Valentino Rossi, um dos maiores vencedores da categoria máxima de motovelocidade, o Moto GP, anunciou nesta quinta-feira (5), que vai se aposentar das pistas no fim da temporada deste ano. O piloto revelou a decisão durante uma coletiva de imprensa realizada como parte dos preparativos do Grande Prêmio da Estíria, na Áustria.

Apesar dos rumores de que Rossi poderia vir a correr por uma equipe própria - a VR46, em parceria com a Ducati -, a aposentadoria era uma hipótese bastante esperada no circo da MotoGP, ainda mais com os resultados pouco entusiasmantes obtidos pelo piloto nas provas deste ano.
O piloto marcou apenas 17 pontos em 19 corridas e sua melhor chegada foi o 10º lugar em Mugello. No ano passado, Rossi terminou o campeonato na 15ª posição - vale lembrar que perdeu algumas corrias por estar com covid-19.
Ao fim deste ano, Rossi terá completado 26 temporadas em competições. Nesse período, conquistou os títulos nas categorias 125, 250, 500 e MotoGP - nesta, seis vezes. Rossi também é o segundo maior vencedor de todos os tempos, com 115 vitórias (a última foi em Assen, na Holanda, em 2017).
Só o conterrâneo Giácomo Agostino tem mais vitórias (122). Rossi, porém, tem mais pódios na carreira, 235, além de 65 pole positions e 96 voltas mais rápidas. O italiano do capacete colorido teve passagens pelas equipes Aprilia, nas categorias inferiores, e no MotoGP, e passou também por Honda, Yamaha e Ducati.
Outros aspectos relevantes na carreira do piloto são as vitórias consecutivas por equipes diferentes - ele encerrou a temporada 2003 com vitória no GP de Valencia, na Espanha, com uma Honda, e depois venceu a primeira prova de 2004, em Welkom, na África do Sul, com uma Yamaha.
Ao longo de sua carreira, Valentino Rossi teve momentos históricos de rivalidade com vários pilotos - Sete Gibernau, Max Biaggi, Jorge Lorenzo, Casey Stoner e, mais recentemente Marc Márquez.
Apesar de não conseguir chegar a um 10º título na carreira, Rossi ainda é competitivo: terminou os campeonatos de 2013 a 2018 entre os "top five". Ele tem vencido outros pilotos da Yamaha e, segundo ele mesmo, vinha "se divertindo".
Agora, aos 42 anos, continua muito rápido, mas o ritmo geral na categoria aumentou. Ao que parece, o principal problema para o piloto italiano tem sido se adaptar às especificações mais recentes dos pneus Michelin.
De toda forma, o sucesso de Valentino Rossi como piloto, ídolo e pessoa carismática jamais poderá ser esquecido ou subestimado. Rossi conseguiu, entre outros feitos, popularizar o MotoGP - as pessoas passaram a ver as provas da categoria para acompanhar o piloto de jeito irreverente, cabelos encaracolados e suprema competência ao guidão.
Mas Rossi não vai se despedir totalmente. Ele ainda estará no circo do MotoGP, para acompanhar os trabalhos de sua equipe - a Aramco Racing Team VR46 - e seu irmão Luca Marini, além das atividades com a VR46 Academy, por onde passaram pilotos hoje conhecidos como Franco Morbidelli, Francesco Bagnaia e o próprio Marini.



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