O segmento de motos custom no mercado brasileiro é pequeno: responde por menos de 1% das vendas totais de motos. É uma pena, pois nós, do WM1, curtimos as estradeiras (sem desfazer dos outros estilos!).
Por isso mesmo há poucos modelos zero-quilômetro nas linhas das principais marcas. E também por isso as principais marcas presentes no país não investem em motos custom. Mas isso mudará em breve: a Royal Enfield já confirmou que a Super Meteor 650 será vendida no Brasil, e a Kawasaki Eliminator 400 também está bem cotada.
Então nós imaginamos um metaverso do mercado brasileiro de motocicletas, onde as custom são mais prestigiadas e menos caras. E listamos cinco modelos que gostaríamos de ter por aqui.
Incluímos um modelo confirmadíssimo, um na fase de rumores, um que já rodou por nossas estradas e deixou saudades, um que chegou a ser cogitado, mas jamais veio, e um último que também chegou a ser fortemente cogitado, mas que, para nossa tristeza, até já saiu de linha em sua terra natal. Pena, pois temos certeza que, se tivesse vindo para o Brasil, teria abalado os alicerces do segmento custom por aqui.
1. Kawasaki Eliminator 400
Uma das grandes questões da existência humana no segmento de motos custom do mercado brasileiro é se a Eliminator 400 será vendida por aqui. A outra é se a primeira aparição será na semana que vem, no festival Interlagos. Rumores são conta, mas não há absolutamente nada confirmado.
Enquanto isso vamos sonhando com a custom que usa o mesmo motor da Ninja 400 e da Z400 - um bicilíndrico de 399 cm³ que rende até 48 cv de potência a 10.000 rpm com torque de 3,9 kgf.m a 8.000 rpm. Aliás, vale destacar que isso é um facilitador industrial e logístico.
Nos Estados Unidos, custa o equivalente a R$ 33 mil. Aqui, pra ser competitiva, não poderia passar dos R$ 40 mil - e apostamos em uns R$ 35 mil, mesma faixa das outras "400" da marca.
2. Royal Enfield Super Meteor 650
A Royal Enfield Super Meteor 650 foi lançada na Índia em janeiro deste ano. Chegou por lá em três versões - Astral, Interstellar e Celestial e logo gerou fila na porta.
Fontes ligadas à marca no Brasil já nos disseram que a moto chegará aqui ainda este ano, mas já como linha 2024. Ou seja, é coisa para o fim do segundo semestre.
Usa o mesmo motor das "twins" Interceptor e Continental GT, um bicilíndrico refrigerado a ar que, nas especificações para o Brasil, rende 47 cv de potência e 5,2 kgf.m de torque. Hoje, seu preço ficaria na casa dos R$ 35 mil.
3. Honda Shadow 750
Quem não lembra da Honda Shadow 750, modelo de média cilindrada bastante popular no segmento custom pela confiabilidade e custo/benefício em sua época?
O modelo saiu de linha no Brasil em 2014 porque não iria mais atender à legislação de emissões e também pela forte queda nas vendas, impactadas pela concorrência da Harley-Davidson Iron 883 na época.
Mas a saudosa Shadow continua existindo nos Estados Unidos, nas versões Phantom e Aero, cujos preços fica na faixa dos R$ 40 mil a R$ 42 mil por lá. Se o segmento custom fosse mais rentável no Brasil, talvez a Honda fuçasse o motor para atender à legislação de emissões daqui e trouxesse a moto de volta.
4. Yamaha Bolt 950
A forçuda Yamaha Bolt 950 é vendida nos Estados Unidos, onde custa o equivalente a R$ 44 mil. O motor V2 de 942 cm³ é uma versão aprimorada do usado na Midnight 950, que fo vendida no Brasil.
Na Bolt, rende superiores 65 cv de potência e ótimos 8 kgf.m de torque (53 cv e 7,8 kgf.m na Midnight). Chegou a ser cogitada para o mercado brasileiro, mas infelizmente nunca esteve nem perto de vir.
5. Harley-Davidson Street 500
Com motor V2 de 491 cm³, estimados 45 cv e 4,2 kgf.m de torque, a Harley-Davidson Street 500 foi lançada junto com uma irmã um pouco maior, a Street 750, em 2013.
Foi criada para ser vendida inicialmente na Índia e em outros mercados asiáticos. Depois, acabou chegando ao próprio mercado americano. E foi cogitadíssima para o Brasil, onde na época a marca ianque estava bombando.
Se tivesse vindo, certamente haveria fila na porta das concessionárias H-D brasileiras como nunca antes. Mas o projeto foi cancelado devido à séria crise econômica que abateu o país na sequência. A Street 500 saiu de linha na Índia em 2020, e nos Estados Unidos em 2021.



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