Royal Enfield: depois da Shotgun 650, o que virá?

Marca deverá fazer mais três ou quatro lançamentos no Brasil ainda este ano, e o acervo é variado. Saiba o que vem aí!

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Roberto Dutra
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A Royal Enfield realmente não está para brincadeira no mercado brasileiro. Ao contrário do que gritam alguns "entendidos da internet" - afirmando que a marca "logo irá embora do país", a anglo-indiana vai consolidar seus oito anos de atuação no país com pelo menos mais três lançamentos ainda em 2025.

Royal Enfield Shotgun 650 Roberto Dutra (10)
A Shotgun 650 é apenas a primeira novidade da Royal Enfield este ano: virão outras
Crédito: Roberto Dutra / WM1
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Sim, isso mesmo: a Royal Enfield aproveitou o lançamento da Shotgun 650 para confirmar que mais novidades virão por aí. A primeira já será no mês que vem: a trail Himalayan 450. Na sequência, ao longo do segundo semestre e no início do ano que vem - se as homologações não tiverem imprevistos -, serão lançadas a Guerilla 450, a Bear 650 e a Classic 650.

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Recentemente lançada lá fora, a Goan 350 também é cogitada, mas tem poucas chances de ser vendida no Brasil - veja lá embaixo os motivos. Então, confira os baratos dos modelos já confirmados:

"Hima 450": a sucessora é mais forte

A Himalayan 450 é a sucessora da nossa conhecida Himalayan 411. Mas da antiga só herdou o nome: do chassi ao motor, passando pelo visual, tudo é absolutamente novo.

A "Hima 450" tem novo quadro e motor monocilíndrico refrigerado a água. Com 452 cm³, entrega 40 cv de potência e 4 kgf.m de torque, números bem superiores aos 24,5 cv e 3,2 kgf.m do "Hima 411". Segundo a marca, supera os 150 km/h de velocidade máxima e o consumo chega a 28 km/l, em média.

A Himalayan 450 será lançada em março e as vendas deverão começar pouco depois
Crédito: Divulgação
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A trail ainda tem tanque para 17 litros de combustível, autonomia teórica próxima a 500 quilômetros, acelerador eletrônico, ABS nas duas rodas traseiro desligável), embreagem assistida e deslizante, dois modos de condução (Eco e Performance), iluminação full-LED, painel 100% digital, suspensões Showa SFF com tubos dianteiros invertidos na frente e monochoque traseiro - ambas com 20 cm de curso -, rodas raiadas de 21 polegadas na frente e 17 polegadas atrás e tomadinha USC no guidão. Os pneus têm medidas 90/90 R21 na frente 140/80 R17 atrás. Peso em ordem de marcha: 198 quilos. Acho que ninguém ficará com saudades da "Hima 411"...

Uma naked moderna para atrair outro público

A Guerilla 450, por sua vez, é uma naked com aparência moderna. Feita sobre a mesma plataforma da Himalayan 450, busca atrair um público mais jovem para a marca - aquele que não curte tanto o visual retrô que predomina nos modelos da marca.

Usa o mesmo motor da Himalayan 450, mas tem aparência mais esguia e pinturas e grafismos bem chamativos - que podem até ser um empecilho no mercado brasileiro. Tradicionalmente o consumidor de motos daqui não curte muito pinturas espalhafatosas.

Leve e ágil, a Guerrilla 450 é uma naked feita sobre a mesma base da Himalayan 450
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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Da Guerrilla 450 eu posso falar bem: pilotei a moto em Barcelona, na Espanha, há alguns meses. A moto me surpreendeu pelo desempenho, leveza e agilidade. Quer saber mais? Confira aqui minha avaliação completa!

Moto com cara de moto, a Bear 650 é uma scrambler

Já a Bear 650 é mais uma a compartilhar a plataforma de chassi e motor com Interceptor, Continental GT, Super Meteor e Shotgun. Tem estilo scrambler, com tanque arredondado, banco quase reto, para-lamas dianteiro curto e rente ao pneu de uso misto e traseiro bem alto, e ainda quitutes como painel de instrumentos digital já com Google Maps.

O motor é o mesmo das outras 650 da Royal Enfield, mas a moto tem suas particularidades, como a suspensão traseira bichoque, com dois amortecedores de longo curso. A inspiração para o visual veio da corrida Big Bear Run, famosa nos Estados Unidos e vencida pela Royal Enfield em 1960. Rodas raiadas, tampas laterais com adesivos ovais e escape curtinho complementam o interessantíssimo visual da Bear 650.

Essa lindezinha aí é a Bear 650, que também usa a mesma plataforma de Shotgun e Super Meteor
Crédito: Divulgação
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As cores de pintura e grafismos da Bear 650 que já vimos nas motos vendidas lá fora também são um tanto coloridas. Mas, ao mesmo tempo, são divertidas, de bom gosto e coerentes com a proposta scrambler da moto. Sendo assim, ao contrário do que pode acontecer com a Guerilla 450, não deverão ser problema no mercado brasileiro.

A mais clássica das clássicas

Moto retrô é bem a "cara" da Royal Enfield e, dentro das fileiras da marca, a Classic 650 é uma espécie de estado-da-arte nesse sentido. Quem já acha a Super Meteor 650 e a Shotgun 650 bonitas dificilmente não gostará da Classic 650.

A moto foi lançada na Índia há um par de meses e deverá chegar por aqui somente em 2026. Isso se a Royal Enfield não acelerar o cronograma, algo bem possível já que a marca inaugurou uma segunda linha de montagem em Manaus (AM) em parceria com o Grupo Multi - a primeira linha é uma parceria com a Dafra.

A Classic 650 lembra bastante a Shotgun 650, mas tem visual mais retrô e cheio de cromados
Crédito: Divulgação
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A Classic 650 usa o mesmo conjunto de chassi e motor das outras 650 da marca, mas usa e abusa do visual clássico e retrô. Na prática, remete ao antigo modelo Classic 500 e ao atual Classic 350: tem rodas raiadas, tanque em gota, muitos cromados e pintura sempre esfuziante combinando duas cores, como branca e vermelha, branca e azul, cromado com bronze ou preto e cinza.

Se a Royal Enfield botar um preço competitivo (algo que acerta quase sempre) e souber escolher bem as cores para o mercado brasileiro (nisso, não acerta sempre...), provavelmente será um sucesso de vendas como a Super Meteor 650 tem sido e como a Shotgun 650 promete ser.

Goan 350

Com visual bastante retrô, a Goan 350 parece uma Classic 650 menor e mais colorida. A moto usa a mesma plataforma dos modelos Meteor 350, Classic 350 e Hunter 350, todas bem-sucedidas no mercado brasileiro, Então por que a Goan 350 não deve vir?

A Goan 350 parece uma Classic 650 menor, ou uma Classic 350 customizada - e colorida
Crédito: Divulgação
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É que seria muito de nicho, pois ocuparia um espaço - muito pequeno - entre a Classic 350 e a Meteor 350. Esse espaço, na prática, quase não existe na linha da Royal Enfield no Brasil: quem quer uma custom, compra a Meteor 350; quem quer uma retrô, compra a Classic 350. Que, inclusive, não tem opções tão "coloridas" quanto a Goan (sim, o problema das cores, novamente...)

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