Yamaha dá os aprontos finais em uma nova R7

Sucessora da R6, esportiva não terá motor quatro-em-linha, mas o mesmo bicilíndrico da MT-07 para ter preço competitivo

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Roberto Dutra
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A Yamaha dá os aprontos finais a uma novidade que pode interessar muito ao mercado brasileiro. Segundo documentos registrados pela Yamaha no California Air Resources Board (CARB), órgão de controle de emissões de lá, está para ser lançada uma nova YZF-R7 - modelo esportivo da mesma família da extinta YZF-R6 e da sempre cobiçada YZF-R1.

A diferença desta R7 para as outras integrantes da família - inclusive a antecessora R6 - é que seu motor não terá quatro cilindros em linha, mas o mesmo bicilíndrico de 689 cm³ usado na MT-07.

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Embora possa parecer estranho - essas esportivas quase sempre têm motores quatro-em-linha -, a ideia é reforçar a presença no segmento das esportivas de média cilindrada do mercado americano com um preço atraente. Afinal, as bicilíndricas usam menos peças e têm montagem mais simples. Com menor custo de produção, chegam ao consumidor por valores menores.

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A beleza da versão "de rua" da R7 de competição: faróis pequenos, carenagem integral e banco monoposto
Crédito: Divulgação
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Para o mercado brasileiro a notícia é interessante por vários motivos. Aqui a Yamaha não tem uma esportiva média, os modelos disponíveis para esse segmento são poucos e, se fosse montada no Brasil, compartilharia componentes e logística com a MT-07, que já é feita em Manaus (AM) - o que poderia gerar um preço atraente.

E o desempenho?

Sempre se pode argumentar que, com dois cilindros, o desempenho de uma moto destas não será a mesma coisa do proporcionado pelos modelos com motores maiores. Sim, é fato. Mas atualmente essa distância não é tão grande e fatores como custo e emissões se tornaram extremamente preponderantes.

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O painel da versão "de rua": layout com conta-giros analógico e velocímetro digital era novidade nos anos 90
Crédito: Reprodução
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A própria MT-07 é um bom exemplo: é uma bicilíndrica com 74,8 cv de potência e 8,3 kgf.m de torque para seus 183 quilos, enquanto o quatro-em-linha da rival CB 650R Neo Sports Café, por exemplo, rende 88,4 cv e 6,13 kgf.m para 191 quilos de peso. Ou seja, a moto da Honda certamente terá velocidade final superior. Porém, como tem menos torque e mais peso, a moto da Yamaha arranca na frente.

Resultado: como quem busca esportivas nessa faixa de cilindrada costuma priorizar as acelerações, a Yamaha R7 poderá atender a seus anseios. E, no degrau acima, quem busca velocidade final vai atrás das esportivas ou naked de alta cilindrada.

Uma pitada de história

A Yamaha R7 original tinha motor de quatro cilindros e 750 cm³. Foi uma série especial criada em 1998 para permitir a homologação de um modelo de competição, desenvolvido especialmente para brigar com as V-Twins cada vez mais presentes no Campeonato Mundial de Superbike - então na temporada de 1999.

Já a R7 "de rua" tinha 106 cv de potência a 11.000 rpm e torque de 7,4 kgf.m a 9.000 rpm. As suspensões eram Öhlins, sendo as dianteiras invertidas e a traseira bichoque com piggy-back (reservatórios de gás pressurizado) e ajustes na pré-carga, compressão e retorno. Pesava 176 quilos a seco e chegava à velocidade máxima de 278 km/h.

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A R7 de competição: peso aliviado e alto desempenho para fazer frente às V-Twins, então na moda
Crédito: Divulgação
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Vale destacar que a nova R7 não será apenas uma MT-07 carenada. É provável que tenha muitos componentes próprios ou bem modificados, como chassi, suspensões, freios, rodas e mapeamento eletrônico - este, inclusive, poderá elevar a potência do motor para encostar nos 90 cv. A moto deverá ser lançada nos Estados Unidos ainda este ano, mas já como linha 2022.

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