Os proprietários dos modelos Royal Enfield Himalayan 411, Meteor 350, Interceptor 650 e Continental GT 650 terão que fazer uma visitinha inesperada à concessionária mais próxima. Segundo a fabricante, essas motos precisarão fazer uma atualização do software do módulo de controle de injeção (ECU).
Segundo a Royal Enfield, o objetivo é fazer com que a central eletrônica fique mais adequada aos padrões da gasolina brasileira. A decisão pela atualização levou em conta, também, "as misturas de combustível que ocorrem no Brasil, suas variáveis e a forma de condução do brasileiro". O serviço será realizado gratuitamente e deve ser agendado nas concessionárias. É rápido: dura em torno de 15 minutos.
Vale lembrar que, meses atrás, um número razoável de motos do modelo Himalayan apresentou problemas de pré-ignição - a famosa "batida de pino" - justamente por inadequação à gasolina brasileira. Isso levou algumas a, inclusive, ter que trocar o cabeçote do motor.
No caso da Meteor 350, há mais um aspecto: entramos em contato com a Royal Enfield e nos informaram que, junto com a atualização, será retirada a limitação de velocidade da moto, de 120km/h, caso o proprietário solicite.
Esse aspecto gerou polêmica desde o lançamento da moto, inclusive porque sempre foi muito criticado principalmente por "não-proprietários" - a maioria dos compradores se mostrou satisfeito com o desempenho da moto. Agora, talvez o debate acabe.
Por outro lado, é preciso levantar uma questão: se a moto tem limitação de velocidade, em teoria é para proteger o motor - um monocilíndrico refrigerado a ar - do uso severo em determinadas faixas elevadas de giros que eventualmente poderiam danificá-lo sob certas condições.
É claro que a Meteor 350, por ser uma custom de baixa cilindrada, não é moto para altas velocidades nem desempenho esportivo. Mas tirar o limitador deixará esse controle completamente nas mãos do piloto/proprietário. Haja fé no juízo alheio.
E nunca é demais lembrar que, em julho, publicamos a primeira viagem-teste da Meteor 350 no país feita por um veículo de comunicação especializado. Rodamos de São Paulo para o Rio de Janeiro com muita bagagem , inclusive com um bom trecho à noite, e em momento algum a velocidade limitada a 120km/h foi problema, ou comprometeu o desempenho e a segurança. Vale a (re) leitura!