A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou nesta terça-feira (10) o balanço de 2023 da indústria automobilística brasileira. Foram produzidos no período 2,204 milhões de automóveis de passeio e comerciais leves, alta de 1,3% na comparação com 2022.
Esse resultado ficou abaixo da expectativa inicial da Anfavea, que em janeiro de 2023 previa um crescimento de 4,2% na produção de carros de passeio e comerciais leves. Apesar da alta nos emplacamentos, a retração das exportações foi um dos fatores que puxaram para baixo o crescimento do mercado no ano passado.
Incluindo os caminhões e ônibus, o volume de veículos exportados caiu de 480,9 mil, em 2022, para 403,9 mil no ano passado. Em 2023, o México passou a ser o principal mercado dos veículos brasileiros: foram 135.779 unidades exportadas para lá, alta de 51% na comparação com 2022.
Tradicional líder histórico, a Argentina passou para o segundo posto, com 114.576 unidades - redução de 16% nas importações de veículos feitos no Brasil. Além do mercado argentino, recuaram também as exportações de veículos brasileiros para o Chile (-57%) e para a Colômbia (-53%).
Segundo o presidente da Anfavea, Márcio Lima Leite, esse resultado da indústria automotiva brasileira nas exportações está mais ligados a outros fatores internos desses mercados de destino do que ao aumento da concorrência com os produtos chineses.
"Tem sim algo de chineses, mas não é o mais relevante. O que cresceu na Argentina [por exemplo], foi a produção local. Por uma série de razões, como a dificuldade de remeter dólares para o exterior. A mesma coisa em relação à Colômbia. Foi um ano atípico", comentou o presidente da Anfavea.
Falando em chineses, em 2023, o país asiático passou a ser o segundo maior fornecedor de carros importados para o Brasil. Foram 41.966 unidades. Volume inferior apenas às 219.910 unidades de veículos produzidos na Argentina.
Puxada por fatores como o crescimento do mercado interno, a associação que reúne os fabricantes de automóveis no Brasil projeta para 2024 um crescimento de 6,2% na produção e de 0,7% nas exportações. A Anfavea destaca também o impacto positivo de medidas como o Programa Mover, que privilegia investimentos em pesquisa e produção de veículos eletrificados.
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