as vendas da Lander crescerem expressivamente ao longo desse ano. A marca investiu no aumento da produção e, além disso, a líder e rival XRE 300 enfrentou problemas com desabastecimento de peças e, depois, veio a mudança de geração - o que muitas vezes causa uma baixa temporária nas vendas.

É movida por um motor monocilíndrico flex, refrigerado a ar e com 249 cm³, a Lander entrega até 20,9 cv de potência a 8.000 rpm e torque de 2,1 kgf.m a 6.500 rpm. A transmissão tem cinco marchas, tanque para 13,6 litros e 153 quilos de peso em ordem de marcha. A moto da Yamaha ainda tem baratos como ABS na roda dianteira, 27 cm de distância livre do solo, pneus Metzeler Tourance de série e suspensões com 22 cm de curso na frente e 20,4 cm atrás. Com revisões tabeladas a valores fixos, é vendida nas cores vermelha, azul e bege por R$ 25.694, já com frete incluso.

2.  Dafra NH300

A Dafra NH 300 tem pilotagem agradável e boa relação custo/benefício
Crédito: Divulgação
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Quem nunca pilotou uma Dafra NH 300 pode se surpreender se fizer um test-ride. Essa ainda desconhecida trail média tem desempenho satisfatório, é razoavelmente confortável e exibe um conjunto bem interessante, inclusive com design simpático - ainda que causem certa estranheza a parte interna da carenagem onde fica o painel de instrumentos e o escape.

A NH 300 tem motor monocilíndrico refrigerado a água, com 278 cm³, que rende 25,2 cv de potência a 7.500 rpm e torque de 2,4 kgf.m a 6.000 rpm, e câmbio de seis marchas. Ou seja, é mais forte e tem uma marcha a mais que a Lander, por exemplo.

O vão livre, porém, é bem menor - 18 cm - e o tanque pega apenas 11 litros de combustível. Mas tem iluminação full-LED, freios a disco com ABS nas duas rodas e 154 quilos a seco. A moto custa R$ 23.990 já com frete. Ou seja, a relação custo/benefício, aqui, é bem interessante.

3. Bajaj Dominar 400

A Bajaj Dominar 400 exibe um conjunto completinho e tem o melhor preço do segmento
Crédito: Divulgação
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A Dominar 400 é a principal moto da primeira leva de modelos da indiana Bajaj no mercado brasileiro - a linha é complementada pelos modelos Domar 160 e Dominar 200. A "400" é uma crossover, já que tem pinta de trail, mas ao mesmo tempo exibe características de naked.

O barato da Dominar 400 é o "pacote": a moto vem bem equipada - tem para-brisa, protetores de mãos e de motor, bagageiro, iluminação full-LED, duas telas de LCD na função de painéis de instrumentos e até encosto para garupa.

Mas as especificações técnicas também são dignas de nota. Afinal de contas, o motor monocilíndrico refrigerado a água de 373 cm³ entrega 40 cv de potência a 8.800 rpm e 3,5 kgf.m de torque a 6.500 rpm, números similares aos que vemos na bicilíndrica Kawasaki Versys-X 300.

A Dominar 400 tem características que reforçam sua vocação sua vocação mais urbana e menos trail: distância livre do solo de 15,7 cm, rodas de liga leve com pneus sem câmara, suspensão dianteira invertida e monochoque atrás (13,5 cm de curso na frente e 11 cm atrás), 192 quilos de peso seco e tanque para 13 litros. O freios têm ABS nas duas rodas, a iluminação é full-LED e o câmbio tem seis marchas. Um ótimo conjunto pelo preço pedido de R$ 24.900 (sem frete)

4. Kawasaki Versys-X 300

A Kawasaki Versys-X 300 tem motor bicilíndrico e uma pegada mais "premium"
Crédito: Divulgação
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A Versys-X 300 é a "prima rica" no segmento. É um modelo mais sofisticado, com motor "maior" e, por essas razões e outras mais, também é mais cara. Pra começar, tem motor bicilíndrico, com duplo comando, 296 cm³ e refrigerado a água, que rende 40 cv de potência a 11.500 rpm e torque de 2,6 kg.m a 10.000 rpm. A transmissão tem seis marchas, a altura livre do solo é de 18 cm, o tanque leva ótimos 17 litros e o peso em ordem de marcha é de 184 quilos.

Ou seja, é uma espécie de trail média "premium". É vendida em duas versões, standard e Tourer. A diferença entre elas está em alguns equipamentos a mais na Tourer, como protetores de carenagem e de mãos, faróis auxiliares, tomadinha 12 Volts e pequenos baús traseiros. Os preços: R$ 33.990 (standard) e R$ 37.990 (Tourer)

5. BMW G 310 GS

Com design bacana e o glamour da marca alemã, a BMW G 310 GS também tem conjunto interessante - mas é cara
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A BMW G 310 GS é uma trail de média cilindrada destinada especificamente a quem deseja uma moto do segmento com a hélice azul e preta estampada na carenagem Ou seja, para fãs de BMW. Não é a mais potente do segmento, não tem especificações impressionantes e ainda por cima é a mais cara do segmento. Mas, justiça seja, feita, tem design bacana e a marca BMW estampada abriga um certo glamour que as concorrentes não têm.

A G 310 GS também tem lá seus quitutes: ajustes de manetes, suspensão dianteira invertida com 18 cm de curso, suporte para bagageiro, iluminação full-LED e ajuste de pré-carga no monochoque traseiro (que também tem 18 cm de curso) E e distancia livre do solo de 22 cm.

O motor é monocilíndrico refrigerado a água. Com 313 cm³ rende 34 cv de potência e 2,8 kgf.m de torque. O câmbio tem seis marchas, o ABS está na frente e atrás, o peso em ordem de marcha é 175 quilos e o tanque pega 11 litros de gasolina. Um bom conjunto? Sim. Mas essa BMW produzida originalmente pela TVS indiana (mas montada em Manaus, claro) custa R$ 38.500, sem frete.

6. Triumph Scrambler 400 X

A Triumph Scrambler 400 X promete esquentar o segmento com seu design charmoso
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A pequena Scrambler da Triumph chegará ao mercado brasileiro no primeiro bimestre de 2024 e promete esquentar o segmento com seu belíssimo design e proposta um pouco diferente. Como seu preço não será uma pechincha, não brigará pela liderança. Mas vai roubar compradores das rivais mais sofisticadas - BMW G 310 GS e Kawasaki Versys-X 300.

A pequena 400 da Triumph, que assim como Bajaj Dominar 400 e BMW G 310 GS também tem origem indiana. O motor é monocilíndrico e refrigerado a água, com quatro válvulas, comando no cabeçote e 398 cm³. Entrega 40 cv de potência a 8.000 rpm e 3,7 kgf.m de torque a 6.500 rpm. O câmbio tem seis marchas, com embreagem assistida e deslizante. A balança traseira é de alumínio, os pneus são Metzeler Karoo Street e as suspensões têm 15 cm de curso - dianteira invertida e traseira com reservatório externo de gás.

Outros recursos da Scrambler 400 X são os freios a disco com ABS nas duas rodas, o acelerador eletrônico, o controle de tração desligável, a tomadinha USB-C, a iluminação full-LED com luzes de rodagem diurnas (DRLs) e a chave codificada. Como nada é perfeito, o painel de instrumentos exibe o ultrapassada layout de velocímetro analógico coadjuvado por uma telinha de LCD. A moto ainda pesa 179 quilos a seco e o tanque leva 13 litros. O preço prometido é R$ 34.990, sem frete.

7. Royal Enfield Himalayan 411 / Scram 411

A Royal Enfield Himalayan 411 vai bem no off-road e deverá ganhar uma sucessora em 2024
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As Royal Enfield Himalayan 411 e Scram 411 entram no mesmo tópico porque são, basicamente, a mesma moto. A Hima é a "original", está há mais tempo no mercado e vai ganhar uma sucessora provavelmente no ano que vem - a Himalayan 452, que apesar da cilindrada próxima é uma moto completamente nova. Já a Scram é a Himalayan com "roupa de surfista" e algumas diferenças - além do visual, tem outra frente, com aro de 19 polegadas contra aro 21 da irmã mais velha. Com isso, inclusive, a frente da moto fica mais pesadinha.

As duas têm bom custo/benefício desde que não se busque um desempenho arrasador. O motor é o mesmo nas duas, um monocilíndrico refrigerado a ar com 411 cm³, 24,5 cv de potência a 6.500 rpm e torque de 3,2 kg.m a 4.000 rpm. A Hima vai bem no off-road e a Scram é mais afeita ao asfalto, embora também enfrente bem estradinhas de terra. As duas também têm câmbio de cinco marchas, ABS nas duas rodas, 185 quilos de peso e tanque para 15 litros. As suspensões têm 20 cm de curso na frente e 18 cm atrás - na Scram, são 19 cm na frente. Preços: a Hima custa iniciais  R$ 24.290 e a Scram, R$ 22.490.

A Scram 411 é uma Himalayan com "roupa de surfista" - é mais bonitinha, porém mais afeita ao asfalto
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