O caro leitor viu ontem, aqui no WM1, que a Yamaha apresentou nada menos que oito novidades para seu lineup 2025. As renovações contemplaram os modelos Factor 150, Fazer FZ15, Fazer FZ25, XTZ 250 Lander, NMax 160, XMax 250 e o inédito scooter elétrico Neo's.
O número de novidades apresentadas de uma vez só certamente impressionou muita gente, já que a Yamaha carrega consigo - no Brasil, que fique bem claro - o estigma de ser "lenta" na renovação de seus modelos e no lançamento de novidades.

Em sua história recente, por exemplo, a "novela" da Ténéré 700, também conhecida como T7, é um exemplo. A moto foi lançada lá fora em 2019 e somente este ano a Yamaha anunciou que será vendida no mercado brasileiro - mas isso somente no ano que vem.
Sim, a Yamaha é lenta por aqui. Mas, ao contrário do que muita gente imagina, isso não se reflete em suas vendas. Com motos reconhecidamente robustas, fama de marca confiável e uma rede de concessionários de bom porte, a marca viu seus números crescerem nos últimos anos.
No ano passado, a Yamaha vendeu no mercado brasileiro 284.183 scooters, motonetas e motocicletas. Esse volume representou um crescimento de expressivos 28% em relação às 222.202 unidades entregues em 2022. E para este ano estão previstas 335.814 unidades, o que representaria um incremento de 18% sobre 2023. São números significativos.
Quer mais? Quando pegamos números de longuíssimo prazo, a Yamaha deixa para trás todas as outras marcas presentes no país - inclusive a líder Honda. De 2016 para 2024, as vendas da Yamaha cresceram nada menos que 311%, contra 180% da Honda. No mesmo período, só quem encostou na japonesa foi a Triumph, que cresceu 296% - mas, obviamente, com volumes muito menores.
Outro número interessante é o crescimento no número de concessionários Yamaha. A marca deverá fechar este ano com 597 pontos de venda. Um aumento razoável em relação aos 559 que tinha no final de 2023 e um pouco mais expressivo frente aos 519 de 2022.
É fato que o mercado brasileiro de motocicletas cresceu nos últimos anos e, por consequência, todas as marcas viram suas vendas aumentarem. Mas quando vemos a participação por marca, que é o que interessa, novamente a Yamaha se destaca: detinha 14,3% de market share em 2019 e hoje, cinco anos depois, é dona de 17,9% - mesmo com uma pandemia no meio do caminho. A Honda, líder, viu sua participação cair de 79% para 66,2%.
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É claro que a entrada de novas marcas e o crescimento de algumas que já estavam no país nesse período também contribuiu para que a participação da Honda diminuísse - um caso surpreendente é a Shineray, marca que nem produz em Manaus (AM) com isenções fiscais e já se tornou a terceira maior do país.
Mas vale destacar que os volumes de vendas da Honda não diminuíram. O que ocorreu é que o o mercado ficou mais pulverizado, mais dividido. Só que nessa divisão a Yamaha viu sua fatia da pizza crescer mais do que as fatias das concorrentes.
Com a chegada da linha renovada, há grandes chances de os números da Yamaha crescerem ainda mais no ano que vem. Os modelos ganharam design mais elaborado, incremento na tecnologia e, ainda que os motores não tenham mudado, as novidades deverão impulsionar as vendas da Yamaha. Isso sem levar em conta novidades que ainda deverão aparecer no ano que vem. Aguardemos.
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