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Achei na Webmotors: Daewoo Espero e seu motor GM

Sedã sul-coreano foi importado na década de 1990 e trazia bom nível de equipamentos e mecânica dos Chevrolet da época

por Guilherme Silva

A reabertura das importações e o sucesso do Plano Real fez o Brasil receber uma enxurrada de carros de marcas pouco conhecidas do público. A sul-coreana Daewoo foi uma dessas fabricantes que chegaram ao país com ofertas de produtos com conteúdo e preços atraentes.

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A história da Daewoo no mercado brasileiro teve início em março de 1994, com o lançamento do Espero, um sedã médio com pouco mais de 4,50 metros de comprimento e visual de linhas retas criado pelo consagrado estúdio italiano Bertone. O resultado era um carro com um desenho muito bem resolvido.

O que muita gente não sabia era que o sedã sul-coreano tinha muita coisa em comum com os carros da General Motors da época. Isso porque a Daewoo aproveitou a parceria que tinha com a alemã Opel (que pertencia à GM) para utilizar a plataforma do Vectra de primeira geração, lançado na Europa em 1988, e criar o Espero no ano seguinte em seu país de origem.

Além disso, o Espero trazia sob o capô o conhecido motor Família II 2.0 de 8 válvulas com injeção multiponto, também utilizado pela GM nos brasileiros Chevrolet Monza, Kadett e Vectra. O propulsor movido a gasolina entregava 110 cv de potência e 17 kgf.m de torque. A transmissão era manual de cinco marchas ou automática de quatro velocidades.

Segundo os dados de desempenho da época, o Espero acelerava de 0 a 100 km/h em cerca de 14 segundos e atingia a velocidade máxima de 185 km/h.
O Daewoo Espero fez relativo sucesso na década de 1990, e chegou a figurar entre os importados mais vendidos em seu ano de estreia, pois tinha preço atrativo e era bem equipado. Ele trazia de série direção hidráulica com regulagem de altura do volante, ar-condicionado, vidros e travas com acionamento elétrico nas quatro portas, rodas de liga leve, rádio toca-fitas com antena elétrica, teto solar, entre outros itens.

O modelo deixou de ser importado em 1997, quando foi substituído pelo Nubira. O sucessor teve até uma variante perua, mas as suas vendas foram muito fracas durante o período em que foi comercializado por aqui.

Para reviver a memória dos saudosistas da década de 1990, o WM1 encontrou no catálogo da Webmotors um Espero CD 1995 em ótimo estado de conservação. O carro anunciado em Curitiba (PR) está com 139 mil km rodados e, segundo o seu proprietário, é todo original e sem retoques. Esse exemplar ainda possui o rádio com CD player e o câmbio automático, que eram opcionais na época.
O preço pedido é de R$ 26.900, consideravelmente acima do valor de tabela. E aí, você acha que vale pagar essa quantia por um pedaço da história automotiva brasileira dos anos 1990?

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