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Primeira moto: faça a conta certa

Na compra de estreia, os custos vão muito além do veículo. Veja aqui o que você tem que somar para rodar com segurança

por Roberto Dutra

O caro leitor está para fechar negócio naquela tão sonhada motocicleta ou scooter? Muito bem! Sua vida promete ser mais ágil, prática e feliz - e, eventualmente, molhada. Mas, embora essa compra da primeira moto tenha um forte componente emocional, é importante racionalizar uma parte dela: a dos custos.
Os gastos não terminam na compra da moto, e por isso é importante se programar. Para começar, lembre-se de que você terá que pagar algumas taxas. Se a moto for 0 km, você vai gastar com o emplacamento, IPVA proporcional (em São Paulo, o custo "cheio" é de 2% do valor venal do veículo) e o seguro obrigatório (que este ano foi bem baixo, de R$ 12,30). O valor a desembolsar, portanto, vai variar de acordo com o modelo.
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Se sua nova paixão for uma usadinha, aí você terá que arcar com taxas de transferência de propriedade (entre R$ 212,60 e R$ 306,47 em São Paulo) e, se necessário, uma nova placa padrão Mercosul (R$ 114,86). Isso se tudo estiver em dia - taxas atrasadas devem ser pagas para não impedir a transferência da sua primeira moto.

Pela sua segurança

Tudo legalizado, moto ou scooter no seu nome, é hora de passear. Sim, mas antes separe mais "alguns dinheiros" para equipamentos de segurança. Comece com o mais importante: o capacete. Existem modelos de menos de R$ 100, mas naturalmente estes são os mais básicos e oferecem proteção inferior à dos melhores e mais caros.
No que diz respeito a capacetes, não há milagres: os preços são muito diferentes justamente porque a qualidade também varia. Em um veículo de uso diário, não é necessário usar o mesmo capacete dos pilotos de MotoGP, mas é sensato escolher um modelo pelo menos intermediário, que proteja razoavelmente bem.
Nesse caso, você vai investir entre R$ 300 e R$ 500. E aqui vai mais um alerta: dê preferência aos modelos fechados — os abertos são confortáveis, estilosos e bonitos, mas, mesmo que certificados pelo Inmetro, protegem bem menos.

Calça jeans certamente o caro leitor tem. E esperamos que também tenha o bom senso de usar sempre um calçado fechado - pelo menos um tênis. Chinelos e sandálias, jamais! Se a opção for algo melhor, invista de R$ 200 a R$ 300 em uma boa botinha com solado de borracha - proteger os pés é fundamental.
Um bom par de luvas, que custa de R$ 50 a R$ 100, em média, também é aconselhável. Às vezes um tombinho bobo, com a moto/scooter parada, rende incômodos ralados na mão. Continue com a calculadora por perto, que a conta ainda não acabou...

Nem todo dia faz sol

Como sabemos, em alguns dias vai chover. Então, é bom que você tenha sempre à mão uma boa capa de chuva - e se, for muito paciente, aquelas botas tipo sete léguas. Elas custam de R$ 40 a R$ 150 (as mais baratas, de PVC, já resolvem). Outra opção são as polainas, que você veste por cima do seu calçado. Custam o mesmo que as botas e são mais fáceis de transportar e guardar. Porém, as botas te dão mais firmeza.
A capa deve ser bem escolhida, pois alguns modelos rasgam mais facilmente. Escolha de marcas conhecidas e confiáveis. Vão custar de R$ 60 a R$ 180, conforme o modelo. E aqui vai uma dica boa: como é para uso apenas urbano, opte pelas menos grossas e mais ventiladas, para não sofrer nos dias de chuva com temperatura alta.
Acredite: um bom par de botas e uma capa de chuva eficiente evitam ou minimizam um dos grandes incômodos da vida sobre duas rodas - chegar ao destino encharcado.
Para terminar, temos um último item para o novo motociclista acrescentar - um baú (ou bauleto) para bagagens. O equipamento não costuma ser bonito, mas sua funcionalidade supera qualquer questão estética.
Nas motos de uso diário, são fundamentais; nos scooters, nem sempre. É que depende do modelo, já que alguns têm bom espaço sob o banco e mais um porta-luvas, o que torna eventualmente dispensável o bauleto.

Há modelos pequenos, médios e grandes. Os preços variam de R$ 60, para os de 28 litros, a R$ 350, para os de 45 litros (preços médios). Antes de escolher, pense em qual será sua necessidade. Os menores comportam um capacete e uma capa de chuva, já meio no aperto. Os medianos, isso e mais um par de luvas com certa folga. E nos maiores dá para acomodar dois capacetes e mais vários objetos.
Vale lembrar que nos dias de chuva o motociclista vai querer guardar, por exemplo, uma mochila ali atrás. Então nosso conselho é: gaste um pouco mais, compre o grande e tenha sempre espaço de sobra. Caso não queira um baú, vá de "plano B": compre uma redinha (também chamada de "aranha") para prender objetos no próprio banco do garupa.
Com tudo isso, é hora de acelerar com sua primeira moto. Bons passeios!

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