Vamos combinar que o Fiat 500 Abarth, na configuração hoje vendida no Brasil por R$ 94 mil, já garante bastante diversão, com motor 1.4 MultiAir turbo de 167 cv de potência e 23 kgf.m de torque, combinado com suspensão e freios esportivos, entre-eixos curto e peso de apenas 1.164 kg.
Mas os alemães da preparadora Pogea Racing estavam convencidos que essa receita podia ser muito mais apimentada e criaram uma versão insana do 500 Abarth, com desempenho de motor V8 (mantendo o bloco 1.4 com pesadas modificações): 410 cv de potência, mais torque de 45,3 kgfm, limitado eletronicamente para preservar a transmissão manual. Como na versão original, a tração é dianteira.
Com esses números, o 500 Abarth Pogea Racing é, segundo a customizadora, capaz de acelerar de zero a 100 km/h em 4,7 segundos e atingir a velocidade máxima de 288 km/h. A título de comparação, o modelo original de fábrica faz o mesmo em 6,9 segundos e chega a 213,5 km/h.
Para um motor tão pequeno entregar tanta disposição, ele foi quase reconstruído, com substituição de bielas, pistões, virabrequim e comando de válvulas – além de, é claro, um turbo mais parrudo. Para aguentar o tranco, o bloco do motor foi reforçado e o sistema de arrefecimento também teve de ser substituído.
As modificações da Pogea Racing não estão limitadas à parte mecânica e incluem diversos componentes de fibra de carbono na carroceria, como para-lamas alargados com entradas de ar extras – para-choques e capô também são feitos com o material, que é caro, rígido e muito leve.
Apenas cinco unidades serão fabricadas. Tamanha potência e exclusividade concentradas no hatch compacto têm o seu preço, e é salgado: cerca de 50 mil libras (cerca de R$ 195 mil na conversão direta), quase o dobro do valor cobrado na Europa por um 500 Abarth de entrada.
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