O caro leitor vê as nossas matérias aqui no WM1, mas ainda precisa usar ônibus, metrô e trem no seu dia a dia? Vida dura, né? Nada pior do que sonhar com a mobilidade independente mas, todo dia, dar de cara com a realidade dos transportes coletivos lotados e demorados.
Pois então já pode ser a hora de repensar seus conceitos. Se você já tem uma carteira de habilitação categoria "A" mofando aí no bolso, uma motoneta ou um scooter pode ser a solução. Muita gente nem pensa nisso porque acha caro e/ou perigoso. Mas muita gente já superou essas impressões e literalmente mudou de vida.
São pessoas que compraram uma motoneta ou um scooter e, hoje, saem de casa mais tarde e chegam ao trabalho mais cedo. Não precisam andar até o ponto de ônibus ou até a estação de metrô ou de trem, esperar por sua chegada, se sentir uma sardinha em lata lá dentro, seguir no irritante anda-e-para e andar mais um bocado até o local de trabalho. E, no fim do dia, fazer o percurso inverso.
Mencionamos motonetas e scooters porque são os veículos de duas rodas mais baratos e que, no trânsito urbano, são realmente viáveis - então, nesse momento, esqueça os modelos elétricos. E escolhemos três modelos da Honda, a líder disparada de vendas de motonetas, scooters e motos no país, para ilustrar essa possibilidade: Pop 110i, Biz 125 e Elite 125.
São três modelos bem diferentes entre si, e apropriados a usos algo diferentes. Mas que, no final das contas, resolvem a mobilidade urbana da mesma forma. E, curiosamente, têm preços relativamente próximos.
A Honda Pop 110i é a motoneta mais espartana. A seu favor, tem o preço acessível - custa R$ 10.080 -, a manutenção bem barata, a robustez de um trator, ser pouco visada e o baixo consumo de combustível: pode fazer até 60 km/l!
Claro que esse consumo depende do estilo de condução, da carga e dos trajetos. Mas espere sempre algo acima dos 40 km/l. O tanque pequeno, para 4,2 litros, é um dos aspectos negativos, mas você vai rodar pelo menos uns 170 quilômetros até zerá-lo. Uma distância bem aceitável para uso em mobilidade urbana, e gastando pouco no posto de combustível.
Os outros pontos negativos são a falta de espaço para levar bagagens, já que a Pop 110i não tem porta-objetos sob o banco, e o desempenho modesto - o motor é um monocilíndrico refrigerado a ar, que entrega 8,4 cv de potência e 0,9 kgfm.
O câmbio tem quatro marchas, mas a embreagem é semiautomática. É limitado? Sim, mas em âmbito urbano, onde a velocidade média não passa dos 60 km/h, já resolve. Bote um baú traseiro e seja feliz fora do ônibus, do metrô e do trem.
A Honda Biz 125, é outro tipo de motoneta. Criada especialmente para o mercado brasileiro, é um modelo que resolve absolutamente tudo no dia a dia. É mais bonitinha e confortável do que a Pop 110i, e também mais funcional: tem um bom espaço para cargas e objetos sob o banco.
Sua manutenção também é extremamente barata, e o consumo de combustível também impressiona - passa facilmente dos 50 km/l. Como o tanque pega 5 litros de combustível, você vai roda no mínimo 250 quilômetros até precisar abastecer.
O motor mono a ar é mais fortinho que o da Pop 110i: também com quatro marchas, rende 9,5 cv de potência e 1 kgfm de torque. Não é um canhão, óbvio, mas já resolve muita coisa - e é mais rápido do que um transporte coletivo "parador".
Para completar, o preço é bem interessante: R$ 12.600 na versão mais simples ES, que só bebe gasolina e tem rodas raiadas e pneus com câmara, ou R$ 15.720 na versão EX, que é flex e tem rodas de liga leve, pneus sem câmara e uma pintura mais caprichada.
Na balança de prós e contras, a Biz 125 é a que tem mais aspectos positivos dentre as três mencionadas aqui. É prática, funcional, econômica, razoavelmente confortável, pouco visada
Por fim, o Elite 125 é uma parada bem diferente: é um scooter, não uma motoneta. Quais as diferenças? Nas motonetas você precisa passar as marchas e pilota "montado" como em uma moto, com os pés apoiados em padaleiras. No scooter, você não passa marcha e vai com os pés apoiados em soleiras internas e protegidos pelo escudo dianteiro.
Aliás, essa é uma das principais vantagens dos scooters: o piloto ou pilota vai mas protegido, inclusive de chuva e poças d´água que poderiam molhar os calçados. A outra vantagem evidente está na pilotagem - afinal, basta acelerar e frear. Para completar, há um bom espaço sob o banco para bagagens e objetos, e porta-objetos no escudo dianteiro.
As desvantagens do scooter em relação às motonetas são o custo de manutenção um pouco mais caro, o fato de serem mais visados e a vulnerabilidade das rodas, que habitualmente têm aros pequenos - no caso do Elite 125, 12 polegadas na frente e 10 polegadas atrás. Na Biz 125 e na Pop 110i, aro 17 na frente e aro 14 atrás.
O motor do Elite 125 é um mono a ar, que entrega 8,2 cv de potência e 1 kgfm de torque. A transmissão é do tipo continuamente variável (CVT). O preço do modelo parte de R$ 13.880 - ou seja, no meio do caminho entre o da Pop 110i e o da versão mais cara da Biz 125.
Se você quer gastar o mínimo com aquisição e manutenção, não quer ter seu veículo visado e não faz questão de beleza, seu modelo é a Pop 110i. Se você quer um pouco mais de design e desempenho, mas ainda quer gastar pouco, vá de Biz 125 ES.
Se fizer questão de rodas de liga leve e pneus sem câmara, invista um pouco mais e pegue a Biz 125 EX. E se não quiser nem pensar em trocar marchas - só acelerar e frear -, sua solução para abandonar de vez o ônibus, o metrô e o trem é o scooter Elite 125.
Obviamente você pode comprar qualquer destes três modelos nas concessionárias Honda à vista. Os preços serão um pouco mais altos que os mencionados acima, pois ainda entram frete, seguro e emplacamento pense em cerca de R$ 1.500 a mais, pelo menos. Isso se não houve ágio cobrado pela revenda...
Já na modalidade Crédito Direto ao Consumidor (CDC), a compra pode ser feita diretamente pelo Banco Honda. O número e o valor das parcelas vai variar de acordo com a entrada. Por fim, há o Consórcio Nacional Honda. Nessa modalidade, a Pop 110i tem parcelas de R$ 188,70; a Biz 125, de R$ 235,63; e o Elite 125, de R$ 256,31.