As 51 mil unidades do 911 comercializadas mundialmente em 2024 comprovam que se trata de carro esporte (não confundir com esportivo) de alto prestígio e entre os mais vendidos. Chega ao Brasil a nova geração 2026 com incursões na hibridização de alto nível.
As mudanças estéticas mantêm-se discretas: para-choques dianteiro e traseiro, lanterna traseira, novas rodas (20 polegadas na frente e 21 polegadas atrás) e entradas de ar dianteiras. Faróis LED Matrix, em boa hora, têm apenas dois blocos de iluminação, em vez de quatro.
No interior, o quadro clássico com até cinco instrumentos digitais circulares configuráveis (conta-giros sempre central) permite, agora, visibilidade total sem obstrução dos raios do volante. E a partida do motor, mudada para botão, manteve-se no lado esquerdo do painel.
A maior novidade mecânica é hibridização plena do Carrera GTS. Um motor elétrico entre compressor e rotor da turbina acelera instantaneamente o turbocompressor. Dispensa válvula de alívio e permite o uso de apenas uma turbina. O motor elétrico também funciona como gerador com 11 kW (15 cv) de potência. Há ainda outro motor elétrico, no câmbio automático, que aumenta a potência em 40 kW (54,6 cv).
Impressionam a potência e o torque combinados: 541 cv e 62,2 kgf·m. E aceleração de zero a 100 km/h em exatos 3 segundos.
O Carrera T traz a clássica caixa de câmbio manual de seis marchas de série e o motor biturbo, de 3.0 litros, 401 cv (ganho de 5 cv com gasolina premium brasileira) e 45,9 kgf·m. Aceleração zero a 100 km/h em 4,5 segundos, com o opcional Sport Chrono.
A Porsche, assim, atende a todos os clientes, mesmo tendo em conta que o câmbio automático de dupla embreagem é mais rápido (0,5 segundo) pelo mesmo preço. Esta versão inclui suspensão rebaixada em 1 cm, vidros finos, menos isolamento acústico, escapamento mais livre, eixo traseiro direcional e suspensão ativa.
No autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu (SP), em cada volta, em todas as quatro versões, o 911 impressionou pela precisão da direção, resposta sublime do motor, potência extraordinária dos freios e comportamento impecável em todos os tipos de curva. Sem sustos, sem surpresas. Além da caixa de câmbio manual, com incrível precisão de engates. Preços: R$ 930 mil a R$ 1.467.000.
Honda prepara lançamento do novo WR-V
Está confirmada a volta do WR-V, em novembro próximo, com destaque no estande da Honda, no Salão do Automóvel de São Paulo. Mas o novo modelo pode ser lançado um pouco antes e só herdou o nome do anterior WR-V (derivado do Fit), pois se trata do novo SUV compacto da marca japonesa com preço médio estimado na faixa de R$ 135 mil.Trata-se de um produto fundamental para completar a gama de oferta no Brasil. Será menor que o HR-V e integra o investimento de R$ 4,2 bilhões até 2030. Como já é conhecido no exterior (Japão e Índia), as dimensões também são: 4,31 m de comprimento, 2,65 m de entre-eixos, 1,79 m de largura, 1,65 m e altura e porta-malas para 458 litros.
O motor será o mesmo flex aqui produzido, de 1.5 litro, 126 cv (etanol ou gasolina) e 15,8 kgf·m (etanol)/15,5 kgf·m (gasolina) com câmbio automático CVT. Além das versões EX e EXL, não se descarta uma variante topo de linha Touring. Seria um híbrido pleno, que já existe no exterior e também deverá ser fabricado no Brasil.
Já no cenário internacional, a Honda mostrou um posicionamento claro por parte de seu principal executivo, Toshihiro Mibe, numa entrevista em Tóquio, no último dia 20: "Devido à recente desaceleração do mercado, a expectativa é que a taxa de vendas de veículos elétricos da Honda, em 2030, fique abaixo da meta previamente anunciada de 30%. Assim, estamos reavaliando estratégias, incluindo planos para a linha de produtos elétricos e cronograma de investimentos".
As declarações tiveram repercussões em todo o mundo, já que a empresa reconheceu que modelos híbridos estão mais perto da realidade de médio prazo do que os 100% elétricos. Não é surpresa. Basta ver as recentes estatísticas mundiais de vendas, mesmo na China, onde os elétricos têm boa aceitação
Citroën: um milhão de veículos fabricados no País
Inaugurada em 2001 com o Xsara Picasso, em Porto Real (RJ), a primeira fábrica da então PSA (Peugeot Société Anonyme) comemorou um milhão de unidades produzidas da Citroën. O modelo escolhido para este marco foi o SUV cupê Basalt.Do mesmo local saíram mais 800 mil veículos Peugeot, agora fabricados (208 e 2008) apenas na Argentina, em El Palomar. Deste total, cerca de 400 mil veículos das duas marcas foram exportados para a América Latina.
A unidade fluminense integrou-se à Stellantis em 2021 e, apesar de produzir três modelos Citroën (C3, Aircross e Basalt), tudo indica que terá pelo menos mais um produto. Emanuele Cappellano, presidente do conglomerado na América do Sul, até destaca a aptidão multimarca da fábrica, mas por enquanto nada revela: "Em breve, comunicaremos novidades em produtos. Também estamos ansiosos em poder falar", afirmou no evento em Porto Real.
Apesar de o Jeep Avenger ter sido formalmente exibido na comemoração dos 10 anos da fábrica de Goiana (PE), tudo indica que o local de produção no Brasil deverá ser mesmo Porto Real. Sua arquitetura CMP é a mesma dos atuais três produtos acima citados.
Pulse já é modelo 2026, mas ainda sem preço
O SUV compacto da Fiat, agora em cinco versões, recebeu o para-choque dianteiro do Pulse Abarth como principal diferença externa, destacando-se neste apliques laterais e entradas de ar. Na versão de entrada, o câmbio passa a ser manual de cinco marchas (para ter preço menor), mas também elegível o automático.O motor continua o mesmo de aspiração natural, 1.332 cm³, 107 cv (etanol)/98 cv (gasolina) e 13,6 kgfm (etanol)/13,1 kgf·m (gasolina). Há também o Pulse Turbo 200 com câmbio automático CVT de sete marchas fixas e motor de 999 cm³, 130 cv (etanol)/125 cv (gasolina) e 20,4 kgfm (e/g).
As versões Audace e Impetus mantêm o turbo de 1.0 litro e o sistema micro-híbrido (também conhecido como alternador reversível em motor de arranque). Com a ajuda de uma bateria extra de íons de lítio (12 Volts e 11 Ampéres) sob o banco do motorista, o sistema liga-desliga do motor é silencioso e dá um pequeno impulso para retirar o carro da inércia, pois a potência extra se limita a 3 kW (4 cv).
A versão Abarth do Pulse 2026 chegará um pouco mais adiante. Os preços do ano-modelo 2026 só serão conhecidos no fim de maio. A Fiat deve esperar o posicionamento de mercado do SUV compacto Volkswagen Tera, a ser revelado em 25 de maio, para decidir sua estratégia comercial.
Maio Amarelo 2025: segurança questão de conscientizar
Campanha criada pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), uma instituição social sem fins lucrativos, o Maio Amarelo nasceu em 2014 com a proposta de chamar atenção da sociedade para a alta taxa de mortes e feridos no trânsito ao redor do mundo.A cada ano são 1,19 milhão de mortos, sendo 50% de vulneráveis, 92% de rendas média e baixa, perfil predominante das vítimas com idade entre 5 e 29 anos.
A escolha do mês de maio foi motivada pela proposta da ONU (Organização das Nações Unidas), quando decretou a Primeira Década de Ação para Segurança no Trânsito, em 11 de maio de 2011. É um movimento internacional de conscientização para a redução de sinistros. O trânsito deve ser seguro para todos em qualquer situação.
Em 2024, a campanha alcançou mais de 74 mil interações no site https://www.onsv.org.br/. Este ano o lema é "Desacelere. Seu bem maior é a vida". E o tema central de todas as peças de campanha é "A pressa no trânsito deixa marcas que nem o tempo apaga". Em 2025, dez empresas apoiam o movimento, além da Confederação Nacional do Transporte (CNT).
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