Para relembrar alguns desses modelos, listamos abaixo sete clássicos nacionais que foram importantes na trajetória da nossa indústria e que ainda despertam sentimentos quando são vistos nas ruas.
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Carros clássicos nacionais
1 – DKW Vemaguet
Nada mais justo do que começar a lista pelo primeiro automóvel produzido no Brasil. A perua Vemaguet estreou por aqui em novembro de 1956, quando a Vemag (Veículos e Máquinas Agrícolas) passou a produzi-la em São Paulo sob licença da alemã DKW.
Apesar de ter sido lançada dois meses antes da Vemaguet, a pequena Romi-Isetta perdeu o título de primeiro carro nacional por não ter sido enquadrada como automóvel pelo governo por ter apenas uma porta e só levar três ocupantes.
Originalmente chamada de Universal F-91, a Vemaguet era equipada com um motor dois tempos 1.0 litro de três cilindros, lubrificado por óleo misturado à gasolina.
Além da Vemaguet, a Vemag também comercializou no Brasil o sedã Belcar, o cupê Fissore e o jipe Candango. A mecânica DKW também foi aproveitada no cupê esportivo GT Malzoni - que mais tarde daria origem ao Puma.
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2 – Volkswagen Kombi
Diferentemente do que muita gente pensa, o Fusca não foi o primeiro Volkswagen a ser vendido no Brasil. A Kombi chegou ao país em 1953 (seis anos antes do Fusca), quando começou a ser montada pela Brasmotor no bairro do Ipiranga, em São Paulo, com peças importadas da Alemanha. Com tanta história se tornou um dos carros clássicos da nossa indústria, e até do mundo.
Em 1957, a Kombi tinha 50% de peças feitas no Brasil e a sua produção já era realizada na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP).
Ao longo de sua trajetória, a Kombi brasileira sofreu diversas modificações e ganhou diferentes versões, como a rara variante de seis portas.
A última mudança relevante foi em 2006, com a introdução do motor 1.4 flex de refrigeração líquida no lugar do antigo boxer arrefecido a ar, para atender as novas normas de emissões.
A Kombi foi descontinuada no final de 2013, após 56 anos de produção ininterrupta, por não ser capaz de atender a nova lei que obriga todos os veículos novos a saírem de fábrica com airbags frontais e freios com ABS.
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3 – Volkswagen Fusca
O primeiro Fusca fabricado no Brasil com peças nacionais saiu da linha de montagem da antiga fábrica da Volkswagen no bairro do Ipiranga, em São Paulo, no dia 3 de janeiro de 1959. Pouco mais de 8 mil unidades foram produzidas naquele ano. Nascia um dos carros clássicos mais cultuados no território nacional.
Antes da nacionalização, entre 1953 e 1958, pouco mais de 2.200 Fuscas foram montados no Ipiranga com peças importadas da Alemanha. Na época, a escassez de fornecedores de componentes era o grande desafio da Volkswagen para atingir os 54% de grau de nacionalização exigidos por lei.
Desde então, o Fusca fez parte da história de milhões de brasileiros. Foram cerca de 3,3 milhões de unidades produzidas no Brasil entre 1959 e 1986, marca que o colocou na liderança do mercado nacional durante 24 anos. O posto de carro preferido dos brasileiros foi perdido para o Gol somente em 1987.
A fabricação do Fusca em São Bernardo do Campo (SP) chegou a ser retomada, entre 1993 e 1996, a pedido do então presidente da República Itamar Franco. Mas o “Fusca Itamar” não fez o sucesso esperado devido à concorrência de modelos mais modernos e com preços mais competitivos.
Mundialmente, o Fusca vendeu mais de 21,5 milhões de exemplares. O México foi o último país a encerrar a fabricação do modelo, na planta de Puebla, em 2003.
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4 – Chevrolet Opala
O Chevrolet Opala saiu de linha há quase 30 anos, mas ainda é um dos carros mais cultuados no Brasil. Lançado no dia 19 de novembro de 1968, o clássico mudou para sempre a indústria automobilística nacional e a trajetória da General Motors, que até então só comercializava no país caminhões e utilitários.
Batizado com o nome da pedra preciosa, o Opala é sempre lembrado quando se fala em carros que combinam conforto, luxo e potência.
A General Motors do Brasil demorou dois anos e meio para desenvolver o seu primeiro automóvel de passeio. A empresa tomou como base o Opel Olimpico, versão mexicana do Opel Rekord alemão, para dar origem ao sedã. O estilo e as motorizações do carro brasileiro foram herdados do Chevrolet Impala norte-americano.
Daí o rumor de o nome Opala ser uma junção das palavras Opel e Impala.
O primeiro encontro do Opala com o público foi no Salão do Automóvel de São Paulo de 1968, então sediado no Parque do Ibirapuera. Na época, foi apresentada apenas a variante sedã de quatro portas, nas versões Standard e Luxo, com opção das motorizações a gasolina de 2.5 litros de quatro cilindros (80 cv de potência) e 3.8 litros de seis cilindros (125 cv). A transmissão era manual de três marchas com alavanca na coluna de direção.
A variante cupê (duas portas) foi apresentada em 1971 junto com as primeiras mudanças visuais e a desejada versão esportiva SS. A perua Caravan foi lançada somente em 1974, ano em que a linha Opala passaria por mais uma reestilização.
Após algumas atualizações visuais e de equipamentos (como a adoção do câmbio automático de quatro marchas da ZF compartilhado com modelos da BMW e da Jaguar), o Opala começava a mostrar os sinais da idade diante de concorrentes importados e mais modernos. A despedida foi em 1992, com uma série especial limitada em cem unidades. Opala e Caravan foram substituídos pela dupla Omega e Suprema.
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5 – Ford Maverick
O Maverick foi a resposta da Ford para tentar frear o sucesso do Opala em nosso mercado. O cupê, desenvolvido nos Estados Unidos como opção mais barata que o Mustang, foi fabricado no Brasil entre 1973 e 1979.
O modelo da Ford tinha as versões Luxo e Super Luxo, mas foi a esportiva GT que arrebatou o coração dos fãs do Maverick e transformou o modelo em um dos carros clássicos da história automotiva brasileira. Além do belo desenho, o motor 302 V8 de 197 cv de potência, combinado à tração traseira, fazia do modelo um legítimo muscle car nacional.
Para a tristeza dos entusiastas, a crise do petróleo dos anos seguintes obrigou a Ford a criar uma versão equipada com um motor de quatro cilindros cujo desempenho anêmico em nada combinava com o caráter esportivo do Maverick.
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6 – Ford Escort XR3
O Escort foi o primeiro carro mundial da Ford a ser vendido no Brasil. O modelo estreou em nosso mercado em 1983, já em sua terceira geração, para concorrer com o Chevrolet Chevette e o Volkswagen Passat. Foi comercializado nas versões L, GL e na sofisticada Ghia.
No entanto, a que tornaria o Escort o sonho de consumo de uma geração e um dos carros clássicos do Brasil foi a XR3, que tinha visual esportivo, incrementado por um par de faróis auxiliares no para-choque dianteiro, aerofólio traseiro, bancos mais envolventes, teto solar e rodas de liga leve. Em 1984, o XR3 conversível chegava ao mercado para consagrar de vez o modelo.
Uma pena que o motor CHT 1.6 de 83 cv não entregava desempenho dos mais empolgantes. Nos anos seguintes, o Escort XR3 mudaria de geração e passava a ser equipado com o motorização AP de origem Volkswagen, que proporcionava uma performance mais condizente com o seu visual.
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7 – Volkswagen Gol GTI
O Gol liderou o mercado brasileiro durante 24 anos e até hoje ostenta a marca de carro mais vendido do país, com mais de 8 milhões de unidades produzidas, somadas as três gerações.
Embora seja tão popular, o Gol se tornou objeto de desejo de colecionadores e um dos carros clássicos da indústria automotiva brasileira nos últimos anos. A versão GTI, lançada em 1989, foi o primeiro carro nacional original de fábrica com injeção eletrônica de combustível. O modelo era equipado com o motor AP 2.0 de 120 cv herdado do Santana.
Apesar da primazia do então novo sistema de alimentação do motor, o Gol GTI se tornou um ícone pelo visual dotado de pintura em duas cores, faróis auxiliares, bancos esportivos Recaro, aerofólio traseiro, lanternas escurecidas e pacote de equipamentos mais recheado.
Atualmente, um Gol GTI de primeira geração (quadrada) em bom estado de conservação e alto nível de originalidade é comercializado facilmente por mais de R$ 100 mil.
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