Segundo a marca, a montagem das motos na Argentina não vai interferir nos planos da marca de ter operações fabris no Brasil. Muito pelo contrário: o fato de ter partido para a produção no país vizinho, ainda que em CKD, só fortalece a intenção da empresa de se fortalecer na América do Sul, onde Brasil, Argentina e Colômbia são vistos como mercados de grande potencial.
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A novidade também vai ao encontro da informação que obtivemos em janeiro, durante o lançamento da Interceptor e da Continetal GT 650 no país, de que a marca pretendia ter uma linha de montagem em Manaus. Esse local futuramente terá o mesmo esquema CKD, obviamente. Em solo nacional, a Royal Enfield ambiciona alcançar 5% do mercado de motocicletas médias.
O que não se sabe, ainda, é quais modelos serão feitos no Brasil. A escolha imediata ficaria entre os modelos já existentes aqui - Bullet 500 e Classic 500 em suas diferentes versões; a trail Himalayan 400 e as mais modernas Interceptor e Continental GT 650.
Em conversas de bastidores, apuramos que modelos modernizados da Classic e da Bullet na versão com motor de 350 cm³ também estão no radar. Visualmente, as 350 são muito parecidas com as 500 - praticamente só muda o motor.
Isso faria muito sentido, já que no segmento de motos customizadas ou clássicas existe uma lacuna sem modelos com motores deste tamanho e preços proporcionais. Aliás, a questão fundamental é o valor. Como as Bullet 500 custam R$ 19 mil e as Classic, de R$ 20 mil a R$ 23 mil, as 350 teriam que ficar bem abaixo disso para serem competitivas - algo em torno de R$ 15 mil a R$ 17 mil, no máximo.
Royal Enfield no Brasil pode demorar
Mas todos esses planos ainda podem demorar: a previsão da linha de montagem em Manaus era para 2021, mas a pandemia mundial da Covid-19 mexeu com os cronogramas de praticamente todas as fabricantes ao redor do mundo.Atualmente, as motos da Royal Enfield vendidas no Brasil são importadas diretamente da Índia e já chegam prontas. A montagem aqui poderia torná-las mais baratas, mas a marca já antecipou que não reduzirá tanto seus preços porque a produção local visaria apenas redução de custos e maior rentabilidade - e considera que os valores atuais são os mais competitivos possíveis.
Mudanças na Himalayan
Enquanto isso, lá na Ásia, a Himalayan chega à linha 2021. Primeiro, ganhou novas cores: passa a ser vendida também com as combinações azul com branco e vermelho com preto.Além disso, passa a ter um dispositivo que desliga o ABS do freio traseiro, o que possibilita uma tocada off-road mais radical, e aprimoramentos mecânicos que lhe adequaram à norma de emissões Euro 5 - que significa que isso poderá fazê-la permanecer em linha ainda por mais alguns anos.
O motor continua sendo o monocilíndrico de 411 cm³, 24,5 cv e 3,3 kgf.m de torque. As novidades devem chegar ao Brasil somente no ano que vem. Hoje, na linha 2020, a Himalayan custa R$ 19.400.
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