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Royal Enfield levará duas Himalayan ao Polo Sul

Duas unidades da trail vão rodar até o gelado ponto geográfico para comemorar os 120 anos de produção ininterrupta

por Roberto Dutra

A Royal Enfield é pródiga em criar viagens ousadas para promover seu nome e seus produtos. As motocicletas produzidas pela marca inglesa na Índia já rodaram até o acampamento-base do Monte Everest, no Tibete; pela difícil passagem de montanha em Daulat Beg Oldi, Karakoram, e pelo deserto de Kutch, na própria Índia, entre outros lugares perigosos e pitorescos.

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Agora vem mais uma empreitada: para comemorar seus 120 anos de produção ininterrupta, a Royal Enfield fará uma expedição de motociclismo para tentar alcançar o Polo Sul geográfico, a partir da Plataforma de Gelo Ross através da Geleira Leverett. Batizada de "90° South - A busca pelo Polo", a viagem será feita por duas Himalayan (a trail da marca) e vai atravessar um percurso de 770 quilômetros de distância até o Polo Sul.

A largada será na Cidade do Cabo, na África do Sul, no próximo dia 26 de novembro. De lá partirão dois pilotos da Royal Enfield - Santhosh Vijay Kumar, Líder de Rides & Community Royal Enfield, e Dean Coxson, Engenheiro Sênior de Desenvolvimento de Produtos Royal Enfield - rumo ao Polo Sul geográfico, na estação Amundsen-Scott Pole.

A viagem tem participação operacional da Arctic Trucks, empresa que integra a Associação Internacional de Operadores Turísticos da Antártida e que é reconhecida por sua experiência no campo - já percorreu mais de 3,5 milhões de quilômetros no Planalto Antártico. A Arctic Trucks já apoiou várias expedições científicas e atividades, bem como viagens comerciais e trabalhos de Organizações Não-Governamentais (ONGs) na região.

A moto escolhida é conhecida do público brasileiro. Lançada em 2016, a Himalayan é uma moto simples e robusta, com motor monocilíndrico de 411 cm³ refrigerado a ar. Para a expedição, foram feitas modificações internas, com atualizações funcionais para a rodagem na neve e no gelo, com testes feitos na geleira Langjokull, na Islândia, que tem condições de rodagem semelhantes às da Antártida. A fase 1 dos testes foi realizada em setembro de 2020, enquanto a fase 2 foi concluída em julho de 2021.

Por exemplo, para dar maior torque na roda traseira, o pinhão da relação foi alterada de uma unidade com 15 dentes para uma com 13 dentes. Os pneus serão sem câmara e cravejados, para poder rodar com pressões muito baixas e aumentar a flutuação na neve macia, ao mesmo tempo em que proporciona tração adequada no gelo duro. As motos também ganharam um alternador mais forte, com uso de ímãs de terras raras, de modo a permitir a produção de mais corrente e a utilização de equipamentos aquecidos fora da bateria.

A marca diz também que vai limitar as emissões ao mínimo possível e que garantirá que todos os resíduos, inclusive os dos humanos, sejam trazidos de volta para o descarte adequado - de acordo com a iniciativa #LeaveEveryPlaceBetter.
Confira abaixo o vídeo sobre a expedição, que tem imagens espetaculares dos testes feitos com as motos - inclui tombos, carros incríveis, aurora boreal e muito perrengue:

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