O canal de notícias da Webmotors

Yamaha R15: para quem essa moto é boa opção

A pequena esportiva tem conjunto afinado, ótimas especificações e um custo/benefício imbatível dentro de sua proposta

por Roberto Dutra

A Yamaha YZF-R15 ABS foi apresentada no Festival Interlagos, no meio do ano, com primeiro lote previsto para chegar no segundo semestre. Pois chegou, e foi todo vendido por reservas on-line. O segundo lote chegará em janeiro de 2024, e aí a moto poderá ser comprada nas concessionárias da marca ou online, no site da Yamaha.
É uma boa hora para reavaliarmos essa pequena esportiva que causou sensação quando foi lançada. O modelo inaugurou uma nova categoria, a "sportfun", dentro do segmento de baixa cilindrada. E esse nome de fantasia diz muita coisa sobre sua proposta e, por consequência, para quem essa moto é uma boa opção.

A maioria das motos de baixa cilindrada vendidas no mercado brasileiro têm dois destinos: mobilidade urbana no dia a dia ou virar ferramenta de trabalho, seja como mototáxi ou para entregas de delivery. A R15 só se aplica ao primeiro caso: é uma boa opção para quem deseja uma moto pequena, ágil, econômica - e, nesse caso, mais moderna que todas as outras - para se locomover. Mas não tem utilidade para quem vai levar garupa com frequência (conforto ali não é seu forte) ou, no mesmo lugar, baú ou mochilão de entregas (vai estragar a bonita rabetinha da moto).
Se você busca uma moto para o dia a dia, mas não quer uma Honda CG 160, uma Yamaha Fazer 150 ou similares, e ao mesmo tempo curte o estilo esportivo e busca algo realmente moderno e prático - e não está afim de gastar uma fortuna para ter isso tudo -, a R15 deve entrar no seu radar.

Objetivamente, vamos aos fatos: a moto tem design bonito, concepção moderna, especificações acima da média e preço muito interessante. A R15 usa quadro Deltabox, coisa mais comum em modelos médios e grandes. O motor é monocilíndrico como em toas as motos pequenas, mas tem 155 cm³, refrigeração líquida e comando de válvulas variável (VVA) - três aspectos nada comuns em motos de baixa cilindrada.
A potência máxima de 18,8 cv a 10.000 rpm também e o torque de 1,5 kgf.m a 8.500 rpm também estão acima da média. Some a isso câmbio de seis marchas - na maioria absoluta das pequenas, são cinco marchas -, e embreagem assistida e deslizante, outro item nada comum no segmento. Para quem não sabe, é o sistema que pede pouco esforço no acionamento e evita o travamento da roda traseira nas frenagens bruscas.

Quer mais? O painel multifunção é uma telinha de LCD, com iluminação de led e fundo branco. Até aí, relativamente comum. Mas é mais completo que o habitual: tem conta-giros, medidor de combustível, indicador de marcha, indicador VVA (que mostra quando o sistema privilegia o funcionamento esportivo), indicadores de velocidade média, de consumo instantâneo e de média de consumo, velocímetro, hodômetros total e dois parciais, fuel trip (quilometragem percorrida na reserva), relógio, luzes-espia, alerta de temperatura do motor, alerta de funcionamento do ABS e luz de advertência do motor.
Ali acima dele, a moto também tem shift-light, uma luzinha que avisa o melhor momento para a troca das marchas e que normalmente só existe em esportivas de média e alta cilindrada. As suspensões, por sua vez, são convencionais, com bengalas telescópicas na frente e monochoque com link na traseira.

Já os pneus 100/80 R17 na frente e 140/70 R17 atrás são mais largos do que habitualmente vemos no segmento de baixa cilindrada, assim como os freios a disco com ABS (282 mm na frente e 220 mm atrás) nas duas rodas, que são de liga leve com 10 raios e usam pneus sem câmara.
O design remete ao de motos de maior cilindrada da linha de esportivas da Yamaha. A aerodinâmica foi desenvolvida em túnel de vento, e sobressai o duto frontal de entrada de ar em forma de "M", inspirado no da Yamaha YZF-M1 do MotoGP. Acima dele e dos faróis há até um espaço para a aplicação de numeração, para quem quiser enfeitar a moto como se fosse um autêntico modelo de corrida.


A lanterna traseira, a luz de posição e o farol são de LED, enquanto o tanque pega razoáveis 11 litros - sendo uma esportiva e tendo que obedecer a um design coerente com essa proposta, não haveria mesmo jeito de ter um tanque mais arredondado e, por consequência, maior.Pois tudo isso custa R$ 18.990, sem frete e seguro. É pouca coisa a mais que os R$ 16.760 de uma Honda CG 160 Titan, que tem especificações inferiores. Ok, a CG tem outra proposta e não precisa de muita coisa que a R15 tem. Mas a diferença de preços é bem pequena. E se pegarmos outras motos de baixa cilindrada do mercado com especificações um degrau acima, como a própria Yamaha FZ15, de R$ 18.590, vemos que o preço da R15 é tentador.
Oferta Relacionada: Marca:YAMAHA Modelo:FZ25-FAZER-ABS
Uma outra boa opção a se pensar nessa faixa é a Dafra Apache RTR 200 ABS, que tem motor maior, é um pouco mais potente, também tem especificações bacanas (até painel conectável e com dois modos de condução) e custa R$ 18.990. Mas o número de concessionários infinitamente menor e a tecnologia da Yamaha obviamente é superior.

Naturalmente o desempenho da R15, com seus 18 pocotós, não chega a impressionar. Mas é coerente com o porte da moto, supera os das rivais da mesma faixa de cilindrada e garante certo status. Então, no segmento de motos de baixa cilindrada que não voltadas para trabalho, o custo/benefício da R15 é imbatível.

Comentários

Carregar mais