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Teste da nova Yamaha Factor 150 UBS

Modelo mais vendido da marca ganhou sistema de freios combinados, que oferece mais segurança aos iniciantes

por Agência Infomoto

​Quem percorre diariamente a Via Dutra, no trecho entre Guarulhos e São Paulo, pode perceber a circulação de muitas vans e ônibus lotados. Segundo dados do IBGE, cerca de 120.000 pessoas fazem esse trajeto diariamente. Alguns dos passageiros desses transportes olham com ares de admiração e inveja para os motociclistas. Muitos gostariam de usar a moto para ganhar tempo e economizar dinheiro, mas têm medo de acidentes. 





Para diminuir esse sentimento, a Yamaha implantou o sistema de freios combinados na utilitária Factor 150 UBS. Além de ficar mais segura, a moto passa a atender a legislação que entrará em vigor em 2019 e exigirá que todas as motos vendidas no Brasil tenham freios combinados ou ABS (antitravamento).





O sistema que equipa a nova moto é chamado pela Yamaha de UBS (Unified Brake System, sistema de freios unificados). Cabos de aço ligam o pedal do freio traseiro ao manete do freio dianteiro. Ao pisar no freio traseiro, além de acionar as sapatas do tambor do freio, o piloto aciona a pinça do disco dianteiro. Assim, sem perceber, o piloto aciona os dois freios simultaneamente.





Em uma frenagem de emergência essa distribuição é fundamental para diminuir o espaço de frenagem e manter a estabilidade da moto. O piloto só perceberá a atuação do sistema quando estiver pisando no pedal de freio. Nesta situação o manete do freio dianteiro parece “mexer sozinho”. Não é agradável, mas é fácil de se acostumar. 





Embora seja óbvio para os pilotos mais experientes, muitos motociclistas novatos não usam o freio dianteiro por medo da moto “capotar”. Esse mito, infelizmente, é reforçado no processo de habilitação, quando alguns instrutores inibem o uso do freio dianteiro. A título de comparação, numa frenagem a 50 km/h feita apenas com o freio traseiro a moto percorre 35 metros. Com os dois freios a distância cai para 18 metros.





Luxos


Apesar de ser uma moto de entrada, o desempenho da Factor 150 UBS é satisfatório. Equipada com motor de um cilindro, 149,31 cm³ de capacidade, a Yamaha pode ser abastecida com gasolina ou etanol. O propulsor oferece 12,2 cv de potência, quando alimentado com gasolina, e 12,4 cv com etanol, na mesma faixa de giro máxima: 7.500 rpm. O torque máximo é de 1,285 kgf.m com gasolina e 1,295 kgf.m com etanol, disponível a 5.500 giros. 





Com esse desempenho é possível até viajar com ela. Na estrada consegue manter 100 km/h com facilidade e, se necessário, atinge até 120 km/h.
Na cidade, o modelo se mostrou ágil entre os carros, conseguindo largar a frente dos demais veículos. O sistema de suspensão, apesar de convencional, com dois amortecedores atrás e garfo telescópico na dianteira, absorveu os buracos do nosso asfalto. 





Se a opção for usá-la em grandes deslocamentos o piloto pode contar com o tanque com capacidade para 15,7 litros. Seu consumo é outro fator positivo por superar com facilidade os 40 km/l e percorrer mais de 500 km sem a necessidade de abastecer. 




Conclusão



Mesmo sendo uma utilitária, a nova Yamaha Factor 150 UBS oferece diversos luxos ao seu comprador. Um deles é o painel digital que traz conta-giros, marcador de marchas, relógio de horas e até a função fuel trip que informa quantos quilômetros a moto percorrerá com o combustível na reserva.


Pesando somente 126 kg (a seco), o modelo se encaixa em pequenos espaços graças a suas dimensões reduzidas. Assim, a moto torna-se mais segura e atrativa para aqueles que buscam uma saída do sufoco diário para ir aos seus compromissos. Custando R$ 8.890,00 (sem frete), o modelo traz partida elétrica, rodas de liga-leve. A crítica fica para a alça dA garupa que destoa do modelo e remete à primeira versão da YBR (aquela lançada em março do ano 2000) que usava a mesma peça.


Voltando ao cotidiano da Via Dutra, seria muito bom para todos que a nova Factor 150 UBS fosse um impulso para quem deseja trocar o aperto do ônibus pela liberdade e a economia da motocicleta.



Ficha Técnica



Motor: Monocilíndrico, 149,31 cm³, OHC, duas válvulas, refrigerado a ar
Potência máxima: 12,2 cv a 7.500 rpm (gasolina) / 12,4 cv a 7.500 rpm (etanol)
Torque máximo:1,285 kgf.m a 5.500 rpm (gasolina) / 1,295 kgf.m a 5.500 rpm
Câmbio: Cinco marchas 
Alimentação: Injeção eletrônica.
Quadro: Tipo Diamante em aço
Suspensão dianteira: Garfo telescópico com 120 mm de curso
Suspensão traseira: Balança com dois amortecedores e 120 mm de curso
Freio dianteiro: Disco de 245 mm de diâmetro
Freio traseiro: Tambor com 130 mm de diâmetro
Pneus: 2.75 / 18 (diant.) 90/90 -18 (tras.)
Comprimento: 2.015 mm 
Largura: 735 mm 
Altura: 1.085 mm 
Entre Eixos: 1.325 mm 
Altura do assento: 785 mm
Tanque: 15,7 litros
Peso a seco: 126 kg
Preço:  R$ 8.890
Cores: vermelho, preto e branco


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