A Royal Enfield aproveitou o Festival Interlagos - Motos para mostrar diversas novidades que chegarão ao mercado brasileiro. Já mostramos os modelos aqui, em nossa cobertura do evento. Mas agora o caro leitor poderá conferir em detalhes cada uma delas.
São várias, e o entusiasmo da marca tem razão de ser: a Royal Enfield tem crescido progressivamente no mercado brasileiro. No evento, apresentou números impressionantes: de janeiro a abril deste ano, por exemplo, a marca emplacou 8.689 motocicletas - um crescimento de nada menos que 85% em relação às 4.690 vendidas no mesmo período do ano passado.
A Guerrilla é uma grande aposta da Royal Enfield. Isso porque é completamente diferente de todos os outros modelos já lançados pela marca indiana aqui: é uma naked com jeito moderno e descolado - portanto, nada tem a ver com os modelos retrô da marca que já conhecemos.
A Guerrrilla 450 compartilha vários componentes com a trail/crossover Himalayan 450. Será vendida a partir de setembro, com quatro opções de cores, que vão compor duas versões: as mais caras serão a Yellow Ribbon (amarelo com preto e roxeo) e a Brava Blue (azul e branca), e as mais baratas serão a Smoke Silver (prata) e a Peix Bronze (bronze).
Em julho do ano passado, nós fomos a Barcelona, na Espanha, para conhecer a Guerrilla 450. E também aceleramos a moto: confira aqui como foi a experiência!
Os preços só serão divulgados em setembro, justamente quando começará a pré-venda, que será realizada nos mesmos moldes adotados para a Super Meteor 650 e, mais recentemente, para a Shotgun 650 e a Himalayan 450.
Como será mais barata que a Himalayan 450, podemos fazer apostas. A Himalayan 450 custa de R$ 30 mil a R$ 32 mil, arredondando. Então acreditamos que a Guerilla ficará entre R$ 27 mil e 29 mil.
A naked - ou roadster - compartilha vários componentes com a Himalayan 450, como motor, chassis, freios e até o belo painel de TFT Tripper Dash com conexão com smartphone e navegação. Mas tem algumas diferenças.
Por exemplo, o tanque de combustível é menor (11 litros contra 13 litros na Hima), a suspensão dianteira é convencional (invertida na Hima) e a injeção tem calibragem diferente, para dar mais "sensação de potência". Os números, porém, são iguais: 452 cm³, 40 cv de potência a 8.000 rpm e 4 kgfm de torque a 5.500 rpm.
E, assim como fez com a Himalayan 450, a Royal Enfield oferecerá "kits" de personalização para a Guerrilla. Um tem inspiração urbana e o outro, nas motos de flat track (aquelas competições em circuitos ovais de terra). Serão itens como bancos, para-brisas, retrovisores, protetores de motor, cárter e radiador e grade de farol - que poderão ser comprados juntos ou separadamente.
A bonitinha Classic 350, por sua vez, ganhará três novas opções de cores - ou versões, como prefere a Royal Enfield. São elas a Medaillon Bronze, que custará R$ 23.490, a Commando Sand, de R$ 23.990, e a Stealth Black, de R$ 24.490. Com a chegada destas três, algumas versões existentes atualmente deverão sair de linha. A chegada é imediata, agoa em junho.
"Irmã quase gêmea" da Classic 350, a Meteor 350 ganhará uma novidade muito interessante: a pintura Aurora Blue, que tem jeitão bem "vintage" nas cores azul e branca, tipo saia-e-blusa, e rodas raiadas. Com chegada às lojas prevista para julho, custará R$ 25.990 e também marcará a introdução de algumas atualizações na linha Meteor 350, como farol de LED. Também em junho.
A Classic 650 segue a receita aplicada à custom Super Meteor e à bobber Shotgun, mas com um visual - como diz o próprio nome - com pegada ainda mais clássica.
Vai se juntar às outras duas para compor uma "família de clássicas" com o conhecido motor bicilíndrico de 648 cm³, 47 cv de potência e 5,2 kgfm de torque. Aliás, é o mesmo motor usado também na Interceptor 650 e na Continental GT 650.
A Bear 650 também usa esse mesmo motor mencionado acima, mas é bem diferente de todas as outras bicilíndricas médias da Royal Enfield. Para começar, o estilo é scrambler - que, por incrível que pareça, caiu muitíssimo bem nessa plataforma. Apostamos que será um sucesso.
O modelo exibe aparência mais curta, alta e musculosa. Também tem banco e guidão quase retos, para-lamas curtos, pneus de uso misto e rodas raiadas. Tem 214 quilos e o tanque pega 13,7 litros de combustível - é o mesmo da Interceptor 650.
A Royal Enfield ainda não revelou os preços da Classic 650 e nem da Bear 650. E também não disse quando chegarão: as duas ainda estão em fase de homologação. Mas apostamos que pelo menos uma delas será lançada ainda este ano - será uma questão de capacidade produtiva em Manaus (AM) e a outra, no início de 2026.
Ao contrário do que tem sido dito nas redes sociais, a Interceptor 650 e a Continental GT 650 não vão sair de linha. A produção das duas apenas foi reduzida momentaneamente por questões de homologação para o Promot 5, que entrou em vigor este ano, mas ambas continuarão à venda normalmente.



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